Aloprado do PT com milhões na mão.

Um dos envolvidos no escândalo dos "aloprados", o petista Hamilton Lacerda ocupa há um mês e meio a direção de projetos do consórcio que reúne sete municípios do ABC (Grande São Paulo). Ele foi nomeado pelo prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), presidente do órgão, e recebe R$ 9.587,21 por mês. "Fui uma pessoa pública, tenho contatos no PT, mas acredito que minha nomeação foi técnica", disse Lacerda.
 
Ex-vereador e ex-candidato a prefeito de São Caetano (SP), ele afirmou que sua dissertação de mestrado em administração pública foi sobre gestão de resíduos sólidos no ABC. No mês passado, a presidente Dilma Rousseff anunciou R$ 2,1 bilhões do PAC para a região. O consórcio receberá R$ 5 milhões para contratar o projeto de um centro de controle de operações de corredores.
 
O consórcio informou que a gestão desse recurso não passa pela diretoria de Lacerda, responsável por "organizar os gestores e técnicos das sete prefeituras na unificação dos projetos de importância regional".Quando coordenou a campanha de Aloizio Mercadante ao governo de SP em 2006, Lacerda foi apontado como o homem que levou R$ 1,7 milhão para comprar um dossiê contra José Serra. O então presidente Lula chamou de aloprados os petistas do caso. Na investigação, Lacerda negou ter levado o dinheiro. (Folha de São Paulo)
 
Relembre o caso, segundo a Veja:
 
Envolvimento                                         
Era um dos coordenadores da campanha de Aloizio Mercadante em São Paulo. Foi acusado de ser o homem da mala: teria transportado o 1,7 milhão de reais ao hotel onde outros dois aloprados foram presos, negociando o dossiê fajuto. Lacerda aparece em vídeo entrando com uma mala no hotel, mas alegou tratar-se de panfletos de campanha.
 
O que aconteceu                                         
Foi indiciado pela PF por lavagem de dinheiro, mas a origem do 1,7 milhão nunca foi esclarecida, o que emperrou a investigação. Foi afastado da campanha de Mercadante e expulso do PT. Virou fazendeiro no sul da Bahia em sociedade com um ex-assessor de Antonio Palocci, Juscelino Dourado, da turma de Ribeirão. Voltou ao PT em 2010 e agora pensa em disputar vaga de vereador no ABC, conforme o jornal Folha de S.Paulo. Cinco anos depois, como ninguém tentasse reaver o 1,7 milhão de reais, o Ministério Público encaminhou petição à Justiça Federal para dar um destino ao dinheiro: uma entidade filantrópica em São Paulo, local da apreensão, ou Cuiabá, onde corre a investigação. Em junho de 2012, a Justiça aceitou a denúncia contra Lacerda e mais oito pessoas envolvidas na elaboração do dossiê fajuto. Eles responderão pelos crimes de lavagem de dinheiro e operação fraudulenta de câmbio. No mesmo mês, a Justiça determinou também que sejam depositados nos cofres públicos os 1,2 milhão de reais e 248.800 dólares apreendidos em 2006. Concorreu ao cargo de vereador por São Paulo nas eleiçoes de 2012, mas não foi eleito.

1 comentários:

"Fui uma pessoa pública, tenho contatos no PT, mas acredito que minha nomeação foi técnica"
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Parodiando o Dirceu: Cada vez mais estou convencido que minha nomeação foi técnica. Agora mesmo, estou ainda mais convencido, que estava há um minuto atras, que minha nomeação foi técnica. Agora, ainda mais ...

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