Em 4 de janeiro, ainda em férias, não resisti às primeiras mudanças anunciadas pela equipe econômica da Dilma e escrevi este post. Clique aqui para ler.
Entre outras coisas, calculávamos, em primeira mão, o impacto que as mudanças no seguro-desemprego teriam na economia, atingindo 2 milhões de trabalhadores. Veja acima. Hoje o governo confirma a conta: 2,2 milhões serão varridos do seguro-desemprego. Abaixo, leia a matéria de O Globo, de hoje.
O Ministério do Trabalho informou nesta sexta-feira que as novas
regras para a concessão do seguro-desemprego podem reduzir o acesso ao
benefício em 26,58%. Segundo cálculos do órgão, no ano passado,
8.553.733 trabalhadores requereram o seguro com base nas regras antigas.
Se as mudanças forem aplicadas para esse mesmo universo de pessoas,
2.273.607 não receberiam o benefício.
“Esse é um cenário com base nos dados do seguro-desemprego, que está
mudando para defender um patrimônio do trabalhador, que é o FAT. Nenhum
direito está sendo suprimido”, comentou o ministro do Trabalho e
Emprego, Manoel Dias, por meio de nota.
O
ministério ressaltou que o novo modelo garante o benefício à maior
parte das pessoas que o pedem pela primeira vez. Pela análise dos
técnicos do MTE, 1.831.308 trabalhadores continuariam recebendo o
seguro, por terem recebido 18 salários ou mais em 24 meses. Isso
representa 50,47% do universo de 3.628.382 requerentes do benefício pela
primeira vez.
Entre os que requerem o seguro pela segunda vez, o volume de pessoas
enquadradas nas novas regras seria ainda maior: 66,81%. Pelo menos
1.258.542 solicitantes teriam acesso por terem recebido 18 salários ou
mais. Isso representa 50,48% do universo de 2.493.299 trabalhadores
nessas condições. Além disso, outros 407.065 trabalhadores acessariam o
benefício por terem recebido de 12 a 17 salários no período. Esses
representam 16,33% dos beneficiados do grupo de segunda vez.
Ficariam sem acesso ao benefício 1.048.630 trabalhadores de primeira
solicitação, que receberam entre 6 e 11 salários (28,9% da base de
3.628.382 trabalhadores). Outros 552.880 (15,24% da base de 3.628.382
trabalhadores) não receberiam o seguro na primeira vez por terem
recebido entre 12 e 17 salários. Entre os que pediriam as parcelas pela
segunda vez, ficariam sem acesso, pelas novas regras, 672.097 pessoas
(26,96% da base de 2.493.299 trabalhadores).
Em 2014, foram negados pedidos de benefício para 195.564
trabalhadores que não tinham recebido no mínimo seis salários na
primeira solicitação e para 155.595 que não tinham recebido seis
salários na segunda solicitação. Com as novas regras, esses também
ficariam de fora se requeressem seguro a partir de março, quando as
medidas entram em vigor.
NOVAS REGRAS
Anunciadas
em dezembro, as alterações nas regras dos benefícios foram realizadas
por meio duas medidas provisórias – uma na área trabalhista e outra na
previdenciária. O governo argumentou que o pacote vai gerar uma
economia de R$ 18 bilhões em 2015. As medidas, além de reduzir o déficit
na Previdência (que está perto de R$ 50 bilhões), ajudarão a equipe
econômica a fechar as contas públicas este ano.
As mudanças incluem
restrições no acesso ao abono salarial, ao seguro-desemprego e ao
auxílio-doença, além de uma minirreforma na Previdência Social, com
alterações nas regras das pensões. No caso do seguro-desemprego, o
governo elevou de seis para 18 meses o período aquisitivo e ajustou o
número de parcelas, que varia de três a cinco. As novas exigências
entrarão em vigor no início de março. Na avaliação do Ministério da
Fazenda, no curto prazo, essa é a maior medida de maior impacto na
redução de despesas.
No que
diz respeito às pensões, a proposta do governo prevê o fim do benefício
vitalício para cônjuges jovens. Foi estipulada uma tabela que assegura o
benefício pela vida inteira para quem fica viúvo com 44 anos ou mais e
que tenha expectativa de sobrevida de até 35 anos. Abaixo dessa idade, o
benefício passará a ser temporário e dependerá da sobrevida do
pensionista. Entre 39 anos e 43 anos, por exemplo, o prazo é de 15 anos;
entre 22 e 32 anos, de seis anos; e, abaixo de 21 anos, de três anos. O
cálculo do benefício também muda. Por exemplo, uma viúva sem filhos
passará a receber 60% do valor do benefício, e não mais 100%. Cada filho
terá direito a uma cota de 10%, que termina aos 21 anos de idade.
As novas normas do seguro-defeso (pago aos pescadores durante o
período em que a pesca é proibida) valerão daqui a 90dias.Os
trabalhadores precisarão solicitar o auxílio nas agências do INSS. Hoje,
esse pedido é feito nas superintendências do Ministério do Trabalho e
Emprego ou nos postos do Sine. Segundo Manoel Pires, a verificação dos
requisitos também passará a ser feito pela Previdência. O MTE continuará
responsável pelo pagamento dos benefícios.
7 comentários
Coronel,
Replyde Dna Dilmaldita tudo se esperava e já se sabia que iria ferrar a fogo o povo brasileiro, não obedecendo as mentiras deslavadas de campanha. Alguém tinha dúvida disso?
O que me assusta é a lerdeza da oposição, o silêncio de Aécio Neves, as atitudes petralhas de Alckimin, a dormência desse povo idiotizado que agora se prepara para o carnaval.
O que precisará acontecer aqui no Brasil para as pessoas despertarem? Deus do céu! Já não basta a roubalheira infrene da Petrobrás para as pessoas enxergarem que somos governados por bandidos?
A inflação volta a comer nossos salários e os imbecis não acordam?
A luz subirá horrivelmente, ou melhor, já está subindo, e as pessoas não entendem a manobra eleitoreira e espúria de Dilmaligna?
Flor Lilás
Mais uma vez essa vagabunda protege os cumpanheiros e quem paga a conta é o povo trabalhador. Porque não demite os cumpanheiros? Porque não acaba com metade dos ministerios? Por isso IMPEACHMENT JÁ.
ReplyCoronel quero saber o seguinte.Não vão prender os políticos,só os empreiteiros?Será que vai dar pizza?
ReplyO povão já está idiotizado pelo pete. Agora é fazer festa e deixar que eles transformem a pátria amada numa Venezuela. Sob o olhar complacente da milicada.
ReplySinceramente? Estou querendo que se ( ...). Danem-se. Diz-se que só se aprende quando é na própria pela. Então? Vai atingir a minha, óbvio, mas que atinja também a pele cascuda da maioria dos que votaram e acreditaram nessa corja. Bando de idiotas.
ReplyMariana
Mas 2015 sera' MUITO melhor que 2016!!!
ReplyCoronel,
ReplyEu acho que pela primeira vez eles fizeram algo certo, muita gente abusa desses benefícios! Usam o seguro desemprego como férias remuneradas mesmo quando tem emprego....