Marina queixosa da internet que o ambientalismo, no Código Florestal, usou e abusou para destruir reputações.

Marina Silva, sem partido e atrás de uma Rede para deitar e rolar, agora se queixa da internet que a critica por ter apoiado, em entrevista, ao Deputado Pastor Feliciano, do PSC. E não adianta remendar. Apoiou, sim, porque tem interesse no apoio dos evangélicos, não porque seja evangélica. Aliás, não tem nada de mal nisso. Feliciano não é um criminoso e o que ele pensa tem o apoio de uma boa parcela da população deste Brasil democrático. Marina Silva recebeu críticas de todos os lados por aquele meio do qual ela se achava a dona, assim como se acha a dona dos rios, dos mares e das florestas: a Rede, a internet. Durante os debates do Código Florestal, Marina Silva foi a líder de um movimento nas redes sociais que mentiu, espalhou boatos, atacou deputados e senadores, tentou destruir biografias. Ela mesmo, ao twitter, contribuiu para espalhar uma série de inverdades. Agora está sentindo na pele a democracia da Rede. De bodoque virou vidraça. Abaixo, a sua coluna de hoje, na Folha de São Paulo, onde sugere que tem gente recebendo salário, como nas ongs internacionais que a apóiam, para espalhar boatos contra ela.

Mensalet

Nos anos da ditadura militar, vivíamos sob censura. Liberdade de imprensa era um sonho, às vezes regado com lágrimas e sangue. Conquistada ao menos uma parte da liberdade, passamos a lutar contra o monopólio das mídias, o controle de poucas pessoas e empresas, a filtragem política e econômica das notícias e o resultado perverso: manipulação da opinião pública. 

O caso clássico, que muitos lembram com certa nostalgia, é a edição do debate entre Lula e Collor nas eleições de 89. A seleção dos trechos que prejudicavam Lula ficou, na indignação de seus partidários e da opinião pública, como exemplo de uso criminoso da mídia a ser sempre repudiado. Agora temos a internet, com liberdade e velocidade antes inimagináveis. A militância dirigida, de partidos e outras organizações, é confrontada pela nova militância autoral de indivíduos livres para defender as causas que escolhem. Também a imprensa tradicional tem que disputar opinião pública com um jornalismo autoral, avulso e diversificado.

No universo das mídias, as virtudes da credibilidade e a opinião informada convivem com os vícios dos preconceitos, mentiras e desinformação. Dois mundos, real e virtual, se interpenetram, com invasões súbitas. Nesta semana, uma onda de pânico levou os beneficiários do Bolsa Família aos bancos, com o boato de sua extinção se espalhando sem origem nem autoria. Segue-se a troca de acusações e os donos das pranchas políticas tentam "surfar" na onda.

Acontece que o atraso também buscou o novo ambiente. Nesta semana, quando a edição maldosa do "Diário de Pernambuco" me acusando de defender o deputado Feliciano e suas ideias equivocadas ainda nublava algumas mentes e corações bem-intencionados, surgiu outra difamação tentando me associar a um criminoso do Paraná. Ao respondê-la, localizei um perfil falso que disseminava a mentira para vários sites. Depois encontrei outros perfis falsos, agindo coordenados.

Na eleição de 2010 já era visível essa militância dirigida, que depois se profissionalizou. Várias organizações mantêm suas brigadas digitais, com "editores" dos debates e notícias cujos critérios são os interesses de seus patrões. Uma investigação detalhada poderia mostrar essa espécie de "mensalão da internet", uma indústria subterrânea da calúnia.

Pessoas mais bem informadas não se enganam, especialmente quem viveu o tempo da censura e viu os casos de manipulação da mídia. Mas ainda há muita gente que não verifica as fontes e se assusta com boatos. Enquanto esses esquemas não se tornam mais visíveis, vamos navegando e cultivando a democracia como um ambiente de aprendizado, de persistência em busca da verdade. Só ela pode honrar a liberdade que lutamos para conquistar.

2 comentários

A Marina não sabe que essa onde boatos sobre ela vem da esgotosfera que é contra a candidatura dela, assim como é contra a candidatura do Eduardo Campos, para evitar um segundo turno na eleição de 2014?
Vem do pessoal do PT, onde ela se serviu, e defendeu a ideologia socialista durante 20 anos. Agora ela está sentindo na pele a demagogia desses bandidos que estão barrando a candidatura dela.

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Os psicopatas são assim mesmo: covardes.

E ser evangélico não isenta de ser cretino.

Fascista evangélica tem nome: Marina Silva. Porque uma vez petista, petralha sempre.

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