O presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE),
entrega no mês que vem o comando do partido ao presidenciável Aécio Neves (MG).
Para Guerra, ser presidente do PSDB e, ao mesmo tempo, candidato do partido ao
Planalto no ano que vem, ajudará o senador mineiro a tornar-se mais conhecido
nacionalmente e reforçará os laços dele com a militância tucana. “Aécio chegará
à eleição mais conhecido”, disse o deputado. Apesar dos altos índices de aprovação pessoal e de governo
da presidente Dilma Rousseff e de uma confortável dianteira da petista nas
pesquisas de intenção de voto, Sérgio Guerra acredita que a próxima eleição
será diferente da anterior. A economia já não tem o mesmo desempenho, a
inflação é uma ameaça, o emprego declina e as obras prometidas não saíram do
papel. Para aproveitar esse cenário, é fundamental a unidade
partidária. “Se não tivermos unidade em São Paulo, não seremos beneficiados
pela divisão que as candidaturas de Eduardo Campos e Marina Silva provocarão no
Nordeste”, comentou, em entrevista exclusiva ao Correio.
O PSDB corre o risco de repetir 2002, 2006 e 2010 e entrar
na eleição presidencial sem unidade em torno de uma candidatura própria?
Não dá para olhar
para a frente com a visão da última eleição. São mais de 10 anos de governo do
PT, notória incapacidade gerencial, insatisfação crescente de setores sociais
relevantes e taxas de inflação preocupantes, além de problemas no câmbio. Questões
gerais para as quais o governo atual não dá resposta.
Mas Lula foi eleito, reeleito e conseguiu fazer Dilma como
sucessora.
São situações diferentes. As taxas de crescimento eram importantes, a inflação estava sob controle e os investimentos eram anunciados. Hoje, o quadro econômico não tem, de forma alguma, semelhanças com as que tinha naquele período. O ambiente hoje é de mera protelação. Dilma é presidente, sofre críticas da oposição e de todos. Ela tem que se expor e explicar as obras que até agora não foram feitas.
São situações diferentes. As taxas de crescimento eram importantes, a inflação estava sob controle e os investimentos eram anunciados. Hoje, o quadro econômico não tem, de forma alguma, semelhanças com as que tinha naquele período. O ambiente hoje é de mera protelação. Dilma é presidente, sofre críticas da oposição e de todos. Ela tem que se expor e explicar as obras que até agora não foram feitas.
O PSDB está conseguindo aproveitar politicamente essa
situação?
Nas últimas eleições,
o PSDB não valorizou como deveria o seu legado. Isso nos custou caro. O
partido, em vez de valorizar o governo Fernando Henrique e a sua experiência
governamental, perdeu-se ao investir na tese de que o nosso candidato era o
melhor para dar continuidade ao governo Lula. Foi a anulação do nosso valor
enquanto partido.
O que muda para a eleição do ano que vem?
Essa eleição começa
diferente. A base do governo está fraturada. As eleições brasileiras vão estar
equilibradas até chegar ao Nordeste, onde o PT normalmente mostrava sua força.
Agora, há um (provável) candidato do Nordeste (Eduardo Campos, governador de
Pernambuco) que, seguramente, divide o eleitorado. Ele e Marina Silva são
candidaturas que, provavelmente, começarão com 15% ou mais de intenção de voto.
Apesar desse cenário adverso, a presidente Dilma mantém
índices folgados de avaliação positiva pessoal, de governo e de intenção de voto...
Há uma exacerbação da
propaganda pública e da imagem da presidente e uma diminuição da oposição no
parlamento. A capacidade de superfaturar as realizações públicas é óbvia quando
a presidente da República ocupa, às vésperas das pesquisas, o espaço na
televisão para anunciar bondades para a população.
Eduardo Campos divide os votos apenas dos governistas?
Existem analistas que acreditam que ele está invadindo o espaço dos tucanos
também.
Ela (candidatura de
Eduardo Campos, se confirmada) divide os votos que o governo teria no Nordeste.
Por isso, nós precisamos manter as nossas bases no Sudeste. O que implica, de
maneira muito clara, já que nosso candidato é mineiro, com fortes laços no Rio
de Janeiro, manter nossa posição de hegemonia em São Paulo.
Uma das bandeiras do PT em 2014 é conquistar o governo de
São Paulo. O PSDB caminha para 20 anos de governo no estado. Será uma eleição
mais difícil do que as outras?
Não há eleição fácil.
Se Fernando Haddad (prefeito de São Paulo, do PT) se confirmar como
administrador competente, ele tem mais capacidade de interferir na eleição
estadual. Em São Paulo, estamos no poder há muitos anos, e isso gera relativo
desgaste. A gente tem que enfrentar isso e resolver os problemas. Precisamos
dessa vitória e dessa unidade. Se não tivermos unidade em São Paulo, não
seremos beneficiados pela divisão que as candidaturas de Eduardo Campos e
Marina Silva provocarão no Nordeste.
O tucanato paulista está mais simpático à tese de um
presidenciável mineiro?
Não faz 30 dias que o
PSDB de São Paulo recebeu o provável candidato Aécio Neves em uma reunião do
partido, na qual estavam presentes dezenas de prefeitos, a executiva estadual
inteira e mais de 30 deputados federais, em uma prova de unidade clara.
O ex-governador José Serra não estava presente…
O ex-governador José
Serra, sem o qual nossa unidade estará capenga, estava viajando. É
indispensável, para o conjunto de nossas forças, contar com a colaboração de
José Serra para que elas não fiquem prejudicadas.
O senhor imagina Serra deixando o PSDB?
Não. O eleitor do
Serra confunde o Serra com o PSDB e o PSDB com Serra.
O presidente de um partido tem trabalho para organizar
palanques e fechar coligações. Acumular essa tarefa com a de candidato a presidente
da República não é esforço grande demais?
Aécio ainda é
desconhecido. Na hora em que ele assumir o partido, terá mais chance de se
deslocar pelo Brasil inteiro. E, principalmente, de conquistar os nossos
militantes, nossos quadros.
Antecipar em quase dois anos a eleição presidencial é bom
para quem?
A antecipação da
eleição presidencial, quem fez foi o governo. Pela razão clara de que quis,
desde logo, soldar a sua base. Para Aécio Neves, foi importante porque ele
poderá ter maior exposição. Aécio já vai chegar à campanha bem mais conhecido.
Fonte: Correio Braziliense
10 comentários
Coronel,
ReplyA mesma tática perdedora do Serra.
Querem correr o páreo sozinhos.
Ai uma "Marina-da-vida" fica em cima do muro, um Dudu Campos+Collor+... corre para o colo do PT e mais 4 anos de sofrimento.
Quanta inteligencia!!!
JulioK
Cel, orar muito e fazer uma boa campanha para o Aécio caso ele venha a ser candidato pra Deus nos livrar dos psicopatas. Estamos totalmente desgovernados. Estamos indo para o abismo.
Replypapo furado, de novo! oh my god...
ReplyAlguém ainda escuta este Sérgio Guerra?
ReplyEle é 100% Eduardo Campos, ainda alguém dá crédito a este traidor?
Ferrou com a campanha do Serra em 2010 e já está urubuzando a do Aécio logo em 2013.
Prevejo nuvens sombrias para a oposição em 2014.
Depois de 10 anos deixando o PT mentir,enganar o povo e assim contruir um mito falso chamado Lula, que destruiu o Brasil, e um psdb que sempre fez corpo mole como oposição e não levou a sério o dever de trabalhar a unidade do partido, o PSDB tem que correr atrás de muito prejuizo. Pelo andar da tartaruga nas últimas eleições, não dá pra acreditar que os tucanos têm fôlego para reverter tudo isso, ainda mais com tantos tucanos metidos a pavões, trairas que fizeram a desunião da sigla e com certeza nunca perderão seu narcisismo.
ReplyTá dificil a coisa!
O mineirin não é confiável e discurso de liberal ATÉ O LULA FEZ, a carta aos brasileiros é um exemplo.
ReplyO partido ainda não deve colocar suas fichas em qualquer candidato, as coisas mudam muito e o pão de queijo pode queimar ou murchar, não matar as outras pré-candidaturas é essencial.
A.Dias , o Aécio vice de Kátia Abreu e ELA SAIR DO PSD (petralha) e voltar ao DEM ( não pode ser proibido, ela elegeu-se pelo DEM ).
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PARLAMENTARISMO É ESSENCIAL, com ele qualquer pessoa poderia ser presidente da república pois seria um cargo PROTOCOLAR e com eleição indireta pelo congresso, se o povo preferir podemos ter presidente com algum poder ( moderador ) como o de dissolver o gabinete e convocar as eleições, a pedido popular ou do gabinete e alguns casos do próprio presidente da república, quando o primeiro ministro e maioria do gabinete for pega em escândalos.
ReplyAécio terá presença garantida em todos os programas regionais do PSDB
Provável candidato do PSDB a presidente da República, o senador Aécio Neves (MG) vai aparecer até o mês de maio em todos os programas regionais do partido.
Cada estado vai ceder 25% do tempo a que tem direito ao senador para que ele vá-se tornando conhecido fora do Estado de Minas Gerais.
O programa do PSDB pernambucano deverá focar, além do senador, os deputados federais Sérgio Guerra e Bruno Araújo, o líder da bancada na Assembleia Legislativa, Daniel Coelho, o presidente regional Evandro Avelar e o prefeito de Jaboatão Elias Gomes.
Publicado em: 08-04-2013 | Por: Inaldo Sampaio | Em: Blog, O Brasil
Seguindo as palavras do Pastor Feliciano, tudo o que acontece na Terra tem a Mão Divina. Vejam o LULLA LADRãO e a DILMENTIRA espalharam que Lulla fez mais pelos pobres que Jesus fez na Galiléia. A mentira é tão grande que a SECA varre o Nordeste , e eu não tenho PENA de pessoas BURRAS e que se VENDEM por VINTÉNs, ou voces acham que as eleições do PTESE não foram compradas?
ReplyBem FEITO,que a SECA se Prolonge por mais tempo e a IRA do SENHOR prevaleça sobre os fanaticos do LULLA CRITOS SALVADOR.
Karaka é tão fácil se contrapor aos ptistas, está escancarado que eles são ladrões, incompetentes e se isso for pouco, tem mais.... são PETRALHAS.
ReplyPara o Aécio conseguir a unidade e o apoio paulista vai ter que vir semana sim, outro também em São Paulo.
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