(Estadão) Com os dados apurados, o indicador Vendas sobre Oferta (VSO) de setembro
ficou em 5%, índice que representa desempenho próximo à média do ano
(janeiro a setembro) de 5,2%. No mês anterior, o indicador estava em
5,6%. O VSO de 12 meses registrou ligeira queda em setembro, passando de 42,9% em agosto deste ano para 41,7%.
A cidade de São Paulo encerrou o mês de setembro com uma oferta de
26.195 unidades disponíveis para venda, o menor volume deste ano, de
acordo com o Secovi-SP. O maior nível de oferta de 2015 ocorreu em maio,
quando haviam 28.118 unidades. Desde então, a pesquisa vem apontando
queda nas unidades ofertadas não vendidas.
A oferta disponível é composta por imóveis na planta, em construção e
prontos, lançados nos últimos 36 meses, de outubro de 2012 a setembro de
2015. De acordo com dados da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio
(Embraesp), em setembro foram lançadas 1.057 unidades residenciais na
capital paulista. Comparando com os resultados de agosto, houve uma
queda de 39,9%, já que neste mês foram lançadas 1.760 unidades.
Comparada ao mesmo mês do ano passado, com 4.106 unidades lançadas, a
redução foi de 74,3%. "É bom lembrar que, em 2014, tivemos Copa do Mundo
e aprovação do novo Plano Diretor Estratégico, além de Eleições,
fatores que contribuíram para incrementar o número de lançamentos nos
últimos meses do ano", ressaltou Celso Petrucci, economista-chefe do
Secovi-SP.
A entidade ressaltou que, no final de outubro, o governo anunciou novos
valores para a terceira fase do programa Minha Casa, Minha Vida, com
diferentes limites para as cidades e parâmetros baseados no tamanho da
população. Para a cidade de São Paulo, o limite do programa passará de
R$ 190 mil para R$ 225 mil. "O mercado contará com um período para se
ajustar às alterações e, provavelmente, os efeitos da medida somente
poderão ser conferidos no ano que vem", diz o presidente do Secovi-SP,
Claudio Bernardes.
Segundo Emilio Kallas, vice-presidente de Incorporação e Terrenos
Urbanos do Sindicato, outras medidas para incentivar a retomada da
produção, a geração de empregos e o consequente aumento da arrecadação
do município estão sendo estudadas pelo setor, em conjunto com a
prefeitura, nos debates inerentes à revisão da Lei de Zoneamento.
Região Metropolitana. Com exceção da capital, as demais
cidades da Região Metropolitana registraram a comercialização de 1.343
unidades em setembro, aumento de 55,4% em relação ao mês de agosto,
quando foram vendidos 864 imóveis. Em comparação com setembro de 2014,
mês em que foram comercializadas 2.011 unidades residenciais, o recuo
foi de 33,2%.
No mês de setembro, segundo a Embraesp, as demais cidades da região
registraram o lançamento de 1.708 unidades, alta de 224,1% em relação a
agosto (527 unidades) e queda de 9,6% em relação a setembro de 2014
(1.890 unidades).
O indicador VSO desses municípios, considerando as vendas de 12 meses,
fechou em 47,6% em setembro. O desempenho de vendas manteve-se melhor do
que o verificado na cidade de São Paulo, de 41,7%.