Órgão vem realizando campanhas de mobilização implorando recursos para investigar a corrupção desenfreada do Governo Dilma. Obviamente, não está recebendo.
O chefe da Controladoria-Geral da
União (CGU), ministro Jorge Hage, fez um apelo ao Planalto por reforço nas
equipes responsáveis pelo combate à corrupção no governo. Em ofícios enviados
aos ministros Aloizio Mercadante, Casa Civil, e Miriam Belchior, Planejamento,
aos quais o Estado teve acesso, ele pede, "em caráter de urgência",
autorização da presidente Dilma Rousseff para a convocação de candidatos que
passaram por concurso público em 2012. E alerta que "o esforço de fazer
mais com menos", no caso do órgão, "atingiu seu limite."
No ofício encaminhado Miriam, em
17 abril, Hage avisa que, com número reduzido de analistas para fiscalizar o
governo, tem sido "forçado" a remanejar pessoal e concentrá-lo para a
investigação de denúncias na Petrobrás. A estatal é pivô de uma crise política
que resultou na criação de duas CPIs no Congresso.
Em março, após o Estado revelar
que a presidente Dilma Rousseff votou a favor da compra da Refinaria de
Pasadena, em 2006, Hage anunciou uma sindicância para apurar possíveis omissões
no Conselho de Administração da companhia, na época presidido por ela. Além
disso, a CGU toca auditorias sobre esse e outros negócios da estatal.
"Nos últimos meses, o volume
de denúncias envolvendo a Petrobrás, por sua vez, tem forçado a necessidade de
remanejamento dos escassos quadros de analistas, de outras áreas, para os
setores que fiscalizam as áreas de energia, petróleo e gás, por parte da
CGU", diz ele no ofício a Miriam.
Em outro comunicado, enviado na
mesma data a Mercadante, o ministro apela para a "certeza" de contar
com a "lucidez e compreensão" dele sobre a "relevância das
funções de controle e combate à corrupção para o governo como um todo".
O suposto esforço para apurar e
combater irregularidades está no centro do discurso da presidente em resposta a
escândalos. No governo dela, contudo, houve queda no orçamento e no quadro de
pessoal da CGU não só para investigar órgãos federais, mas repasses para estados
e municípios. Houve corte, por exemplo, no número de fiscalizações em
prefeituras, anualmente realizadas por meio de sorteios.
Nos ofícios, Hage pontua que 727
servidores deixaram a CGU desde 2008, situação que se agrava com o aumento das
atribuições do o órgão de controle interno do governo, após a edição das leis
que tratam de acesso à informação, conflito de interesse e responsabilização de
empresas corruptoras.
Além disso, segundo ele, houve
incremento de alguns investimentos públicos, o que demanda mais fiscalização.
Hage requer à presidente autorização para convocar 303 candidatos excedentes do
concurso de 2012, prestes a vencer, para o cargo de analista de finanças e
controle. Ele destaca no ofício a Miriam que ela, "mais do que ninguém",
tem conhecimento dos números. Para o ministro, houve "drástica
redução" dos recursos humanos.
O presidente da Unacon Sindical,
entidade que representa analistas e técnicos de finanças e controle, Rudinei
Marques, afirma que no próximo mês a controladoria não terá mais como bancar
nem a conta de luz. "A CGU parou. Os ofícios do ministro não surtiram
nenhum efeito, pelo contrário", protesta.
Em nota ao Estado, a Casa Civil
informou ontem que a demanda da Controladoria-Geral da União (CGU) em relação
ao seu quadro de pessoal é "considerada relevante, assim como a de outros
ministérios". "A junta orçamentária do
governo está avaliando esses pleitos, levando em conta as possibilidades
orçamentárias", acrescentou. O Planejamento não se manifestou até o
momento.
4 comentários
A UNICA VERDADE PROFERIDA PELOS PINOTRALHAS AOS 4 CANTOS E'A DE QUE FARIAM O DIABO PARA VENCER AS ELEICOES.
ReplyESTAO CUMPRINDO COM INVEJA''VEL FIDELIDADE!
Aécio tem obrigação de bradar isso aos quatro ventos!
ReplyLucidez de merdacante?! Como piada, é ótima.
Reply"O chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), ministro Jorge Hage, fez um apelo ao Planalto por reforço nas equipes responsáveis pelo combate à corrupção no governo. Em ofícios enviados aos ministros.."
ReplyEssa situação é EXATAMENTE o que diz Olavo de Carvalho: que os socialistas, à medida que vão enredando as instituições junto com as pessoas, criam uma situação que quando o cidadão sai para pedir ajuda por que a coisa está insustentável, acaba tendo que pedir socorro pro próprio bandido, o próprio governo...