O candidato a presidente da
República pelo PSDB, o senador Aécio Neves (MG), anunciou nesta segunda-feira
(4) durante entrevista ao vivo ao G1 que, se eleito, criará o Ministério da
Infraestrutura e extinguirá o Ministério da Pesca. Segundo ele, a pasta da
Infraestrutura reunirá setores como transporte e energia, que atualmente têm
ministérios específicos.
Perguntado sobre qual pasta
deixaria de existir em eventual governo tucano, ele afirmou: "Daria o
exemplo do Ministério da Pesca. Não se justifica de forma nenhuma até porque
precisamos fortalecer o Ministério da Agricultura. [...] Em primeira mão, posso
dizer que estamos estudando a criação de um forte ministério da infraestrutura.
Não quero entrar em tantos detalhes. Ele trataria de investimentos em rodovias,
ferrovias, energia. Não vou entrar em detalhes, mas fica essa primeira
sinalização."
Em primeira mão, posso dizer que
estamos estudando a criação de um forte ministério da infraestrutura. Não quero
entrar em tantos detalhes. Ele trataria de investimentos em rodovias,
ferrovias, energia. Não vou entrar em detalhes, mas fica essa primeira
sinalização."
O Ministério da Infraestrutura
existiu durante dois anos do governo Fernando Collor – foi criado em 1990,
extinto em 1992 e teve três ministros. Confrontado pelos jornalistas com essa
informação, Aécio afirmou: "Não tenho esse governo como parâmetro para o
meu governo. O que posso apresentar para o Brasil é a minha história".
Durante pouco mais de 40 minutos,
o presidenciável tucano respondeu a perguntas de internautas e do portal, em
três blocos, conduzidos pelos jornalistas Tonico Ferreira, da TV Globo, e
Nathalia Passarinho, do G1. A ordem dos entrevistados (veja ao final desta
reportagem) foi definida por sorteio na presença de representantes dos partidos
de todos os candidatos. A candidata sorteada para o primeiro dia (28 de julho),
a presidente Dilma Rousseff, não compareceu por problemas de agenda, segundo a
assessoria do Palácio do Planalto. No último dia 31, foi entrevistado o
candidato Zé Maria (PSTU). O próximo, na quinta-feira (7), será Mauro Iasi
(PCB).
Aécio Neves reafirmou a proposta
de redução para quase a metade do número de ministérios, atualmente em 39. Para
o tucano, que mencionou estudo da Universidade de Cornell (EUA), "22 ou 23 ministérios" é o número
"adequado".
Segundo ele, o formato final da
proposta de diminuição do número de pastas será resultado do trabalho do
ex-governador de Minas Gerais Antonio Anastasia e de um grupo de especialistas,
que, segundo ele, estão "redesenhando o estado brasileiro".
Aécio afirmou que a criação do
Ministério da Infraestrutura permitiria uma "ação estratégica" para o
país, que precisa ter "marcos regulatórios claros". "Precisa ser algo que
planeje, tenha interlocução com o setor privado", completou. De acordo com
o presidenciável, o governo e os PT "demonizaram" as parcerias com o
setor privado, mas agora "se curvam a elas com atraso enorme".
Ainda sobre reforma na estrutura
ministerial, afirmou que, caso eleito, pretende reestruturar o Ministério da
Justiça, transformando a pasta em Ministério da Justiça e Segurança Pública
(leia mais abaixo). O tucano disse também defender o
fim da reeleição, com a fixação de mandatos de cinco anos. Ele reafirmou ainda
a intenção de apresentar logo nos primeiros dias do mandato uma proposta de
simplificação do sistema tributário "porque nós precisamos declarar guerra
ao custo Brasil".
PMDB
Indagado em pergunta de um
internauta se seria possível governar sem o apoio de José Sarney, Renan
Calheiros e outras lideranças do PMDB – "todos adversários meus nesta
campanha" –, atualmente aliados do governo, Aécio Neves respondeu que sim,
mas disse que, se "quadros" do partido decidirem apoiar um eventual
governo tucano, aceitará.
"Da forma como se
estabelecerem as relações políticas, sim [é possivel governar sem o PMDB], eu
farei isso. Não há mais como manter essa relação mercantilista com o PMDB e
outras forças partidárias [...]. Essa talvez seja uma das heranças malditas,
perversas, desse governo, que nivelou por baixo as relações politicas",
declarou.
Mensalão mineiro
Perguntado sobre a afirmação da
presidente Dilma Rousseff de que houve "dois pesos e umas 19 medidas"
no julgamento do mensalão do PT, no qual o Supremo Tribunal Federal (STF)
condenou 24 pessoas, e sobre o mensalão tucano, em Minas Gerais, que o Supremo
enviou para julgamento na primeira instância da Justiça, Aécio Neves afirmou
que "são coisas distintas".
Segundo ele, o mensalão do PT
"foi um grupo dentro do poder que pagava mesada a parlamentares"
enquanto, no mensalão tucano, as suspeitas recaem sobre "uma campanha
eleitoral". "Vamos deixar que a Justiça
julgue. O PT tem dificuldade muito grande de reconhecer seus equívocos.
Recentemente, o ex-presidente da República disse que não existiu o mensalão. Eu
não sou juiz, apenas acato decisões da Justiça. Vamos aguardar que a Justiça
mineira
O tucano disse que "se houve
algum companheiro do partido, membro do partido, que houver cometido
irregularidade, não o transformaremos em herói nacional como fez o PT".
"A impunidade não pode ser a regra da política."
Relações exteriores
Aécio Neves declarou que pretende
"mudar o nível" das relações internacionais. Segundo ele,
"política externa hoje é mercado". O candidato afirmou que uma
"posição de equilíbro" orientará as relações com outros países.
"Vamos mudar o nível da
nossa relação internacional. Enquanto vizinhos fizeram inúmeros acordos
bilaterais, o Brasil fez só três" (Egito, Israel e Palestina), disse.
"O tempo perdido não volta mais. Estamos adiando um entendimento com a
União Europeia."
Concursos públicos
Um dos internautas perguntou se
os concursos públicos serão mantidos em uma eventual gestão do tucano. Na
resposta, ele disse que o que pretende cortar é um terço dos cargos
comissionados do Executivo.
"Concursos públicos são
essenciais. O que vou reduzir são cargos comissionados, esse que o PT utiliza
sem qualquer critério. São 23 mil, 24 mil cargos de livre provimento, onde os
'companheiros' são alvos de denúncias graves, como cargos públicos no caso do
Sesi, utilizados para atender os amigos do poder. Eu acho que um terço desses
cargos pode ser extinto", afirmou.
Índios e reforma agrária
Ao responder sobre demarcação de
terras indígenas e invasões de terra, Aécio Neves afirmou que o atual governo
se omite. "Existe omissão do governo
federal que permite que dentro do próprio governo federal haja um conflito permanente", declarou.
Segundo ele, invasão de terras e
disse que o fato é "crime" e deve ser combatido com mais reforma
agrária. "Invasão é crime. O que temos que fazer é a reforma agrária que o
atual governo não fez. Combater invasões com política clara e eficiente de
reforma agrária."
Segurança pública e presídios
Ao ser questionado sobre
segurança nas regiões de fronteira, Aécio Neves disse que o tema remete a uma
"preocupação crescente" dos brasileiros, que é a segurança pública. Ele afirmou que, caso eleito, vai
reestruturar o Ministério da Justiça, transformando a pasta em Ministério da
Justiça e Segurança Pública. Ele disse também que pretende atualizar o Código
Penal e o Código de Processo Penal para tornar mais efetivas as punições.
“Farei uma modificação na
estrutura do Ministério da Justiça, que será o Ministério da Justiça e
Segurança Pública. Os fundos, como o fundo
penitenciário, não serão contingenciados como neste governo”. [...]
Vamos promover uma atualização rápida do Código Penal e do Código de Processo
Penal, para diminuírmos essa sensação de impunidade que temos hoje. O governo
federal vai coordenar uma ação de segurança pública, em especial em relação às
fronteiras", declarou.
O candidato também chamou de
"extremamente grave" o crescimento da população carcerária do Brasil
e defendeu que o Código Penal seja alterado para ampliar as possibilidades de
prestação de serviços em substituição a penas mais brandas.
Ao final da entrevista, os
jornalistas pediram ao candidato respostas "sim" ou "não"
para perguntas num formato "pinga-fogo". Depois, ele ainda fez as
considerações finais.
18 comentários
Mas a melhor resposta foi a que ele deu quando lhe perguntaram se ele iria privatizar empresas publicas e ele resondeu que "Muito pelo contrario, vou reestatizar as empresas publicas ,para tirar a mão do pt de cima delas".
Replyate que enfim o contribuinte vai se livrar de bancar aquele cabidão que é essa tal estrovenga da pesca...
Replyagora, é só acompanhar o que os petralhas vão roubar das idéias do Aécio.
ReplySubstancioso, ao contrário dos troços desconexos e incompreensíveis que saem da boca e da cachola da jabiraca.
ReplyCoronel,
ReplyAs respostas repercutiram na Bloomberg TV.
Todas positivas.
JulioK
Coronel,
Replyrespostas de quem não tem medo, é competente e tem objetivos e metas. A corja está cada dia mais apavorada. Os vagabundos e incompetentes que assumiram o poder junto com o velhaco e a presidAnta estão com os dias contados. Graças a Deus.
E como fica o Ministério de Defesa? Tão anão quanto o Ministério de Relações Exteriores. Espero que Aécio olhe para as FFAA, desprestigiadas e humilhadas e tratadas como cidadão de quinta. Não esquecendo que o desmantelamento começou no governo FHC.
Reply"O Exército pode passar cem anos sem ser usado, mas não pode
passar um minuto sem estar preparado."(Rui Barbosa)
Gostei de todas as respostas de Aécio,mas o que mais me chamou a atenção foi a criação de um Ministério da Justiça e Segurança Pública e também mudança no Código Penal.Ninguém aguenta mais a violência e a impunidade.
ReplyLula e Dilma, parceiros até na covardia. Fogem do povo, da mídia, das ruas, dos debates ......
ReplyLula "O CAGÃO"
Dilma "A CAGONA"
Que bela parceria de latrina: O CAGÃO e a A CAGONA!
Era tudo o que o povo honesto queria, o troco por toda a humilhação recebida de Lula/PT nesses 12 anos.
ReplyAécio está sendo nota 10, está enfiando fundo o dedo na ferida e dando nomes aos 'bois'.
FORÇA AÉCIO, DETONA ESSA CORJA. O BRONCOSSAURO, A ANTA E OS MILITONTOS. VC está sendo ótimo e muito competente nessa luta para tirar as tetas da boca suja desses comunistas.
Se o senador Aécio cortar os ministérios pela metade ainda vai sobrar ministério, 20 ainda é muito. Que olhe para países que deram certo. Alemanha tem 14 e mesmo com todos os problemas e astronômicos causados com a queda do muro de Berlim em 1989 conseguiu seguram sua economia. Não foi fácil reerguer o leste da Alemanha foi um trabalho gigantesco e continua sendo. Os alemães tiveram que colocar a mão no bolso para reconstruir o que o socialismo deixou como "herança". Levará gerações para conscientizar as pessoas que é preciso andar sobre suas próprias pernas e que o papel do estado não é ser o grande "Pai".
ReplyFaz-se necessário mais um ministério. Da Desratização Total. Os petralhas transforaram a República na maior esbórnia que este país já viu!
ReplyFORA DILMA E LEVE O PT JUNTO COM VOCÊ!
PARABÉNS AÉCIO!
Chris 45/SP
Coronel
ReplyAécio Neves como todos os Candidatos a Presidência da República deve responder de forma clara e objetiva todas as perguntas,para que a Sociedade possa analisar as propostas
O melhor Candidato é aquele que é Estadista o que infelizmente muitos não tem a qualidade de ser
O Brasil pode realmente vivenciar uma Crise Financeira a pior até mesmo desde 1929,o fato é real e só um Estadista para retirar o Brasil da Crise
O Brasil só muda acabando com as Urnas Eletrônicas,que na transmissão de dados pode sofrer as respectivas fraudes
O Brasil corre risco a Economia tende a fundar e só tem uma forma de evitar o desastre na Economia,fazendo enxugamento Cargos Comissionados no Governo,fazendo Reforma Estrutural em todos setores dos Ministérios,
O Brasil precisa de Estadista
guru75
O cara é mesmo bom, centrado, sabe falar de forma clara, é inteligente, enquanto a anta... é aquele paga pra capar. Sai da frente trupicão, larga minha unha!
Reply....e o dinheiro q a cambada amealhou???????a quantia vai alem da minha imaginaçao........
ReplyEssa de um dos anonimos foi muito boa; tem que vingar,
ReplyLULA, O CAGÃO!
DILMA, A CAGONA!
COM VOCES, CAGÃO E CAGONA!!!
MUITO BOA!
Logico que ela não vai, se expor antes do tempo?
ReplyUrnas eletrônicas já estão aparelhadas.
Segundo a Folha do PT, Aecio da a entender que vai manter ou aumentar os impostos.
Reply