As chuvas que caíram no fim de semana não foram suficientes
para reverter a redução do nível dos reservatórios das hidrelétricas do
subsistema Sudeste/Centro-Oeste, o principal do país, que recuou mais 0,1 ponto
percentual entre sábado e domingo, quando ficou no patamar de 35,5% de estoque.
Neste mês, as usinas das duas regiões - responsáveis por 70% da capacidade de
armazenamento do país - acumulam queda de 4,8 pontos percentuais. Ontem, pela
primeira vez, Maurício Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética
(EPE) admitiu que o cenário hidrológico é pior que em 2001, quando houve
racionamento.
"Talvez, agora, em termos de hidrologia, [o cenário]
seja um pouquinho pior que em 2001", afirmou Tolmasquim. Ele, porém,
reafirmou que não há necessidade de racionamento. "Estruturalmente temos
uma situação melhor para enfrentar essa situação conjuntural, que é um problema
extremo."
Para o presidente da comercializadora e gestora América
Energia, Andrew Frank Storfer, outros países nessa situação já teriam tomado
medidas cautelares. Segundo ele, o governo está adiando qualquer decisão para
evitar influencias negativas no cenário político. Storfer ressalta que uma
decisão sobre o tema só deverá ser tomada no fim de março, quando acaba o
período de chuvas. "[O governo] está apostando que a chuva virá e
melhorará a situação dos reservatórios".
O presidente da comercializadora de energia Comerc,
Cristopher Alexander Vlavianos, também avalia que o governo já deveria estar
tomando medidas para desestimular o consumo. Estudo realizado pela empresa
indica que, se os próximos meses seguirem a exemplo de janeiro, o Brasil terá
que entrar em um programa de contenção do uso de energia entre agosto e
setembro.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), em seu último
relatório semanal, reviu, de 35,6% para 34,2%, a previsão de acumulação das
usinas do Sudeste/Centro-Oeste no fim de fevereiro. A previsão inicial do operador
era de 41,5% de estoque.
Ainda assim, o governo considera que a situação está sob
controle. Para Tolmasquim, em 99% dos cenários analisados, há oferta maior que
a demanda. "Existe 95% de probabilidade, com essa capacidade instalada que
temos hoje, de ter um excedente de 6 mil megawatts médios", disse. Os 6
mil MW médios equivalem a 8,5% do consumo atual.
Ele disse que os números mudam em função da variação
hidrológica, podendo melhorar ou piorar nas próximas semanas. "É claro que
sempre pode ter um cenário hidrológico que faça com que a hidrelétrica não gere
o que se espera", afirmou, frisando que a probabilidade é "baixíssima". (Valor Econômico)
5 comentários
A conta de luz subirá uns 30% em 2015, se ella for reeleita.
ReplyNão houve qq planejamento energético. O ministro não sabe a diferença entre mil e milhão. Entre mega e giga. Não entendo a finalidade de mandar tanto estudante no Turismo sem Fronteiras se não vão ter emprego. Não sabem nada mesmo. Nem falar direito em portugues. Como a ilustre.
Coronel,
ReplyQuer dizer que o governo, por questões eleitoreiras, não pensa em como será o VERÃO 2015??
Se não racionar e não chover, estaremos condenados!!
É claro que depois de matar o FHC pelo racionamento de 2001, o PT morre, mas não raciona!!
JulioK
Enquanto isso a " nova classe média" agora com ar condicionado em cada cubículo, nada contra, usa gratuitamente a energia. Assim o aparelhos ficam ligados 24h, afinal quem paga a conta da energia e agua somos nós os burros chicoteados diariamente por políticos, empresários e pobres espertos tão corruptos quanto os seus "salvadores".
ReplyNinguém fala sobre isso nem se tem dados quantos fazem uso dessas benesses, pagas por nós, os otários.
Coronel,
Replypoderia ter apagão no dia das eleições, não é?
As urnas electrônicas não funcionariam!
PRECISAMOS NOS LIVRAR DAS URNAS ELETRÔNICAS URGENTE!
Flor Lilás
Coronel, repasso o link de uma foto engraçada, quem a quiser abra em outra aba do navegador de internet OU PUBLIQUE O LINK OU A FOTO NA RESPOSTA...
Replyhttps://www.facebook.com/photo.php?fbid=516941511757909&set=a.315041631947899.77212.314676198651109&type=1