Mochilão do PT: mais de R$ 500 milhões.

(Veja) Em outubro passado, os investigadores da Operação Lava-Jato, reunidos no quartel-general dos trabalhos em Curitiba, olhavam fixamente para uma fotografia pregada na parede. A investigação do maior esquema de corrupção da história do país se aproximava de um momento decisivo. Delator do petrolão, o ex-diretor Paulo Roberto Costa já havia admitido que contratos da Petrobras eram superfaturados para enriquecer servidores corruptos e abastecer o cofre dos principais partidos da base governista. Na foto afixada na parede, Paulo Roberto aparecia de pé, na cabeceira de uma mesa de reunião, com um alvo desenhado a caneta sobre sua cabeça. Acima dela, uma anotação: “dead” (morto, em inglês). Àquela altura, a atenção dos investigadores estava voltada para os outros personagens da imagem. Era necessário pegá-los para fechar o enredo criminoso. 

Em novembro, exatamente um ano depois de a antiga cúpula do PT condenada no mensalão ter sido levada à cadeia, o juiz Sergio Moro decretou a prisão de executivos das maiores empreiteiras brasileiras, muitos dos quais aparecem abraçados a Paulinho, sorridentes, na fotografia estampada no Q.G. da Lava-Jato. A primeira etapa da missão estava quase cumprida.

Entre os alvos listados na foto, apenas um ainda escapava aos investigadores. Justamente o elo da roubalheira com o partido do governo, o personagem que, sabe-se agora, comprova com cifras astronômicas como o PT — depois de posar como vestal nos tempos de oposição — assimilou, aprimorou e elevou a níveis inimagináveis o que há de mais repugnante na política ao conquistar o poder. 

Na quinta-feira passada, agentes da Polícia Federal chegaram à casa do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, com uma ordem judicial para levá-lo à delegacia a fim de prestar esclarecimentos sobre seu envolvimento no petrolão. Vaccari recusou-se a abrir o portão. Os agentes pularam o muro para conduzi-lo à sede da PF em São Paulo. Eles também apreenderam documentos, aparelhos de telefone celular e arquivos eletrônicos. Esse material não tinha nada de relevante. Vaccari, concluíram os agentes, já limpara o terreno. Num depoimento de cerca de três horas, o tesoureiro negou as acusações e jurou inocência. Nada que abalasse o ânimo dos investigadores. No Q.G. da Lava-Jato, um “dead” já podia ser escrito sobre a cara carrancuda do grão-petista.

A nova fase da operação foi um desdobramento de depoimentos prestados pelo ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, em novembro, como parte de um acordo de delação premiada. Barusco conquistou um lugar de destaque no panteão da corrupção ao prometer a devolução de 97 milhões de dólares embolsados como propina, uma quantia espantosa para um servidor de terceiro escalão. Ao falar às autoridades, ele disse que o PT arrecadou, entre 2003 e 2013, de 150 milhões a 200 milhões de dólares em dinheiro roubado de noventa contratos da Petrobras.

Segundo Barusco, o principal operador do PT no esquema nos últimos anos era Vaccari, chamado por ele de “Mochila”, por andar sempre com uma mochila a tiracolo. Barusco contou que o tesoureiro — identificado como “Moch” nas planilhas que registravam o rateio do butim surrupiado — participou pessoalmente das negociações, por exemplo, para a cobrança de propina de estaleiros contratados pela Petrobras. Descendo a detalhes, Barusco narrou ainda uma história que, apesar de envolver um valor bem mais modesto, tem um potencial político igualmente explosivo.

O ex-gerente declarou que, em 2010, o então diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, solicitou ao representante da empresa holandesa SBM no Brasil, Júlio Faerman, 300 000 dólares para a campanha petista daquele ano, “provavelmente atendendo a pedido de João Vaccari Neto, o que foi contabilizado pelo declarante à época como pagamento destinado ao Partido dos Trabalhadores”. 

Em 2010, Dilma Rousseff disputou e conquistou o primeiro de seus dois mandatos presidenciais. A situação do tesoureiro do PT deve se agravar nos próximos dias com o avanço das negociações para o acordo de delação premiada do empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC. Pessoa coordenava “o clube do bilhão”, o grupo das empreiteiras que desfalcava a Petrobras. Vaccari recorria a ele com frequência para resolver os problemas de caixa do PT. Os dois conversaram várias vezes no ano eleitoral de 2014. 

Num desses encontros, segundo integrantes da investigação que já ouviram uma prévia das histórias pouco edificantes prometidas por Pessoa, Vaccari negociou com a UTC o recebimento de 30 milhões de reais em doações eleitorais. Cerca de 10 milhões de reais seriam destinados à campanha à reeleição de Dilma Rousseff. Os 20 milhões restantes, distribuídos por Vaccari ao PT e aos partidos da base aliada.

15 comentários

Enquanto isso, $$$ da ClePTobras vai para a Bolívia:

http://www.la-razon.com/suplementos/financiero/Petrobras-invierte-MM-proyectos-sociales_0_2208379279.html

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Espia a capa da Istoé desta semana:

http://www.istoe.com.br/capa

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Espia a capa da Istoé desta semana:

EMPRÉSTIMO SUSPEITO DE R$ 12 MILHÕES PARA AMIGÃO DE LULLA

http://www.istoe.com.br/capa

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E por que MOCH continua livre, leve e solto? Isca para os bandidos do PT fisgarem?

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Em países decentes uma organização criminosa dessa envergadura jamais seria chamada de partido: chamariam logo de quadrilha mesmo, pois a rigor não passa disso.

Na medida em que as provas aparecerem, a Oposição tem o dever moral de pedir a cassação de registro do PT no TSE. É preciso uma bala de prata para matar o vampiro, do contrário ele morre, ressuscita e ataca de novo...

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A batata dos petralhas (Lula/Dilma) está assando!

Tão tardará a ficar no ponto. É só termos mais um pouco de paciência!



Chris/SP




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Coronel,

O bicho tá pegando!!!!


MAIS UMA BOMBA CONTRA LULA E O PT, ENQUANTO ISSO MARCOS VALÉRIO ESTARIA APANHANDO MUITO NA PRISÃO.

Mais uma reportagem bomba. Agora é a revista ISTOÉ que revela mais uma história escabrosa envolvendo um amigão de Lula que, segundo a revista obteve um empréstimo de R$ 12 milhões via Banco Schahin. A dinheirama era para calar a boca de um grandalhão que ameaçava contar tudo sobre o assassinato do ex-prefeito petista Celso Daniel, envolvendo Lula e os ex-ministros José Dirceu e Gilberto Carvalho. A revelação da reportagem reforça a denúncia de Marcos Valério feita em 2012. Valério está preso na Papuda.


http://aluizioamorim.blogspot.com.br/2015/02/mais-uma-bomba-contra-lula-e-o-pt.html



Chris/SP

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Estou torcendo para q o Ricardo Pessoa, dono da UTC, tenha uma gravação desta conversa e principalmente tenha uma outra envolvendo o lula. Aí, nós vamos "correr para o abraço" e PUM! IMPEACHMENT NELLA!
FORA GANG DE LADRÕES! FORA!!!!!

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Era óbvio que Vacari estava apagando os rastros dos crimes enquanto esteve solto indevidamente esse tempo todo desde o início da operação lava jato. Assim como ficaram apagando provas enquanto permaneceram na Petrobrás a Graça Foster e toda a Diretoria e assim como estão limpando os vestígios dos crimes o Lula a Dilma e todos os outros integrantes da quadrilha que permanecen indevidamente nos cargos do governo desde sempre, com as chaves do cofre e a caneta com que legislam em causa própria e contra os brasileiros.
Deveriam ter sido TODOS presos preventivamente desde o mensalão. Os locais dos crimes estariam com muito mais provas e essa corja com menos atrevimento de negar o óbvio e de ser RIGOROSAMENTE punidos.

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o que me indigna é ver só os empresarios presos e os safados politicos,petralhas ,Lula e carteva soltos.

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Acho que não vai cair muito mais do que isso não. A ignorância é muito grande e cultivada cada vez mais nesse país de indigentes.

O que salva é que os cumpanhêros bolivarianos da América Latrina também estão se ferrando. Apesar de toda a fortuna das estatais e do serviço público brasileiro que a corja está passado, sem cerimônia, para o Foro de São Paulo, aquele do Lula. (OPS, DESCULPE, CORONEL).

Claro, porque é evidente que é muuuuito dinheiro para ser abocanhado só para (e pelo) PT.

Mariana

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A revista Istoe esta' quentissima. A materia de capa e' devastadora para Lula. Faz a associaçao de um emprestimo feito pelo amigo do ex presidente, o tal Brunei ( nem sei se se escreve assim) e o pagamento a um empresario para que ele nao denuncie lula e Gilberto Carvalho no crime Celso Daniel. Ate' entao se falava nisso mas agora apareceu valores e contratos de emprestimos.O amigo de Lula havia dito que nunca havia feito qualquer emprestimo no banco da construtora Schain, no entanto, o banco central constatou o emprestimo e que ele, alem disso, e' devedor do mesmo. Bomba! o cerco parece que se fecha sobre Lula, Dilma e o PT.

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CORONEL

Pelo que se apurou até agora, a roubalheira teve início já no primeiro ano do governo Lula.Pela desenvoltura e organização com que agiram indica claramente que nem precisaram de "aquecimento", já vieram com expertise suficiente para práticas criminosas, são egressos do submundo do crime.
INDISCUTIVELMENTE CONSTITUEM UMA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA .

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Indispensável a manifestação nas ruas contra a roubalheira! Tudo está muito claro. Só é preciso a força do povo!

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O Vaccari é daqueles que valem a pena baixar uma lei só para ele,
como a pena de morte no Brasil, válida por 24 horas, a semelhança que fez Getulio Vargas que baixou uma lei com um curto prazo de vigor pré-determinado, salvo engano que permitia o divórcio no Brasil e direcionada a pessoa de suas relações.
O VACCARI MERECE!!! E alguns outros também!

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