Inflação fora de controle faz governo petista subir juros. Medida iguala Brasil a Gâmbia, Gana e Egito.

"O Brasil está elevando juros porque somente aqui a inflação está fora do controle", diz o economista-chefe da MGM Consultores, Fernando Genta. "No resto do mundo, estamos vendo um problema de demanda baixa e preços menores de energia em países desenvolvidos."

Ao elevar hoje a taxa básica de juros - movimento dado como certo pelo mercado, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central colocará o Brasil juntamente com Gâmbia, Gana e Egito no grupo de países que mais aumentaram os juros no mundo em 2013. Os três países africanos sofrem com inflação alta e caminham na direção contrária da maioria dos países desenvolvidos e emergentes, nos quais os índices de preços estão em queda, levando as autoridades monetárias abaixar os juros ou injetar estímulos à economia quando não há mais espaço para cortar as taxas.

Desde o início do ano, de um total de 90 bancos centrais pesquisados pelo Central Bank News, site especializado em política monetária, 27 reduziram as taxas básicas de juros e apenas cinco - Brasil, Tunísia, Gana, Gâmbia e Egito - elevaram. Dos restantes 58 bancos centrais que mantiveram o custo do dinheiro inalterado neste ano, 8 já começaram 2013 com juros entre o e 0,5%, ou seja, sem muito espaço para reduzi-los. 

Como o Egito. Em 2013, o banco central de Gâmbia elevou os juros em 2 pontos porcentuais, para 14% ao ano, preocupado com uma inflação anual de 5,3%. Já Gana subiu a taxa básica de juros em 1 ponto porcentual, para 16% ao ano, num esforço para controlar uma inflação anual de 10,6%. E o Egito aumentou o custo do dinheiro em o 5 ponto, para 9,75%, num contexto de um índice de preços ao consumidor de 8,11%. Se o Brasil subir a Selic em 0,25 ponto, o aperto monetário acumulado em 2013 será igualado ao do Egito. Se o aumento for de 0,5 ponto, o terceiro lugar no ranking mundial de aperto monetário passará a ser brasileiro.

"O Brasil criou um problema doméstico de inflação, apesar de o resto do mundo viver um ambiente desinflacionário", diz o diretor de pesquisa de mercados emergentes da Nomura Securities em Nova York, Tony Volpon. Para ele, bancos centrais de vários países es tão reduzindo os juros porque a inflação nesses lugares está em rota descendente.

Para a decisão do Copom de hoje, os analistas estão divididos nas suas apostas. Levantamento feito pelo serviço AE Projeções, da Agência Estado, mostra que, de um total de 72 instituições consultadas, 37 preveem aumento de 0,25 ponto porcentual e 34 esperam elevação de 0,5 ponto. Apenas uma instituição estima que o BC manterá a taxa Selic inalterada em 7,5% ao ano. 

Revisão. Vários analistas revisaram suas apostas para o Copom deste mês, passando a prever uma aceleração no ritmo do aperto monetário, depois dos discursos do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, no seminário sobre metas de inflação, no Rio, e em audiência pública na Câmara de Deputados. Tombini endureceu o tom ao falar sobre o combate à inflação, trocando palavras como "cautela" para caracterizar a condução da política monetária por "tempestividade".

"O mercado começou a especular sobre uma elevação dos juros de 0,5 ponto depois das falas recentes de Tombini, mas acredito que o Copom vai subir a Selic em 0,25 ponto numa decisão dividida, com dois diretores votando a favor de um aperto maior", diz Volpon, da Nomura. "O mercado está confundindo a intenção do Banco Central de colocar a inflação em trajetória descendente com o "timing" da entrega disso, que é bastante longo - para o fim de 2014." Segundo Volpon, se o prazo do BC para fazer a inflação declinar fosse o fim deste ano, então uma aceleração no ritmo do aperto monetário seria necessária. "Mas, se o prazo é final de 2014, o BC tem um ano e meio para calibrar esse processo." 

Já Fernando Genta, da MGM Consultores, diz que o Gopom elevará a Selic em 0,5 ponto. UA sinalização de Tombini foi o divisor de águas para uma aposta de aperto maior", afirma. Esse aumento maior dos juros é necessário, diz ele, porque a demanda cresce num ritmo mais forte do que oferta, o que gera pressões para a inflação. "A economia está crescendo mais do que pode, apesar dos números baixos para o PIB (Produto Interno Bruto)", afirma. "Além disso, as expectativas da inflação estão desancoradas." (Estadão)

11 comentários

Coronel,

O país não pode reclamar. A Dilma avisou, antes da eleição, que um pouco de inflação para manter o crescimento era "bom".

Dilma foi eleita. O problema subestimado, foi que esta fala saiu de um cérebro de 2 neurônios.

O resultado esta ai e ficará pior no 2o. Sem 2013!! Em 2014 vamos sentir saudades de 2012/2013!!!

Minha análise sobre a "avalanche de recursos" para o candidato que prometer que vai colocar o Brasil nos eixos, a partir de 2015, esta confirmando-se!!

Dilma não se reelege, Lulla buscará uma "boia salva-vidas" no senado(daí a morte do Suplicy!!).

SERRA SENADOR!!! (capice???)

JulioK

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Ok, analisemos e comentemos: tudo indica que a NOVA INFLAÇÃO é consequência de excesso de grana em circulação. Excesso de grana combinado com redução de produção é o mesmo que colocar uma gota de bactérias em um tambor de leite.

Pelo que vejo, a inflação tupiniquim está concentrada na área de alimentos. É inescapável. Os demais setores simplesmente vão deixar de ganhar alguma coisa a mais, ou terão algum prejuízo monetário, pelo simples medo de perderem os clientes.

Interessante: se não houver estímulo à produção, vão-se os estoques e tome redução na produção. É por isso que diagnosticar um ambiente tendendo para ESTAGFLAÇÃO pode não ser nem um pouco temerário.

Creio que o preço do DÓLAR fará o papel de termômetro do movimento dos preços, mas nem tanto. Outro indicador pode ser o número de falências de pequenas empresas porque as pressões da INFLAÇÃO, sobre essas, surtem efeitos instantaneamente.

Quanto aos patrões multinacionais, eles conhecem o território deles aqui melhor do que os nativos. Alta tecnologia é o que vale e a eles pertence: aí é que vão desandar nos INVESTIMENTOS DIRETOS.

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pois é

essa doença é hereditária.

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governanta, vamos lá, pronunciamento na tv já!!!

informe aos brasileiros que terão "desconto" na conta de luz sobre mais essa fantástica medida do seu desgoverno...

vamos ver se a turma consegue ligar lé com lé e entender, por conta propria, que o desconto nao vai servir para coisa alguma, ja que os juros subirão...

e o que tem de gente enforcada no cartão de credito e com a gaveta cheia de carnês de pagamento não esta na historiadessepaiz!

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Não vou comentar essa política de vadios e sacanas! Me recuso a isso. O Brasil vai pro buraco. Miseráveis!

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Coronel,

Trabalho numa industria em MG e tivemos duas surpresas, uma quando ocorreu a redução da conta de energia em 30%, não achei que fosse ser tanto, Mas...

Dois meses depois, voltou ao que era antes, houve um aumento de 40% e já confirmei com outras empresas e foi geral.

Já enviei vários e-mails e nem uma palavra na imprensa.

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Coronel,

Dna Dilma perdoa a dívida da África e ferra os brasileiros com o fogo dos juros altos!
Bem coisa de PETRALHA!

FORA DILMA!
IMPEACHMENT NELLA!!!

Outra coisa Coronel,
ontem o Ministro da Saúde (ou diria da guerrilha armada de Cuba no Brasil com máscara de médico!) disse que obrigará os planos de saúde a pagarem medicamentos via oral para câncer!

O mal caráter quer desafogar a dívida do SUS penalizando o setor privado!
E ainda teve o atrevimento de dizer que os planos de saúde não poderão subir o preço das mensalidades!


FORA PADILHA!

FORA CANALHA DO PT!

CHEGA!
BASTA!


Flor Lilás

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Esse pessoal está precisando ler Machiavel.
Esses aumentinhos dos juros de cada vez não vai resolver MESMO...
Deviam dar logo uma porrada de 5% e ficar quieto uns 6 meses.
Como diria nosso amigo lá em encima: ao fazeres o mal, faze-o de uma vez só...

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Foi muito fácil aos governos petistas colher aplausos enquanto gastavam o patrimônio acumulado. Mantiveram-se na ribalta como salvadores da pátria. Fizeram passar por gênios, canastrões como Palocci e Mantega. A exemplo de todos os brasileiros, torço para que o petismo encontre algum farelo de competência em si mesmo e tire o país do fosso para onde o conduz há uma década. Em outras palavras, que pare de fazer teatro e assuma um papel respeitável na história. Este país, senhores, tem 200 milhões de habitantes que não podem ser tomados como plateia de embromadores.

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A inflação voltou célere e insaciável. Uma pobre e devotada mãe bolsista, alertou o país afirmando enraivecida que os preços estão abusivos. A abnegada senhora disse textualmente:

'porque uma calça pra uma jovem de 16 anos é mais de 300 reais'.

Se as coisas continuarem assim, num futuro muito próximo, a infeliz adolescente vai ter que andar nua. Tadinha, vamos ajudá-la.

Maldita inflação!

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JUROS ALTOS NÃO COMBATEM A INFLAÇÃO.
São até inflacionários pois o Estado precisará mais inflação para poder pagar os juros da dívida, é apagar o fogo com gasolina.
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O combate à inflação paradoxalmente é melhor com JURO ZERO na Selic se for aceito ou com a inflação final que seria o governo durante a baixa dos juros a zero ( 7,25 - 6 - 2 - 0% ) em quatro reuniões do COPOM.
Dá tempo para IMPRIMIR 3 TRILHÕES DE REAIS para pagar à vista toda a dívida interna de quem for ao banco pegar seu dinheiro, queimará nas mãos e nem tudo sairá, o dólar chegaria a R$ 50,00 e a MEGA-CRISE seria passageira, o governo teria que reduzir as encomendas à metade, demitir 80% do funcionalismo federal, 50% são inúteis e as reformas serem bastante profundas.
Os deputados seriam reduzidos para 200 ( um por milhão de pessoas ) e o senado para 27 senadores.
Empresas particulares forneceriam os auxiliares dos deputados que seriam muito poucos, gastos caem até 90%, Senado o mesmo.
O Bolsa Família seria dado EM ALIMENTOS E ALUGUEL SOCIAL aos muitos desempregados que serão.
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Duvido que em 3 meses não haveria uma deflação inicialmente baixa de pessoas vendendo apressadamente e depois valorizando o dinheiro que ficou nos bancos sem juros !!!
Funcionará como taxa positiva de juros AMPLIANDO A DEFLAÇÃO até que o governo retire montanhas de reais e transforme em reservas e depois os destrua para fornecer energia elétrica.
O dólar de R$ 50 cairá lentamente a dez reais e ficará flutuando com flutuação limpa. A economia em pouco tempo recuperará o mesmo PIB e pode crescer 20% ao ano por até 30 anos e depois cai a 10% por até 200 anos, o país seria uma China 2 e com PIB ombreando ao americano.
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BASTA HAVER CORAGEM E crescendo a economia o PENSAMENTO SOCIALISTA MORRE JUNTO, todos ganhando e onde há pão e circo todos ficam felizes.

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