O drama dos que souberam antes.

A morte de Eduardo Campos era conhecida desde 10h20 daquela manhã trágica. Foi constatada por um dos oficiais do Resgate que, em meio aos escombros e com o avião ainda em chamas, encontrou a carteira de identidade do candidato morto. Imediatamente, o governador do Estado, Geraldo Alckmin, foi informado por fontes militares. Minutos antes, Márcio França, o candidato a vice pelo PSB, já havia ligado para o tucano para dizer que o avião não havia pousado, que “havia passado”, segundo informou a Imprensa. Tudo conspirava para uma inacreditável tragédia. No entanto, Alckmin e ninguém no mundo poderia confirmar o acidente sem mais provas. Imediatamente o governador decidiu ir para Santos. Para um pequeno grupo de assessores, já havia a confirmação que Eduardo Campos e os demais membros da sua comitiva estavam mortos. Mas era preciso ter novas provas e as confirmações oficiais, como a identificação da aeronave e de todos os ocupantes, em respeito às famílias. Faz parte do protocolo que deve ser seguido. Este Blog noticiou a morte de Campos às 12h27min. Consta que antes de qualquer outro veículo de comunicação. Uma morte que já era conhecida duas horas antes, mas que teimosamente ninguém queria confirmar.