Começa a cair a ficha.

O Painel da Folha informa que "o DEM, quem diria, vai realizar um seminário para compreender melhor o fenômeno do Bolsa Família e encontrar uma maneira de incluí-lo em sua plataforma eleitoral. Será em março, em Recife".

O Coturno Noturno, modestamente, está dando a sua contribuição, informando há dias que a MP 411, que está entrando em vigor em 2008 e que inclui jovens de 16 e 17 anos, é a grande oportunidade para participar deste excepcional projeto político que é o Bolsa Família, que já atinge 35 milhões de eleitores, quase 40% de todo o eleitorado do país. É hora de propor o aumento deste mísero valor de R$ 30 para R$ 100, trocando o cimento, o ferro e aço do PAC pelo investimento na grande "matéria-prima" deste país: o jovem.

O DEM, como um partido liberal, não deveria perder tempo com seminários para "compreender melhor o fenômeno": é só entender que o Bolsa Família nada mais é do que "ganhar dinheiro sem trabalhar", um apelo imbatível.

Existe muito a melhorar no Bolsa Família. Por exemplo, substituir o auxílio natalidade, que paga um salário mínimo, pela Bolsa-Proteína, oferecendo R$ 50 mensais nos dois primeiros anos de vida do bebê, que só poderiam ser gastos em alimentação infantil.

O Bolsa Família é criticado pela Oposição por "não oferecer uma porta de saída". O argumento é um erro crasso ou "crássico" em termos eleitorais. Desde quando o eleitor quer sair de um programa que oferece dinheiro vivo e não exige nada em troca?

Só tem um jeito de ganhar as próximas eleições presidenciais. Jogar todas as fichas num Bolsa Família "turbinado" e "anabolizado", implantado como modelo em alguns estados comandados pela Oposição. Mas, por favor, não falem em emprego para substituir o cartãozinho mágico: ninguém quer perder esta boquinha.