(Estadão) O presidente da Confederação Nacional Indústria (CNI), Robson
Andrade, disse ontem que negocia com o ministro da Casa Civil, Aloizio
Mercadante, uma alternativa para evitar a redução dos repasses de
recursos previsto para o Sistema S no novo pacote de ajuste fiscal.
Dirigente da maior entidade do empresariado brasileiro, Andrade afirmou
que um das ideias é o Sistema S bancar algumas despesas de saúde e
educação, como o Pronatec.
Contrário à nova CPMF, o presidente da CNI disse que quem paga a conta
no Brasil do aumento dos impostos é consumidor. "Temos que ser contra.
Empresário não paga imposto. Somos repassadores, porque o imposto que
pagamos eu coloco no preço do meu produto."
Andrade sugere que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, está
desinformado e insinua que ele estaria poupando os bancos do aumento da
carga de impostos. "Nas medidas do ministro Joaquim Levy não tem nenhuma
que penaliza os bancos. Por quê? Será que é porque ele veio do setor?
Por que ele não coloca uma compensação do setor financeiro, que tem
altos lucros no Brasil, diferentemente do mundo inteiro? Por que ele não
pode dar uma contribuição nestes dois anos?"
O pacote prevê a redução em R$ 8 bilhões dos repasses para o Sistema S,
que reúne nove entidades como Sesi, Sesc, Senai e Sebrae. Andrade não
concorda com a flexibilização das medidas e abriu uma negociação com
Mercadante e o ministro do Desenvolvimento, Armando Monteiro. "Talvez o
ministro Levy não esteja informado", disse. "Não sei se ele não
compreendeu direito o objetivo que estamos estudando. Foi aberta uma
negociação da Casa Civil. O Mercadante foi ministro da Educação e da
Ciência e Tecnologia e conhece o sistema todo."
Justiça. Para o presidente da entidade, o recente
aumento da tributação dos bancos foi "muito tímido". Ele disse que, se
necessário, a CNI vai à Justiça contra as medidas do ajuste fiscal. A
previsão é de que 400 escolas fechem no País, caso a mudança no Sistema S
seja aprovada pelo Congresso, o que, em sua opinião, geraria um colapso
ao setor.
O presidente da CNI defende a reforma da Previdência para melhorar as
contas públicas sem elevação da carga tributária. Ele preferiu não se
manifestar sobre o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
"As instituições brasileiras têm que ser respeitadas e fortalecidas e
essa é uma questão que tem de ser definida pela Justiça e pelo
Congresso, não cabe a mim analisar. Mesmo porque não tenho os parâmetros
e os dados. Não tenho preferência, tenho preferência por um País
desenvolvido", disse.
5 comentários
O sistema S tem que ACABAR! Ontem paguei a GPS referente à folha de pagamentos deste mês: 54 mil de INSS e 27 mil para "outras entidades" (leia-se: Sistema S).
ReplySão bilhões que escorrem das empresas para um antro de corrupção e desperdício sobre o qual não há controle algum!
Lanterna
Então, Coronel, o que se vê é todos falarem em cortar a carne, desde que não seja a minha. É um sistema de privilégios e desperdício que levou à ineficiência e perda de competitividade da economia brasileira.
ReplyPergunto ao senhor Robson Andrade:
- Por quê um micro-empresário tem que pagar a capacitação dos funcionários das indústrias Robson Andrade?
Lanterna
¨Sacrifícios dos bancos¨??? Não senhor! Cobra tudo dos pentacampeões porque trouxas existem para isto além do quê o que esses coitados podem fazer? Cano geral? Parada total? Guerra civil? Espera sentado!
Replyo coluio ficou mais claro, quando a OAB, já declaradamente petista, buscou o apoio de outro petista o min do STF barroso.
ReplySistema "S" já era! Se o Senai está literalmente quebrando, onde está o dinheiro que eles alagam doar?
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