FHC, Alckmin, Nunes, todo o tucanato paulista pediu para que Serra ficasse.

Fiel ao seu estilo, José Serra seguiu o ritual das últimas eleições e decidiu seu futuro no limite do prazo do Tribunal Superior Eleitoral para que os políticos mudem de partido para disputar em 2014. Aos amigos mais próximos, o ex-governador já havia sinalizado que seguiria esse caminho. A opção de migrar para o PPS traria muitas incertezas. A predileção, porém, não era revelada ao partido, que ficou o tempo todo no escuro.
 
Depois de um período de reclusão total, Serra voltou a conversar com o PSDB na semana passada. Graças aos apelos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do governador Geraldo Alckmin, ele abriu um canal direto de diálogo com o senador Aécio Neves. O ex-governador e o senador se encontraram em São Paulo pelo menos duas vezes na capital paulista. Nas conversas, Aécio apelou para que Serra permanecesse no PSDB e chegou a convidá-lo para viajar pelo País. O senador não ouviu em nenhuma das ocasiões pedidos específicos de cargos, mas deixou claro que atuaria para garantir que o PSDB ficasse totalmente aberto. Ou seja: o posto de candidato ao Senado no ano que vem estaria garantido.
 
Amigos de Serra, como o senador Aloysio Nunes Ferreira e o deputado Jutahy Magalhães, se somaram aos esforços dos tucanos para convencer o ex-governador a permanecer no partido. Em duas visitas ao Palácio dos Bandeirantes, na semana passada, Serra deixou o governador Geraldo Alckmin aliviado ao garantir que faria campanha para ele no ano que vem ( e não para o ex-prefeito Gilberto Kassab, do PSD, que também estará na disputa). Mas não foi contundente sobre sua decisão final.
 
O primeiro a ser comunicado oficialmente da decisão foi o deputado federal Roberto Freire, presidente nacional do PPS. Isso ocorreu na última segunda-feira. Só depois disso Serra conversou com Aécio Neves em São Paulo em reunião que contou com a presença de outros tucanos. Só então o martelo foi batido. Antes de voltar para Brasília, Aécio foi ao Palácio dos Bandeirantes para uma última conversa com o governador. Ontem, o mineiro fez questão de ser o porta-voz oficial da notícia, apesar de o anúncio já ter sido feito nas redes sociais. Em entrevista coletiva, fez afagos ao ex-rival, que não se manifestou. (Estadão)

6 comentários

esse papo de pedidos para que ficasse eh tudo jogo de cena...

Serra iria quebrar a cara indo para o PPS, tanto que ele mesmo confessa isso...

nao iria sair coisa nenhuma...

queria mesmo era uma massagem no ego...

como se nao bastasse termos que travar uma batalha dura contra os petralhas e suas sujeiras, agora ainda tem-se que ficar bajulando o sujeito como se fosse uma criança...

faça-me o favor, Serra, vê se cresce e, se nao for para ajudar, desaparece...

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Coronel,
já chega de Serra.

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Ao anônimo das 7.26. Na minha opinião o José Serra ponderou, ponderou e viu que é melhor ficar no PSDB e fazer o mesmo que o Aécio Neves fez em 2010, 'desaparecer'.

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Podem falar o que quiserem sobre o PPS, Roberto Freire, mas as propagandas políticas desse partido são ótimas. Vão direto ao ponto. São corajosas, não ficam em cima do muro, transmite ao público a realidade desse governo petralha.

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Serra SEMPRE foi fiel. Já outros...

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Serra,

Decisão sensata, coerente. E vamos juntos para derrubar os petralhas.

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