(Folha) O governo Dilma Rousseff recorreu, mais uma vez, a projeções otimistas e
manteve a estimativa de economizar até o fim do ano o suficiente para
segurar o avanço da dívida pública, apesar de reconhecer que a economia
atravessa uma recessão mais severa do que anteriormente prevista.
Em relatório apresentado nesta terça (22), o Ministério do Planejamento
estimou que o PIB (Produto Interno Bruto), medida da produção de bens e
serviços do país, vai encolher 2,44% neste ano, um tombo maior do que a
previsão feita há dois meses, de 1,49%.
Mesmo assim, a equipe econômica reduziu a projeção de deficit da
Previdência neste ano em R$ 6,7 bilhões, desprezando perdas resultantes
da retração econômica.O otimismo permitiu ao governo manter a aposta de economizar até
dezembro R$ 5,8 bilhões (0,1% do PIB) para abater juros da dívida,
cumprindo assim a meta de arrocho fiscal sem a necessidade de mais
redução de despesa. Desde o início do ano, o Orçamento já sofreu cortes que somam R$ 78,6 bilhões.
Pelas contas apresentadas no relatório bimestral sobre o comportamento
das receitas e despesas federais, uma exigência da Lei de
Responsabilidade Fiscal, o governo conseguirá reduzir em R$ 2,6 bilhões
os gastos com benefícios previdenciários e elevar as receitas em R$ 4,1
bilhões.
O aumento da arrecadação acontecerá, segundo o Planejamento, porque a
soma dos salários pagos aos trabalhadores vai cair menos do que o
esperado até julho, depois de descontada a inflação.
Do lado das despesas, o governo alegou que a greve dos funcionários do
INSS tem reduzido o número de concessões de novos benefícios, o que
permite estimar gastos menores até o fim do ano.
TCU
O novo relatório foi divulgado no momento em que a credibilidade da
política econômica do governo Dilma é questionada por agentes do mercado
financeiro e tem sido escrutinada pelas agências de classificação de
risco. Ao evitar novos cortes de despesas, mesmo com sinais claros de retração
na arrecadação, o governo corre o risco de provocar novo embate com
ministros do TCU (Tribunal de Contas da União).
Uma das irregularidades apontadas pelo tribunal nas contas de 2014 –que
serão julgadas em outubro– foi o reconhecimento tardio, por parte do
Planalto, do fraco desempenho das receitas ao longo do ano passado. Apesar de acreditar que pode fechar o ano economizando o suficiente para
cumprir a meta fiscal, os indicadores até agora mostram que isso só
acontecerá se houver melhora expressiva no desempenho das contas até
dezembro.
Os dados da arrecadação de agosto, porém, não sugerem essa melhoria. Apresentaram queda real (já descontada a inflação) de 9%. Economistas do setor privado também duvidam dessa recuperação repentina.
Sondagem feita pelo Banco Central mostra que a aposta predominante é
que o setor público, incluindo os resultados dos Estados e dos
municípios, irá fechar o ano com deficit de 0,2% do PIB.
Para 2016, o governo encaminhou ao Congresso uma proposta de Orçamento
com a previsão de um deficit de R$ 30,5 bilhões. Mas, após uma péssima
reação do mercado, anunciou um pacote de ajuste para tentar transformar o
resultado em superavit.
5 comentários
DEPOIS DA LAMBANÇA E DA ROUBALHEIRA, A DILMA QUER QUE NÓS AJUDEMOS A ELA RECUPERAR O PAÍS E FICAR NO PODER. NÃO QUEREMOS A ANTA NA PRESIDÊNCIA, CHEGA.
ReplyQUE O BRASIL VAI MELHORAR TEMOS CERTEZA. SÓ QUE NÃO NA MÃO DELA. IMPEACHMENT JÁ.
Essa criatura mentiu a vida inteira, que diferença faz mais uma mentira ?
Replyo velho ditado está correto.....mas não vale ficar só na palavra.......
ReplyComo não tem necessidade ..de cortar mais despesas? Ela prefere aumentar impostos ao invés de cortar tantos cargos comissionados e ministérios, alem dos secretos gastos dos cartões corporativos? Com este governo, não dá mais.
Replyhttp://drogasxalcool.blogspot.com.br/2014/04/lula-bebado-surpreendente-verdade-em.html
ReplyTão desprezível quanto quem o elegeu, bem como a seu poste.