CNBB enquadra Comissão Pastoral da Terra e acaba com a politicagem sobre a questão agrária.

Os bispos vetaram nesta segunda-feira, 15, por consenso o projeto sobre a Questão Agrária que deveria ser publicado como documento oficial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na próxima sexta-feira, por considerar o texto parcial e de inspiração socialista. Dezenas de sugestões e de emendas apresentadas no plenário da Assembleia Geral do episcopado, reunida em Aparecida, tornaram inviável a publicação do documento, que só será votado no próximo ano.
 
"Houve objeções à linguagem e ao conteúdo com relação, por exemplo aos movimentos sociais e à análise de novas realidades", disse o vice-presidente da CNBB, d. José Belisário da Silva, arcebispo de São Luiz (MA). Os bispos rejeitaram a sugestão de que, feitas as emendas, o projeto fosse enviado ao Conselho Permanente, que se reúne periodicamente em Brasília e poderia aprovar a nova versão. O plenário preferiu transferir a responsabilidade para a 52ª Assembleia Geral, em 2014.
 
Os pontos mais polêmicos foram os referentes a movimentos sociais, como a Via Campesina e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), que tiveram mais importância para a Igreja Católica no passado, mas que, na opinião dos bispos, não merecem mais o destaque e o apoio quase incondicional que tiveram no texto vetado. O agronegócio, criticado no texto como se fosse uma realidade opressora dos pequenos agricultores e trabalhadores rurais, deverá receber outro tratamento na revisão da proposta de documento.
 
"Os bispos sugeriram, numa enxurrada de emendas, que se reconheça o avanço alcançado na questão agrária nos últimos 33 anos, desde 1980, quando a CNBB publicou seu último documento oficial sobre o tema", informou o bispo de Ipameri (GO), presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz. "Houve avanço na Reforma Agrária, embora haja muito ainda a fazer, e conquistas da parte da sociedade, da ação política e da Igreja", observou.
 
O conceito de latifúndio também deverá ser revisto, para evitar uma condenação generalizada, como se toda propriedade de terra fosse sinônimo de injustiça e contrária ao direito natural. A linguagem do projeto de documento, segundo um bispo do Nordeste que lutou pela rejeição do texto, é cheia de chavões marxistas e desatualizada. A mesma comissão que redigiu a versão rejeitada foi encarregada de melhorar a redação. (Estadão)

4 comentários

todos deverão se empenhar para conter o avanço deste livro do diabo marx.

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Bom que a igreja pense assim,pois conduz milhares de brasileiros.Também é preciso frear as ações dos sem terra,porque os sem teto poderão a qualquer momento nos expulsar de nossas casas.A intenção dos sem terra e sem teto é agitar,protestar,são rebeldes sem causa.A maioria que faz parte é simplesmente massa de manobra a serviço dos mais inteligentes,reacionários e visionários.

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Falta o papa Francisco enquadrar a CNBB.
Onde se viu encarregar os mesmos bispos "vermelhos" de redigir o novo Texto.

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Opa! Enquadraram a CNBB e a gente não tá sabendo ou tudo partiu dos bispos mesmo?

Sou obrigada a conviver nesse meio por profissão. Vejo de perto essa discurseira marxista ridícula, que beira o insano, sem contar as questões "socialistas" e as críticas ao capital. Essas pessoas esquecem que, qualquer que seja o regime, haverá sempre um líder a decidir o que se fará ou não com e pela população.

No capitalismo e na democracia (outra coisa que socialistas detestam), pelo menos podemos ir as ruas para protestar...

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