Aprovado pelo Senado como o 11º ministro do STF (Supremo Tribunal
Federal), o advogado Luís Roberto Barroso, 55, disse que pretende
participar do julgamento do mensalão e que não será pautado por ninguém.
O mensalão está em sua fase final e os ministros terão de decidir se
aceitam ou não determinados recursos que podem beneficiar os réus. "Eu juro aos senhores que eu não estudei o mensalão, sobretudo as
questões que estão em aberto, a questão de lavagem de dinheiro e a
questão de crime de quadrilha", afirmou o ministro durante sabatina no
Senado. "Eu vou fazer o que eu acho certo, o que o meu coração me disser que é
certo. Ninguém me pauta: nem governo, nem imprensa, nem opinião pública,
nem acusados."
Após uma demora de mais de seis meses, Barroso foi escolhido pela
presidente Dilma Rousseff para a vaga deixada por Carlos Ayres Britto. Ontem, ele foi sabatinado por quase sete horas na CCJ (Comissão de
Constituição e Justiça) do Senado e, à noite, aprovado no plenário por
59 votos a 6. Agora, a presidente Dilma irá nomeá-lo para que ele tome
posse. Elogiado por senadores governistas e oposicionistas, Barroso se
emocionou e quase chorou. Durante a sabatina, afirmou que o julgamento
do mensalão representou um "ponto fora da curva" por que o tribunal
teria adotado um posicionamento mais duro no direito penal.
Barroso disse que ouviu de três pessoas a possibilidade de ser
escolhido: o advogado e ex-deputado do PT Sigmaringa Seixas, o
ex-secretário Executivo da Casa Civil Beto Vasconcelos, e o ministro
José Eduardo Cardozo (Justiça). Há mais de dez anos, o advogado natural de Vassouras (RJ) entrava nas
listas dos cotados ao STF. Enquanto isso não ocorria, no entanto, ele
atuou em importantes casos julgados nos últimos anos. Defendeu o italiano Cesare Battisti, que conseguiu ficar no Brasil,
apesar do pedido de extradição de seu país de origem, e foi o
responsável pelos pedidos que reconheceram a constitucionalidade, por
exemplo, de aborto de fetos anencéfalos e da união homoafetiva.
Evangélico, o senador Magno Malta (PR-ES) criticou sua indicação por
defender temas "contra o que pensam a maioria dos brasileiros". Na
sabatina, Barroso fez uma defesa da "tolerância" e do "pensamento
plural". Ontem, ao comentar sobre sua visão de direito penal, o advogado disse
que defende "penas razoáveis", dando o exemplo da possibilidade de
prisão domiciliar no caso de crimes não violentos.
Muito questionado sobre o chamado "ativismo judicial", Barroso defendeu
que o tribunal deve agir quando houver omissão do Congresso. "Onde há
uma decisão política, respeita-se; onde não há uma decisão política é
preciso resolver o problema e, mais do que isso, onde haja um direito
fundamental e de uma minoria, o Judiciário precisa ser mais diligente."
Na sabatina, ele defendeu o poder de investigação do Ministério Público
em casos "excepcionais" e já indicou posição sobre dois temas: Lei da
Anistia e questão indígena, que, em breve, podem voltar o plenário do
Supremo. Sobre o primeiro, lembrou que existe uma decisão do tribunal que validou
tal legislação, e uma outra, da Corte Interamericana de Direitos
Humanos, condenou o Brasil por não punir torturadores. Para ele, essa
divergência deve ser resolvida pelo Congresso. "Quem tem competência política é que deve decidir se a hora é de uma
missão de justiça ou se a hora é de uma missão de paz", disse. Sobre os índios, disse que o Supremo não é o melhor lugar para resolver o problema da demarcação.(Folha de São Paulo)
17 comentários
Apenas mais um a serviço dos subversivos do Brasil. O POVO TEM QUE DAR UM BASTA! NÃO ACEITANDO STF SENDO NOMEADO POR EXECUTIVO E LEGISLATIVO. OS TRÊS PODERES TEM QUE SER REALMENTE INDEPENDENTE E NÃO DE MENTIRINHA.
ReplyApenas mais um a serviço dos subversivos do Brasil. O POVO TEM QUE DAR UM BASTA! NÃO ACEITANDO STF SENDO NOMEADO POR EXECUTIVO E LEGISLATIVO. OS TRÊS PODERES TEM QUE SER REALMENTE INDEPENDENTE E NÃO DE MENTIRINHA.
ReplyApenas mais um a serviço dos subversivos do Brasil. O POVO TEM QUE DAR UM BASTA! NÃO ACEITANDO STF SENDO NOMEADO POR EXECUTIVO E LEGISLATIVO. OS TRÊS PODERES TEM QUE SER REALMENTE INDEPENDENTE E NÃO DE MENTIRINHA.
ReplyQue interessante!
ReplyCoronel! Você não acha isso, no mínimo, muito suspeito?
Por que será que marcos Valério, agora não quer aceitar a delação premiada oferecia pelo ministério publico?
Será que já esta tudo combinadinho com os dois novos ministros do supremo? Ou seriam ministros do PT?
Ah, ninguem o pressiona? E ele precisaria ser pressionado? Perguntem-me como ele vai votar na Ação penal 470. Macacos me mordam se eu não souber responder.
ReplyVi ontem esse "jurista" dizendo que ninguém o pauta para nada. Se for verdade, vai ser vetado pela Dilma e, caso contrário, prova que é um mentiroso e cínico.
Replydiscurso de valentão é rola.
ReplyNinguém julga com o coracao.E se coracao for petista?Julgue de acrdo com a lei.
ReplyQuero crer que ele e o teori zavasqui são patralha desde “curuminzinhos”, (por isso a demora)... Deve ter sido muito foi difícil encontrar um petralha com “credibilidade” ainda mais nesta área.
ReplyCoronel,
ReplyEste cidadão, reputado como de elevado saber jurídico, já deixou muito claro a que veio: irá votar a favor dos recursos infringentes e absolver os quatro condenados do PT. Pizza geral e arquibancada. Ninguém será preso; talvez só o Valério.
tive péssimos pressentimentos quando li um resumo do que ele falou na tal sabatina, que eh so uma reuniaozinha pra se tomar cafezinho...
Replynunca fiquei tao encucado com um indicado ao STF como no caso desse sujeito...
ele nao eh como Toffoli, que nao tem letra, nao produz teoria, nao eh um "pensador"...
esse ai escreve livros, cria teses, produz filosofia sobre o Direito...
e todas elas progressistas...
esses "pensadores" eh que sao os perigosos...
Para mim, esse cara está apenas sinalizando que vai votar a favor dos mensaleiros-golpistas do governo Lula e do PT. E não digam, depois, que ele não avisou.
ReplyO nosso (deles) candidato oposicionista Aecio Neves rasgou elogios exagerados ao novo ministro ,que ja afirmou que os operadores do mensalao foram punidos com muito rigor.Aecio nao muda na sua vaselinagem,enquanto isto nenhuma palavra em apoio aos agricultores que estao sendo massacrados.
ReplyCel
ReplyEle deveria se pautar pela Lei e não pelo "coração". Esse cara é a cara dos petralhas, irmão de fé mesmo, infelizmente. O Zavasky também, só que 1 pouco mais discreto.
Esther
Coronel..
Reply..Eu vou fazer o que eu acho certo, o que o meu coração me disser que é certo..
Se vai interpretar a Lei com o coração, e não com seu conhecimento jurisdicional, vai bancar a "Madre Tereza dos Mensaleiros"..
..o mensalão representou um "ponto fora da curva" por que o tribunal teria adotado um posicionamento mais duro no direito penal..
Se tudo ocorrer Dilma-Fé, Vai acabar com o julgamento Mensalão, o "barroso" do battisti, o patiffoli do PT, o lewandowisky do Dirceu, e a aquela guría.
O início do fim do Brasil, assim como acabou-se a Venezuela, e aguarda-se a implosão da Argentina. Parabéns ao Nazional Socialismo dos Trabalhadores que Não Trabalham, dos Estudantes que Não Estudam, dos Intelektuais que Não Pensam.. Dá-Lhe PT no País!!
Faz sentido, quem o indicou já deu as ordens e ele conforme prometeu vai cumprir, sem dar bola para o que clama o povo e muito menos a Lei.
ReplyEntão ele acha que a demarcação das terras não deve ser feita pelo STF. E justo quando as condicionantes serão por ele - que está vaga do Ayres Brito - será o relator dos embargos de declaração que visam derrubar tais condicionantes! Está tudo muito claro.
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