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O Ministério Público Federal suspeita que as obras da Petrobrás na
Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, tenham sido alvo do
mesmo esquema investigado na Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Relatório
de procuradores que atuam no Estado diz que recursos de contratos
superfaturados na unidade de refino paranaense podem ter abastecido empresas
ligadas ao ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa e ao doleiro Alberto Youssef.
Conforme o documento, concluído em maio, há "conexão
entre os desvios" na refinaria pernambucana, um dos focos da Operação Lava
Jato, e supostas irregularidades em contratos para modernizar a Repar. A Petrobrás contratou para as obras no Paraná cinco
consórcios de empreiteira por R$ 7,5 bilhões. Laudo da Polícia Federal, feito
em abril, diz que as planilhas dos contratos têm sobrepreço de R$ 1,4 bilhão.
Os procuradores sustentam que parte do dinheiro pago às
construtoras na Repar pode ter sido repassado a empresas suspeitas de integrar
o esquema, como teria ocorrido em Abreu e Lima. Além disso, uma planilha
apreendida na Operação Lava Jato sugere que o ex-diretor da Petrobrás negociou
doações eleitorais com empreiteiras, entre elas três contratadas para as obras
no Paraná (UTC/Constran, Mendes Júnior e Toyo Setal).
Ao quebrar o sigilo da MO Consultoria - empresa de fachada
que pertenceria a Youssef -, os investigadores encontraram depósito de R$ 617
mil feito pela construtora OAS. A empresa, a Odebrecht e a UTC integram o
Consórcio Conpar, que tem um dos contratos na Repar. Segundo a PF, nessa fatia das obras o superfaturamento seria
de cerca de R$ 132 milhões.
O relatório do Ministério Público Federal aponta ainda um
repasse de R$ 3,6 milhões "da Repar à Sanko-Sider", empresa citada na
Lava Jato como peça do esquema de desvios da Petrobrás para a MO Consultoria. A
informação consta de uma planilha apreendida pela PF.
Histórico. Segundo denúncia aceita pela Justiça, na
construção da Refinaria Abreu e Lima a Petrobrás pagava por serviços
superfaturados ao Consórcio Nacional Camargo Corrêa, que mantinha contratos
para a compra de material como a Sanko. "Dali para frente, o dinheiro
ilícito do peculato e da corrupção foi pulverizado mediante diversas operações
de lavagem de capitais", sustenta relatório do Ministério Público.
O documento foi enviado ao juiz Sérgio Moro, da Lava Jato.
Em decisão de 12 de maio, ele reconhece a conexão entre o caso de Pernambuco e
o caso do Paraná. "Se valores pagos nas obras da Repar foram destinados às
empresas de Youssef, haveria conexão entre crimes antecedentes e de
lavagem", escreveu o magistrado.
A suspeita de superfaturamento na Repar é investigada pela
Polícia Federal e pelo Tribunal de Contas da União. (Estadão)
2 comentários
Essa investigação deve chegar até Lula que ajudava a lavar dinheiro, viajando nos jatinhos de construtora para ministrar suas palestras fajutas ou fazer lobby na África .
ReplyA Corrupção do PT é de fazer inveja ao Ferdinand Marcos...
ReplyGabriel-DF