Alexandre Padilha e André Vargas: negócio fechado e sorrisos de satisfação.
O Ministério da Saúde firmou
parceria com o laboratório suspeito de pertencer ao doleiro Alberto Youssef
mesmo com a recusa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em
autorizar o funcionamento da empresa como produtora de medicamentos. O
indeferimento da autorização está registrado numa resolução da Anvisa de 23 de
agosto de 2013.
Em 11 de dezembro do ano passado,
a gestão do então ministro da Saúde Alexandre Padilha (pré-candidato a
governador de São Paulo pelo PT) anunciou a parceria com a Labogen S/A Química
Fina e Biotecnologia, um negócio de R$ 31 milhões, para a produção do
medicamento citrato de sildenafila. A pasta só suspendeu a parceria após a
revelação das investigações da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal.
A Anvisa indeferiu o pedido
devido à falta de documentos básicos, como licença sanitária, relatório de
inspeção atualizado e cópia do certificado de regularidade. O órgão multou a
Labogen por diversas vezes em 2013 por causa de “infrações sanitárias”. A
última notificação de multa é de 5 de dezembro, menos de uma semana antes do
anúncio do acordo.
A Parceria para Desenvolvimento
Produtivo (PDP) incluiu o Laboratório Farmacêutico da Marinha e a EMS, uma das
gigantes do setor farmacêutico. A Labogen, empresa com folha de pagamento de R$
28 mil mensais, só conseguiu obter o contrato em razão da associação com a EMS,
o que passou a ser investigado pela PF.
Conforme esse acordo, o
Laboratório da Marinha faria as primeiras aquisições do medicamento em 2015,
com previsões de desembolsos de R$ 6,2 milhões anuais, em cinco anos. Após o
escândalo envolvendo a Labogen, o Ministério da Saúde abriu uma comissão de
investigação preliminar sobre o acordo.
A suspeita é a de que o deputado
federal André Vargas (PT-PR) foi o responsável pelos contatos políticos no
ministério para assegurar a PDP. Ele teria agido em parceria com Youssef,
segundo as investigações da PF. Padilha admitiu ter conversado com Vargas, mas
negou ter atendido a qualquer pleito.
O Ministério da Saúde sustentou
que a parceria ainda estava na primeira fase, período destinado a adequações
junto à Anvisa. “A comprovação do registro só é necessária na finalização dessa
primeira fase”, informou. A assinatura do contrato para a aquisição dos
primeiros lotes de medicamentos dos laboratórios só ocorreria após a pasta
conferir todas as exigências da Anvisa, afirmou o ministério, que ressaltou que
o andamento da parceria está suspenso em razão da comissão de investigação. (O Globo)
9 comentários
Será que o Padilha também conseguiu a sua independência financeira?
ReplyCoronel,
ReplyA cúpula do PT MICOU!!!
JulioK
VAI PRA CASA PADILHA !!!!! ( bordão de um personagem do Jô Soares que vivia elogiando a mulher do padilha, outro personagem do mesmo quadro, o grupo enxotava o padilha para ele aproveitar melhor sua mulher tão boa e linda. ( mulher do padilha ).
ReplyCoronel , vc viu que o remédio que iam produzir o citrato de sidenolafila é o VIAGRA
Replycel,
ReplyE ainda esse elameado quer ser governador?
Pau nesse outro também... ou o paulista quer ver outros aumenTos de imPosTos de quase 200%, além da corrupção ativa, passiva, hetero, bi e trans em SP?
ReplyInvestiguem também o sr. José Loureiro Cardoso, proprietário da empresa CYG BIOTECH Química e Farmacêutica Ltda.
ReplyEles mantém um esquema igual ao da Labogen denunciada na operação LAVA JATO da POLÍCIA FEDERAL.
Mais detalhes da empresa no site: http://www.cygbiotech.com.br/
Por "coincidência" a empresa dele fica no endereço antigo da Labogen.
Vale relatar que há produtos divulgados no site desta empresa que nunca foram produzidos lá e que houve pagamento de propina ao ministério da saúde.
Além disso a empresa está envolvida com lavagem de dinheiro pois se vocês pegarem tudo o que Loureiro nessa empresa e o que ela "vende" verão que não há quase lucro.
Sou a favor da instalação de uma CPI também no Ministério da Saúde, afinal, se foram pegos pela PM com a "boca na botija" nesse escândalo envolvendo o MS & Labogen & EMS, acho imprescindível que sejam auditadas todas as movimentações de compras de medicamentos passadas deste Ministério...se há verba, mas faltam medicamentos nas unidades básicas de saúde do SUS, por exemplo, para onde está indo o dinheiro?
ReplyEspero que a EMS seja investigada também nesse escândalo Labogen & MS...pois se uma empresa deste porte está envolvida nesta "sujeira", é motivo para a população boicotar os medicamentos deste laboratório..
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