(Estadão) A Polícia Federal deflagrou a 19ª fase da Operação Lava Jato mirando
em pagamentos no exterior. O executivo José Antunes Sobrinho, um dos
donos da Engevix, foi preso preventivamente em Santa Catarina. Ele é
suspeito de ter pago propinas em cima de contratos da empreiteira com a
Eletronuclear que somavam R$ 140 milhões, entre 2011 e 2013. Os valores
teriam sido pagos para a Aratec, empresa controlada pelo ex-presidente
da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro da Silva. José Antunes será levado
para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
Othon Luiz foi preso em 28 de julho na Operação Radioatividade. Nome de grande prestígio na área,
o almirante, no fim dos anos 1970 (governo general Ernesto Geisel)
participou diretamente do projeto do submarino nuclear brasileiro.
O alvo desta nova fase – denominada Nessun Dorma (Nunca Durma)– são propinas que
teriam sido pagas envolvendo a diretoria internacional da Petrobrás.
Trinta e cinco policiais cumprem 11 mandados judiciais, sendo sete
mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva, um
mandado de prisão temporária e dois mandados de condução coercitiva em
Florianópolis, São Paulo e Rio de Janeiro.
Segundo a PF, a operação é um avanço das apurações das fases 15, 16 e
17 da Lava Jato. Um dos focos da investigação está relacionada aos
denunciados da 15ª fase – Conexão Mônaco e de empreiteiras já
investigadas na Lava Jato. Apura-se que investigados tenham intermediado
pagamento de propina a agentes públicos e políticos no exterior, em
decorrência de contratos celebrados na diretoria internacional da
Petrobrás.
De acordo com a PF, uma das empresas sediadas no Brasil teria
recebido cerca de R$ 20 milhões entre 2007 e 2013 de empreiteiras já
investigadas na operação, sob acusação de pagamento de propinas para
obtenção de favorecimento em contratos com a estatal.
Em outro foco, a PF cumpre mandados de busca e de prisão preventiva
de executivo relacionado à 16ª fase – Operação Radioatividade – e 17ª
fase – Operação Pixuleco -, a partir dos elementos que o apontam como
tendo realizado pagamentos de propina a agentes públicos já investigados
nestas fases. Os presos serão levados para a Superintendência da PF em Curitiba.
1 comentários:
tá sobrando pra quem, aparentemente, eram os extorquidos...
ReplyRA tem razão...
muito dificil acreditar, dando um de otario, que o empreiteiro chegava e dizia: toma, pega essa propina, nao pode recusar...