Tio Covas e sobrinho.
(Estadão) A disputa pelo comando do diretório municipal do PSDB de São
Paulo colocou em lados opostos dois representantes da família Covas - a mais
tradicional entre os tucanos - e, a um ano e quatro meses das eleições
municipais, divide o partido no processo de escolha do candidato que vai
concorrer pela legenda à Prefeitura em 2016.
A divergência gira em torno da composição dos principais
cargos da Executiva municipal, que formalmente vai conduzir a campanha tucana
no ano que vem. No domingo passado, o vereador de primeiro mandato Mário Covas
Neto, o Zuzinha - filho do ex-governador -, foi eleito presidente do diretório
vencendo candidatos do grupo que tem entre as principais lideranças o deputado
federal Bruno Covas, seu sobrinho, e o suplente de senador José Aníbal.
Zuzinha, no entanto, não conseguiu indicar nomes para as
demais cadeiras do comando municipal do partido por causa, segundo ele, de uma
manobra do grupo derrotado. Na primeira reunião como presidente do diretório,
na terça-feira, ele apresentou suas sugestões, mas disse ter sido surpreendido
com o anúncio de uma lista fechada para a Executiva, formada por representantes
do grupo adversário. Esta lista foi votada e aprovada por 39 dos 71 membros.
Aliados de Zuzinha dizem que houve "traição" e
membros do partido foram ameaçados de demissão de cargos no governo paulista se
não votassem com a chapa apresentada de surpresa. A intenção, segundo eles, é
diminuir o poder de Zuzinha no diretório e viabilizar internamente eventual
candidatura à Prefeitura de alguém ligado ao grupo de Aníbal. O próprio Bruno
Covas tenta manter-se como opção no ninho tucano paulistano.
Zuzinha suspendeu a reunião e convocou novo encontro para
ontem, quando foi eleita uma nova Executiva. "Indiquei dois nomes ligados
a Bruno e Aníbal porque não queremos que o partido seja representado por apenas
um agrupamento", disse. Aníbal não reconhece a legitimidade da chapa
eleita ontem. "A reunião foi feita com expressiva participação de
suplentes."
Ele afirmou que os membros da Executiva eleita na terça vão
encaminhar ainda hoje a ata da reunião para que o diretório estadual arbitre
sobre esta questão. "Não vamos judicializar uma coisa que é
partidária", disse. Ao convocar nova reunião, diz Aníbal, Zuzinha estaria
"tentando encontrar caminho para legitimar sua chapa". Seria uma
forma, segundo ele, de viabilizar a candidatura do vereador Andrea Matarazzo.
"Ele nem aparece nas pesquisas."
'Conspiração'. Zuzinha nega o apoio à candidatura de
Matarazzo, mas disse ver um movimento de conspiração para excluí-lo da disputa.
"Eles estão excluindo o Matarazzo para ter uma suposta maioria. Essa
manifestação é exatamente alijar um grupo, o que na minha visão não contribui
para construção da unidade partidária. É uma prévia para as eleições",
disse.
O vereador disse achar "estranha" a postura de
Bruno Covas. "Não consigo entender a postura do Bruno. Ele me surpreendeu
muito negativamente nesse processo todo", disse ele, lembrando que
coordenou a campanha do sobrinho para deputado estadual em 2006.
Bruno Covas justificou o que ocorreu na terça afirmando que
o grupo do qual faz parte se sentiu sub-representado na mesa apresentada por
Zuzinha. "Não é nada contra ele", disse. Embora diga que "até o
momento" não pensou em se candidatar, o deputado comentou que a atitude de
Zuzinha "dá a entender que ele tem compromisso com a outra
candidatura".
O até agora único pré-candidato do PSDB à Prefeitura em
2016, vereador Andrea Matarazzo, afirmou que a divisão interna prejudica a
formação de uma candidatura sólida do partido para o ano que vem.
"O ideal é que o partido esteja unido para todos
trabalharem com afinco pela candidatura, seja ela de quem for", disse.
Matarazzo ressaltou que a definição do nome "não se dá na Executiva
municipal", mas em "instâncias superiores".
12 comentários
Acho que o mais natural é um candidato tucano concorrer a prefeitura de SP, ainda mais agora que Haddad mostrou para a população paulistana oq um candidato cercado de gente inexperiente pode fazer com uma cidade.
ReplyGabriel-DF
Deixe eles brigarem a vontade. Pelo quadro de políticos atuais do PSDB em São Paulo, ninguém do partido terá chance na disputa que contará com o Haddad, Marta e Russomano. Simples assim.
Replycaia na real, os candidatos concorrem só por concorrer, se colar, colou. o que elles realmente querem são as verbas para as campanhas e suas sobras....ficam ricos numa só eleição! porisso elles até brigam....
ReplyOs tucanos devem ficar espertos ,ajudaram o Kassab ,a vencer para prefeito
Replye foram traidos. Agora governador Alckimin e a vez de se empenhar por um tucano na prefeitura.Nao confie em ninguem que nao seja do seu partido e nem seria etico.Que tal D. Lu Alkimin.
Em 2016, se Andrea Matarazzo/PSDB (Vereador hoje em São Paulo) não estiver no páreo para o cargo de Prefeito, VOTAREI NULO!
ReplyChris/SP
Eu, meus amigos e familiares também votaremos no Andrea Matarazzo, caso concorra para prefeito. Achamos o vereador super competente. Conhece a cidade de São Paulo como ninguém. Já foi um ótimo administrador regional na Regional da Sé. Somos fãs do vereador.
ReplyCel
ReplySonho em votar no Andrea Matarazzo há muito tempo. Espero que ele seja o candidato, pois é o mais preparado e, milagre, faz oposição e não tem medo de cara feia, ele fala mesmo o que tem de ser dito.
Esther
Ou Haddad mesmo?
ReplyLu Alckmin nao tem experiencia. Adoro ela mas NAAAOOOO
ReplyVc vai ver. O PSDB vai ganhar as eleições e com o Matarazzo
ReplyAinda estamos longe de uma democracia, todo mundo pensa só pra si mesmo.
ReplyEsses Covas também são outros esquerdóides, a diferença é que ainda não entrararam na fila da mamadeira...
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