O preço político do pacotaço de Dilma é do Congresso.

Dilma foi muito enfática: quem aprova a CPMF é o Congresso, não ela. Os governadores, que também são do Executivo, ficaram excitados como pintos na lama, porque a eles também não caberá ônus algum. São deputados e senadores que ficarão com a marca de achacadores do povo ao aprovar as medidas propostas. Para quem tem memória curta, lembram do que Dilma Rousseff fez com Marina Silva na campanha eleitoral, usando o seu voto na CPMF? Quem vai ter todo o ônus político será o deputado que seguir a orientação de um governador. Governador este que, na maioria dos casos, está com a aprovação abaixo do bumbum do cachorro, como no Rio Grande do Sul, Minas Gerais e outros estados. Além disso, é uma ofensa do Executivo querer determinar onde o parlamentar deve aplicar as suas emendas. Se o Congresso pensar com a cabeça fria, vai ver que a coisa está indo longe demais. E que é hora de interromper está crise econômica e política que afunda mais o país a cada dia que passa.