Dilma ainda pode dizer que "não sabia" do propinoduto da Petrobras. Mas terá que demitir sua amiga Graça Foster. Já!

Ontem, em longa entrevista coletiva, a presidente da Petrobras, Graça Foster, informou que desde maio passado a estatal foi informada de que a SBM Offshore, que possui contratos de mais de U$ 20 bilhões, havia pago propina a funcionários da estatal. Ficou sabendo oficialmente pela empresa. E oficialmente determinou que não houvesse mais contratação com a mesma. Vejam o que está publicado no jornal O Estado de São Paulo:

Segundo a presidente da estatal, Graça Foster, desde maio a companhia foi informada pela empresa holandesa do pagamento de propina. A executiva afirmou que "imediatamente" suspendeu a participação da fornecedora em licitações. 

A nova versão contraria os resultados da primeira auditoria interna sobre o tema, feita entre fevereiro e março. Representantes da estatal chegaram a viajar à Holanda e aos Estados Unidos em busca de informações, sem sucesso. Na época, a petroleira informou que não havia encontrado indícios de irregularidade nos contratos de aluguel de plataformas com a empresa. 

"Passadas algumas semanas, alguns meses, eu fui informada de que havia, sim, pagamentos de propina para empregado ou ex-empregado de Petrobrás", disse Graça Foster, em coletiva de imprensa na manhã de ontem. A executiva teria recebido um comunicado e também uma ligação de representantes da SBM informando sobre o pagamento de "comissões". 

Obviamente, como o assunto Petrobras estava nas manchetes, Dilma Rousseff, presidente da República e candidata à reeleição, tinha pleno conhecimento do fato. Apenas o escondeu. Engavetou. Jogou para debaixo do tapete. E pode ter mentido de forma deslavada, por diversas vezes, para todos os brasileiros, em entrevistas e debates. Assistam ao vídeo acima, onde Dilma fala como se não houvesse prova alguma quanto ao roubo instituído pelo seu partido dentro da companhia. A entrevista é de 8 de setembro, cinco meses depois da confirmação de um caso comprovado de propina dentro da estatal.

Com a confirmação feita por Graça Foster, ontem, em coletiva para a imprensa nacional e internacional, Dilma ainda tem uma saída. Dizer que não sabia. E demitir a presidente da Petrobras por lhe esconder a informação. Ou assumir que mentiu para os brasileiros, assumindo uma responsabilidade que pode lhe custar muito caro mais à frente. Até mesmo a perda do mandato.