Escanteado pelo PSDB nas três últimas eleições presidenciais, o
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso vai ganhar um lugar de destaque
na campanha tucana à sucessão de Dilma Rousseff. A um ano e meio das
eleições, o ex-presidente se transformou no principal cabo eleitoral do
senador Aécio Neves (PSDB-MG), pré-candidato à Presidência da República,
em 2014.
A estreia de FHC na nova função está marcada para amanhã, em Belo Horizonte, onde ele abre um ciclo de palestras encomendadas pelo PSDB mineiro para reafirmar a candidatura de Aécio ao Palácio do Planalto. Desde dezembro do ano passado Fernando Henrique defende, publicamente, a candidatura do mineiro ao Planalto. O "road show" de FHC para "apresentar" o senador tucano como candidato continua em março, desta vez em São Paulo, também em evento do partido.
Efeito no PT. "Não tem uma programação a longo prazo. Mas têm alguns eventos marcados com a presença do Fernando Henrique", diz Aécio. "Afinal, o presidente Fernando Henrique é uma referência e é bem recebido aonde vai", completa o tucano. Questionado se FHC é um "bom cabo eleitoral", Aécio responde de bate pronto: "Acho que sim. Até pela irritação que provoca nos petistas". Na condição de cabo eleitoral ilustre, Fernando Henrique verá o legado de seu governo reabilitado durante o giro da campanha tucana pelo País.
O PSDB passou a reconhecer publicamente o legado de FHC em junho de 2011, quando o ex-presidente completou 80 anos. Na ocasião, a presidente Dilma Rousseff enviou carta ao tucano em que reconhecia sua "contribuição decisiva" para o desenvolvimento do País, quebrando um paradigma de ataques imposto pelo PT ao tucano. Antes, candidatos tucanos à Presidência, José Serra, em 2002 e 2010, e Geraldo Alckmin, em 2006, nunca citaram o governo de FHC nas respectivas campanhas.
Privatizações. Em 2006, por exemplo, Alckmin, atual governador de São Paulo, não defendeu as privatizações da Era FHC. Na época, o PT carimbou o PSDB de "privativista". Passados sete anos, os tucanos reconhecem o erro e prometem recuperar o que chamar de "herança bendita" dos oito anos de governo de FHC (1995 a 2002).
Responsável pela organização do ciclo de palestras "Minas Pensa o Brasil", que terá FHC como protagonista, o deputado Marcus Pestana (MG), presidente do PSDB mineiro, observa que o ex-presidente não vai participar do dia a dia da campanha de Aécio. "Ele (FHC) é um bom cabo eleitoral e vai se envolver na medida certa na campanha", diz. "O Fernando Henrique é o melhor interprete do Brasil contemporâneo", argumenta o tucano.
Pelo cronograma em gestação, a campanha de Aécio vai ganhar fôlego a partir da convenção do PSDB, em maio, quando deverá ser eleito para presidir a legenda. O pontapé inicial da campanha ocorrerá entre os dias 23 de maio e 1.º de junho, quando serão exibidos 40 comerciais, de 30 segundos cada, com propaganda tucana. Aécio também será a estrela do programa de dez minutos que vai ao ar em maio.
Com essa estratégia, os tucanos querem tornar o senador mineiro nacionalmente conhecido. Governador por duas vezes de Minas Gerais, a avaliação é que Aécio tem uma ação restrita, regional. Uma situação semelhante à do governador de Pernambuco e presidente PSB, Eduardo Campos, possível candidato à Presidência. Neto de Miguel Arraes, ele tem uma atuação voltada para o Nordeste.
Na corrida presidencial, Aécio e Campos saem atrás da ex-ministra Marina Silva que, nas eleições de 2010, obteve quase 20 milhões de votos, ficando em terceiro lugar na disputa, e é conhecida nacionalmente. Isso sem contar a diária exposição da presidente Dilma Rousseff. "Não há espaço para amadorismo. É preciso preparar as bases operacionais da campanha", diz Marcus Pestana.
Apesar de ainda não ter admitido que é o candidato do PSDB, Aécio Neves passou a agir como tal, sobretudo na última semana, quando subiu à tribuna do Senado para enumerar os 13 fracassos do governo do PT. O discurso, planejado como um contraponto à festa petista em que o ex-presidente Lula acabou lançando Dilma Rousseff à reeleição, foi discutido com a cúpula partidária. Em Belo Horizonte, berço político do tucano, a ideia é novamente dar visibilidade a sua candidatura, mais uma vez turbinada por Fernando Henrique. (Estadão)
A estreia de FHC na nova função está marcada para amanhã, em Belo Horizonte, onde ele abre um ciclo de palestras encomendadas pelo PSDB mineiro para reafirmar a candidatura de Aécio ao Palácio do Planalto. Desde dezembro do ano passado Fernando Henrique defende, publicamente, a candidatura do mineiro ao Planalto. O "road show" de FHC para "apresentar" o senador tucano como candidato continua em março, desta vez em São Paulo, também em evento do partido.
Efeito no PT. "Não tem uma programação a longo prazo. Mas têm alguns eventos marcados com a presença do Fernando Henrique", diz Aécio. "Afinal, o presidente Fernando Henrique é uma referência e é bem recebido aonde vai", completa o tucano. Questionado se FHC é um "bom cabo eleitoral", Aécio responde de bate pronto: "Acho que sim. Até pela irritação que provoca nos petistas". Na condição de cabo eleitoral ilustre, Fernando Henrique verá o legado de seu governo reabilitado durante o giro da campanha tucana pelo País.
O PSDB passou a reconhecer publicamente o legado de FHC em junho de 2011, quando o ex-presidente completou 80 anos. Na ocasião, a presidente Dilma Rousseff enviou carta ao tucano em que reconhecia sua "contribuição decisiva" para o desenvolvimento do País, quebrando um paradigma de ataques imposto pelo PT ao tucano. Antes, candidatos tucanos à Presidência, José Serra, em 2002 e 2010, e Geraldo Alckmin, em 2006, nunca citaram o governo de FHC nas respectivas campanhas.
Privatizações. Em 2006, por exemplo, Alckmin, atual governador de São Paulo, não defendeu as privatizações da Era FHC. Na época, o PT carimbou o PSDB de "privativista". Passados sete anos, os tucanos reconhecem o erro e prometem recuperar o que chamar de "herança bendita" dos oito anos de governo de FHC (1995 a 2002).
Responsável pela organização do ciclo de palestras "Minas Pensa o Brasil", que terá FHC como protagonista, o deputado Marcus Pestana (MG), presidente do PSDB mineiro, observa que o ex-presidente não vai participar do dia a dia da campanha de Aécio. "Ele (FHC) é um bom cabo eleitoral e vai se envolver na medida certa na campanha", diz. "O Fernando Henrique é o melhor interprete do Brasil contemporâneo", argumenta o tucano.
Pelo cronograma em gestação, a campanha de Aécio vai ganhar fôlego a partir da convenção do PSDB, em maio, quando deverá ser eleito para presidir a legenda. O pontapé inicial da campanha ocorrerá entre os dias 23 de maio e 1.º de junho, quando serão exibidos 40 comerciais, de 30 segundos cada, com propaganda tucana. Aécio também será a estrela do programa de dez minutos que vai ao ar em maio.
Com essa estratégia, os tucanos querem tornar o senador mineiro nacionalmente conhecido. Governador por duas vezes de Minas Gerais, a avaliação é que Aécio tem uma ação restrita, regional. Uma situação semelhante à do governador de Pernambuco e presidente PSB, Eduardo Campos, possível candidato à Presidência. Neto de Miguel Arraes, ele tem uma atuação voltada para o Nordeste.
Na corrida presidencial, Aécio e Campos saem atrás da ex-ministra Marina Silva que, nas eleições de 2010, obteve quase 20 milhões de votos, ficando em terceiro lugar na disputa, e é conhecida nacionalmente. Isso sem contar a diária exposição da presidente Dilma Rousseff. "Não há espaço para amadorismo. É preciso preparar as bases operacionais da campanha", diz Marcus Pestana.
Apesar de ainda não ter admitido que é o candidato do PSDB, Aécio Neves passou a agir como tal, sobretudo na última semana, quando subiu à tribuna do Senado para enumerar os 13 fracassos do governo do PT. O discurso, planejado como um contraponto à festa petista em que o ex-presidente Lula acabou lançando Dilma Rousseff à reeleição, foi discutido com a cúpula partidária. Em Belo Horizonte, berço político do tucano, a ideia é novamente dar visibilidade a sua candidatura, mais uma vez turbinada por Fernando Henrique. (Estadão)
10 comentários
Conforme tenho afirmado aqui na coluna, o Aécio é mineiro, vai comer pelas beiradas, bem quietinho.
ReplyÉ óbvio que o FHC é um grande cabo eleitoral, até porque, se precisar alguém para bater e conter o Lulla, o FHC é a pessoas certa, até porque, imaginem o FHC desafiando o Lulla para um debate ? O Lulla vai fugir com o rabo no meio das pernas.
Acho que está começando bem o Aécio !
Este é o psdb . Sempre revelando as estrategias com bstantes antecedencia para o joao santana preparar a contra ofensiva...aGORA VAI , NÉ CORONEL ?
ReplyFHC é aquele sujeito que acabou com a inflação galopante que assolava o País, dando rumos sólidos para o seu desenvolvimento e que, por ironia do destino, acabou (ACABOU) com o Brasil duas vezes:
Reply1. fazendo um segundo mandato medíocre para que Lularápio pudesse ser, como nunca nestipaís, o primeiro presidente analfabeto, cretino, vagabundo, bilionário, megalomaníaco e tarado por barangas e balas juquinha;
2. liderando o contra-impeachment do Lularápio no primeiro escândalo, como nunca nestipaís, planetário, universal, da história brasileira desde o big bang: o mensalão petista.
E o vai-idoso ainda é a favor da liberação da maconha.
Esse sujeito é uma DECEPÇÃO ambulante.
Quer queiram ou nāo o FHC ainda é o melhor remédio contra Lula. O Aécio é mais esperto que Serra e Alckmin juntos e por isso vai de FHC que parece finalmente irritado com o PT. Chegou a vez dele e voto nele pela sacanagem do Lula contra FHC.
ReplyAgora vai?
ReplyCoronel,
ReplyAtenção:
- Estou convencido que o próximo presidente do Brasil será eleito para "arrumar a casa";
- Estou convencido que os "grandes empregadores" botaram dinheiro no candidato que preencher este perfil;
Por que este convencimento?? O Brasil vai implodir até o final de 2013.
Não chegaremos a Copa com o país em pé!!!
Vai ser uma vergonha!!!
JulioK
Ps.: sei que sou exagerado, mas é necessário!!!
Muito bom ! A oposição perdeu a vergonha de ser oposição. Aécio não vai fazer campanha ignorando os acertos de FHC, nem elogiando o Lula e a Dilma. Vai para o confronto de idéias.
ReplyMais um motivo para não votar neste moleque traidor, FHC é o principal responsável pelas eleições do Lulla.
ReplyFHC e Aécio: parece abraço de afogado,tenham piedade de nós!
ReplyAécio, o mister balada, tem telhado de vidro e muitos esqueletos no armário, então os petralhas vão deitar e rolar em 2014, será um vexame total. No youtube temos um dossie inteiro do moço!
FHCannabis é aquele senhor que hoje acende baseado e ontem entregou o país de mão beijada para o Molusco, impedindo que a oposição o investigasse no mensalão em 2005.
Parabéns ao sociólogo-rei!
Cansei do PSDB e seus planos infalíveis para vencer eleições.
KATIA ABREU PRESIDENTE 2014.
Entao vai ser campanha de profissionais de politica, pessoas acostumadas a vencer eleicoes.
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