O CD que o delator do deputado federal Gabriel Chalita (PMDB-SP) entregou ao
Ministério Público de São Paulo contém informações que podem comprovar
improbidade administrativa, corrupção e fraudes em processos de licitação na
Secretaria de Estado da Educação entre 2002 e 2000 – período em que Chalita
exerceu o cargo de chefe da pasta.
A avaliação sobre a contundência do arquivo é de
promotores de Justiça que investigam
as denúncias do analista de sistemas Roberto Grobman, acusador do
deputado. Mas os promotores pretendem, ainda, submeter todo o arquivo a uma
perícia para atestar a veracidade dos documentos.
O CD traz uma longa sucessão de e-mails entre
Grobman e outros personagens citados no caso, como o ex-secretário-adjunto de
Educação e atual prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PMDB). Os dois
trocaram correspondências em novembro de 2003, por exemplo, tratando da
aquisição de máquinas
fotográficas e até de equipamentos
de escuta embutidos em gravatas, kit que seria destinado a
Chalita.
Grobman entregou ao Ministério Público um conjunto de 41 fotografias que
exibem a reforma em uma cobertura espaçosa, com uma grande piscina coberta e
churrasqueira. Ele afirma que esse é o imóvel que em que mora Chalita, no bairro
de Higienópolis, na capital paulista, e que as despesas da obra foram pagas pelo
grupo COC - que firmou contratos com a Secretaria de Educação na mesma
época.
E-mails registrados pelo delator expõem diálogos entre Milton Leme, então
diretor da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), do governo de São
Paulo, e empresários do grupo COC. Eles trocam informações sobre licitações que seriam feitas pela Secretaria de
Educação e que atenderiam aos interesses da empresa. Segundo as mensagens que
Grobman apresentou, Leme chegou a enviar para o grupo COC a minuta do edital que
ainda não havia sido publicado.
O material de Grobman contém propostas e notas fiscais que, de acordo com
ele, comprovam que o grupo COC pagou pela reforma do apartamento de Chalita. Há
recibos no valor de R$ 93 mil e de R$ 18 mil fornecidos pela empresa Foneplan
para instalação de um equipamento de home theater no endereço que seria de
Chalita, com data de 17 de novembro de 2004.Grobman também apresentou e-mails com um diálogo que provaria o pagamento de
US$ 79 mil no exterior para um serviço de automação do apartamento de
Chalita.
Em janeiro de 2005, a empresa Valverde, suposta responsável pelo trabalho,
envia a Grobman os dados de uma conta do Bank of America, nos Estados Unidos.
Dois meses depois, Grobman diz a Chaim Zaher, então dono do grupo COC, que a
empresa “está ligando sem parar para cobrar o $ da obra”. Zaher ordena, então,
que um de seus funcionários faça a transferência. “Favor pagar isso urgente”,
escreve.
O deputado Gabriel Chlita rechaça com veemência as suspeitas lançadas por seu
acusador. Ele desafia Grobman a apresentar provas do que alega ao Ministério
Público.Em nota, o Grupo SEB (Sistema Educacional Brasileiro), antigo controlador do
COC, se diz “vitima de seu antigo colaborador Roberto Grobman, que
sistematicamente o ameaça, desde que foram rompidos laços de prestação de
serviços com ele, como atesta boletim de ocorrência registrado em 5 de fevereiro
desde ano”.
“O Grupo SEB já prestou todos os esclarecimentos sobre o assunto ao
Ministério Publico do Estado de São Paulo e é o maior interessado em que seja
restabelecida a verdade dos fatos”, diz a nota. Para o Grupo SEB, o delator de Chalita “nitidamente age pautado por
sentimentos de vingança pessoal e interesses escusos”.
"O Grupo, que foi proprietário da Editora COC, nunca vendeu, prestou serviços
ou firmou contratos com a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, nem
antes, nem durante a gestão de Gabriel Chalita. No período de 2003 a 2007, uma
empresa parceiras do grupo (a Interactive) realizou vendas à FDE em valor
insignificante frente ao faturamento do grupo: foram R$ 2,5 milhões em softwares
educacionais. Neste mesmo período, o faturamento do grupo SEB foi de R$ 2,2
bilhões”, diz a nota, assinada por Nilson Curti, diretor superintendente do
Grupo SEB. O prefeito de Santos, por meio de sua assessoria, afirma que tem “ficha
limpa” e que jamais foi investigado por improbidade ou irregularidades na
administração. (Estadão)
9 comentários
Chalita foi trucidado pelos seus neocompanheiros...aahha
ReplySr Coronel:
ReplyMuito significativa a defesa de alckimim,sobre chalita,afinal era seu governo,quer dizer o alckimim não sabia de nada.O VAGABUNDO FANTASIADO DE OPERÁRIO está a fazer escola.
Saudações
Xiiii... o 'é dândi que se recebe' deve estar com faniquitos incontidos. Tadinho!
ReplyTomou?!
Ele ia apender a roubar 'na moita' agora lá no ministério da Dilma/PT, mas a mestra barrou sua matrícula no curso, vai ter que completar o curriculo com o item "Safadezas da Cartilha Vermelha" em outra freguezia.
ReplyE pode sobrar para o chefe também. Hehehe.
ReplyChalita é lobo em pele de cordeiro.
Replynão tenho nada contra gays, mas tenho contra quem não se assume. E o Chalita é um deles... dá uma de mocinho que gosta de padres mas não passa de um bandido e um canalha preconceituoso contra ele mesmo, pois não se assume como gay.
Seu Charitas levantou a crista e foi degolado pelos seus neoamigos, pensar que todo seu rancor era dirigido ao Serra. kkkkkkkkk.
ReplyVc pecou demais rapaz, volte pro seminário e aprenda a distinguir homens e valores.
Cel
ReplyPô, cel, o Chalita é íntegro e católico, feito os evangélicos, que quando dizem que o são, pensam que estão repletos de santidade e seus crimes serão automáticamente esquecidos e perdoados.kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.
Saidinho o Chalitinha, né? Pensou que iríamos acreditar que sua fortuna veio de herança e dos péssimos livros que vende, sei lá pra quem.kkkkkkkkk.
Esther
02/03/2013 | 00:00
ReplyComemoração
Por terem conseguido dinamitar Gabriel Chalita (PMDB-SP), o ex-prefeito paulistano Gilberto Kassab, o ministro Aloizio Mercadante (Educação) e o deputado Walter Feldman (PSDB-SP) procuram um lugar reservado, este fim de semana, para um jantar comemorativo.
Cláudio Humberto