(Folha) A maioria dos ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) votou na
noite desta terça-feira (25) pela reabertura de uma das ações propostas
pela oposição que pede a cassação dos mandatos da presidente Dilma
Rousseff e do vice-presidente Michel Temer.
O julgamento, no entanto, voltou a ser suspenso após a ministra Luciana
Lóssio apresentar um pedido de vista para ter mais tempo para analisar o
caso. Se este cenário for mantido até o final do julgamento, o processo
vai voltar a tramitar no tribunal e Dilma e Temer terão que apresentar
defesa.
Em mais uma sessão tensa e com direito a bate-boca, com insinuação de
posição pró-governo, os ministros Luiz Fux e Henrique Neves votaram pela
investigação de irregularidades na campanha da petista. Eles
acompanharam os ministros Gilmar Mendes e João Otavio de Noronha, que já
haviam votado neste sentido.
Relatora, ministra Maria Thereza de Assis Moura, manteve seu voto para a
rejeição da ação. Além de Luciana Lóssio, o presidente do TSE, Dias
Toffoli, precisa apresentar seu voto.Os tucanos pedem que o TSE investigue denúncias de abuso de poder
econômico e político na campanha de Dilma e suspeitas de que recursos
desviados pelo esquema de corrupção descoberto na Petrobras tenham
ajudado a financiar a reeleição. Em sua defesa, o PT sempre ressalta que
não houve irregularidades e que as contas da campanha foram aprovadas
pelo tribunal.
Fux afirmou que acompanhava o voto do ministro Gilmar Mendes pela
abertura da investigação. O ministro ainda propôs que o tribunal junte a
tramitação dos quatro processos da oposição que pedem a investigação da
campanha de Dilma. A principal diferença entre eles é que cada ação foi
protocolada em momentos diferentes, antes ou depois da diplomação, e os
casos foram distribuídos para três ministros diferentes.
O ministro disse ainda que as ações deveriam ficar sob o comando da
ministra Maria Thereza, relatora de uma Ação de Impugnação de Mandato
Eletivo. No entendimento do ministro, essa é a única ação que tem
previsão constitucional para cassar um mandato. A posição provocou embates. Noronha, que é o corregedor do TSE e relator
de duas Aijes (Ação de Investigação Judicial Eleitoral), insinuou que o
voto do colega tinha o objetivo de tirá-lo da relatoria do processo
para agradar o governo. O mandato do corregedor termina em outubro.
BATE-BOCA
A posição provocou embates. Noronha, que é o corregedor do TSE e relator
de duas ações, insinuou que o voto do colega tinha o objetivo de
tirá-lo da relatoria do processo para agradar o governo. Ele deixa o
tribunal em outubro."Ocorre que no caso concreto temos um fato. Hoje tem uma previsão que a
Aije [ação] deve correr na Corregedoria. Muito simples, o ministro João
Otávio não é de agrado do governo, da presidente Dilma, não é do agrado
do vice-presidente. Faz como? Vamos tirar a competência. Nos ajuizamos
uma Aime [ação]".
Fux entendeu que Noronha fazia "ilações". "Sem essas ilações, por favor, sem essas ilações". O presidente do TSE interrompeu o debate sobre reunir as ações e
ponderou que isso só deveria ser decidido depois que o tribunal
definisse se a ação será ou não desarquivada.
Gilmar Mendes e Maria Thereza também protagonizaram trocas de
provocações. A relatora manteve a rejeição do pedido, assim como em
decisão individual proferida em março. Ela argumenta que as acusações
contra Dilma trazidas pelo PSDB foram subjetivas, sem comprovação. O PSDB recorreu ao plenário contra o entendimento de Maria Thereza.
Mendes apresentou elementos de irregularidades em empresas que prestaram
serviços para a campanha e também fatos da operação Lava Jato, que
investiga desvios na Petrobras.
Maria Thereza afirmou que as revelações são "gravíssimas", mas que não
estavam colocadas na época em que a ação foi apresentada ao tribunal e
afirmou que não fez juízo político nem de mérito."Eu também quero país sem corrupção, que seja um paÍs melhor para nossos
filhos e netos. Os fato são graves. Mas são supervenientes. Nem nós nem
os autores tinham conhecimento quando a ação foi trazida a nós", disse a
ministra.
Gilmar Mendes chegou a falar, por duas vez, para a colega que "não estou disposto a contrangê-la" e rebateu a tese. "Os fatos já existiam, mas não tínhamos conhecimento. Mas já haviam
indícios [..] de que a campanha poderia ter sido financiada [pela Lava
Jato]. Isso era discutido", provocou.
Na semana passada, Mendes pediu que a Procuradoria Geral da República e a
PF investigasse indícios de crimes na campanha e doações de empresas
investigadas por desvios na estatal. Os técnicos do TSE calcularam que
empresas sob suspeita de participar do esquema doaram R$ 172 milhões ao
PT entre 2010 e 2014. Mendes afirma que parte desses valores foi
transferida pelo partido para os cofres da campanha de Dilma à
reeleição.
Henrique Neves defendeu que não há elementos para arquivar a ação. "Eu
entendo que nesse momento não há como dizer se fato caracteriza ou não
caracteriza fraude, se caracteriza ou não caracteriza corrupção. Para
que um fato possa ser caracterizado, tem que se saber as circunstâncias.Nesse momento, a única análise é se inicial trouxe ou não elementos
capazes de permitir o prosseguimento da ação", disse Henrique Neves, que
votou pelo prosseguimento. "O que está posto na inicial é suficiente
para que ação desenvolva", completou.
9 comentários
Já não era sem tempo. Isso vem desde 2002 e só agora depois de 4 eleições que vão pegar estes bandidos. O descalabro da Focal e da vtpb, mais o que surgiu do garçom do mulla não devia dar apenas cassação, mas sim cadeia pesada nestes desgraçados. Quantos cargos de governador e prefeitos foram ganhos desta forma, como o cachaceiro sindicalista da Bahia e o prefeito canalha de SP, que destruiu as ruas com suas ciclovias esburacadas hiperfaturadas e pintadas de vermelho !!!! Comunista fdp desgraçado.
ReplyDBF
Todos os que buscam informação, sabem que houve fraude, desvio ilícito de verbas (pixulecos), mas ninguém parece ter empenho em moralizar o Brasil. Vai virar uma Republiqueta repartida entre Europeus, Eua, UK, Chineses, Japoneses sem contar os "adotados" haitianos, africanos e árabes (que só agora descobri que aumentaram o número de imigrantes no Brasil).
ReplyMaioria do TSE vota por continuar ação de cassação de Dilma, mas EX-ADVOGADA do PT (PEDE VISTA) suspende o julgamento.
Replyhttp://www.folhapolitica.org/2015/08/maioria-do-tse-vota-por-continuar-acao.html
Delitos não faltam pra tirar a governanta do lugar que ela nunca deveria ter entrado,até porque é de um despreparo assustador.Agora o problema é esse aparelhamento absurdo das instituições.Vamos estar vigilantes,qualquer manobra,pra manter a quadrilha no poder,vamos em massa pras ruas.
ReplyTúlio Xavier
Esta Sra. Luciana Lóssio deveria estar impedida de participar do processo das contas Dilma-Temer no TSE. Ela foi advogada de Dilma na campanha de 2010. É evidente que não há isenção.
ReplyAgora ela resolveu chutar a bola lá para o mato (pedir vista do processo) e vamos ver quando este assunto vai destravar.
É UMA VERGONHA!
Chris/SP
Coronel,
Replyleia essa:
http://www.oantagonista.com/posts/a-chicana-petista-no-tse
Essa desqualificada, ex-advogada de Dna Dilma, pediu vistas ao processo para atrasar tudo!
Maldita, posando de vermelho na foto.
OU ACABAMOS COM O PT,
OU O PT ACABA COM O BRASIL!
NÃO PASSARÃO!
NOSSA BANDEIRA JAMAIS SERÁ VERMELHA!
Flor Lilás
O maçom inglês tem de agir rápido ou vai para o lixo da história junto com a fantoche e o restante da organização criminosa.
ReplyQue vergonha Dona Maria Theresa,uma ministra com cara de avó,compactuando com a ORCRIM,vergonha para sua família,se é que tem.
ReplyHá dois ministros do TSE que foram advogados da campanha petista - pelo menos declarados - e não se declaram impedidos. Pessoas como Lóssio, Tóffoli, Lewandowski e outros - estão levando as instituições para o descrédito total.
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