Prévia da inflação oficial no país, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) abriu o ano em 0,92% em janeiro, resultado mais alto para o mês desde 2003, quando ficou em 1,98%. Apesar disso, houve desaceleração já que, em dezembro, a taxa tinha sido de 1,18%. O resultado acumulado em doze meses passou de 10,71% em dezembro para 10,74% em janeiro.
Em
janeiro de 2015, a inflação medida pelo IPCA-15 foi de 0,89%. Naquele
mês, o resultado acumulado em doze meses foi de 6,69%. O primeiro
resultado deste ano veio exatamente como esperado pelo mercado, de
acordo com analistas consultados pela Bloomberg News. Pela inflação
oficial, a alta de preços foi de 0,96% em dezembro, o último dado
disponível. Em 2015, a inflação pelo IPCA ficou em 10,67%.
Apenas
dois dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE
registraram aceleração de preços na passagem de dezembro para janeiro:
despesas pessoais (1%) e saúde e cuidados pessoais (0,66%).
Apesar da desaceleração frente ao último mês de 2015, a maior alta
ficou com alimentação e bebidas (1,67%), com elevação generalizada em
vários itens: cenoura (23,94%), tomate (20,19%), cebola (15,07%), feijão
carioca(8,95%), açúcar refinado (7,81%) e cristal (6,67%) e batata
inglesa (7,32%).
O segundo grupo cuja taxa mais subiu neste mês foi despesas pessoais
(1%). O IBGE destacou excursão (7,07%), manicure, (2,17%), cigarro
(1,51%), cabeleireiro (1,14%) e empregado doméstico (0,77%). A alta dos
cigarros, de 1,51%, refletiu parte do reajuste médio de 12% de uma das
fabricantes e que passou a valer em 31 de dezembro.
Já o grupo transportes teve forte desaceleração frente ao mês
anterior, passando de 1,76% para 0,87%, puxado pelas passagens aéreas
que subiram 36,54% em dezembro e registraram queda de 5,79% em janeiro.
Ainda neste grupo, os combustíveis, com elevação de 1,26%, foram a
principal contribuição individual no índice mensal, respondendo por 0,07
ponto percentual, como o litro da gasolina ficando 1,25% mais caro. O
do etanol subiu 1,56%.
A alta nos preços dos transportes públicos, de 1,12%, também
pressionaram o índice. O IBGE lembra que os reajustes nas tarifas dos
ônibus urbanos se concentraram no mês de janeiro em algumas regiões, com
variação de 1,92%. Os intermunicipais ficaram em média 2,65% mais
caros, enquanto o
Os destaques entre os itens que compõem os demais grupos de produtos e
serviços pesquisados pelo IBGE ficaram com artigos de limpeza (1,84%);
TV, som e informática (1,74%); serviços laboratoriais e
hospitalares(1,52%); plano de saúde (1,06%); serviços médicos e
dentários (0,94%); energia elétrica (0,81%); taxa de água e esgoto
(0,71%); e aluguel residencial (0,55%).
Das 11 regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE, só Belo
Horizonte ficou estável em relação a dezembro, mantendo o resultado de
0,79%. Todas as outras desaceleraram na virada do ano. Fortaleza teve a
taxa mais alta em janeiro, de 1,20%. O Rio de Janeiro aparece em
seguida, com variação de 1,14%. O IPCA-15 ficou acima da média nacional
em Porto Alegre (1,02%), Belém (0,97%), Salvador (0,97%) e São Paulo
(0,95%). Já o menor resultado foi registrado em Curitiba, com 0,53%.
O IPCA-15 segue a mesma metodologia do IPCA, que é o índice usado
pelo governo na meta de inflação do país. As únicas diferenças são o
período de coleta de preços e a abrangência geográfica. Para o cálculo
do IPCA-15, os preços foram coletados entre 12 de dezembro de 2015 e 14
de janeiro e comparados com os que estavam de 13 de novembro a 11 de
dezembro de 2015. ( O Globo)
3 comentários
Enquanto isso... No Bom Dia Brasil os jornalistas ao invés de falar como a coisa ficou assim, fica dando dicas como se virar em tempo de crise e todos entusiasmados que o emprego informal cresceu! Francamente enquanto esse povo ficar só reclamando por Facebook tem que se lascar mesmo! Pelo menos a minoria embora paga vai na rua fazer agito.
Replye por trás de sua matéria no blog, tocava musiquinha conhecida...."eu voltei, agora pra ficar, porque aqui é o meu lugar ! obrigado anta, obrigado PT! IMPEACHMENT JÁ !
ReplyA Inflação no Brasil não é inflação de demanda , oq gera inflação no Brasil é a gastança do Estado e o pior é que em breve estaremos em Dominância Fiscal(quando mexer na taxa de juros não resolve pois o descrédito é generalizado)
ReplyGabriel-DF