Renegado
pelo núcleo serrista na última disputa pela Prefeitura de São Paulo, em
2008, o governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB) se tornou agora o
"avalista" da campanha do candidato tucano a prefeito, José Serra. No
momento em que perdeu o primeiro lugar nas pesquisas de intenção de
voto para o candidato Celso Russomanno (PRB), Serra cola sua imagem na
do governador. Alckmin participa de agendas de campanha do candidato,
atendendo a pedidos feitos pelo próprio Serra, como a visita ao
Instituto de Reabilitação da Rede Lucy Montoro, em agosto.
Na semana passada, o governador articulou pessoalmente o apoio do Sindicato dos Motofretistas ao tucano. Diariamente, Alckmin telefona para a coordenação da campanha para receber os trackings - pesquisas por telefone que captam oscilações no eleitorado. Também na última semana, recebeu o presidente do PSDB, Sergio Guerra, no Palácio dos Bandeirantes, e conversou com o senador Aécio Neves (MG) por telefone. Demonstrou confiança e receitou sangue frio, ao dizer que eleição é como onda: muda.
Mas a maior evidência do apoio de Alckmin está na propaganda eleitoral. Nos programas, Serra cita o governador mais do que o petista Fernando Haddad menciona o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (leia abaixo). Dos 16 programas do tucano que já foram ao ar na TV, em sete há depoimentos de Alckmin.
Nas pesquisas encomendadas pelo PSDB, o governador aparece como o tucano mais bem avaliado, na frente do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e de Serra.
"Se o Alckmin apoiar o Serra, ele até que tem chance", disse um eleitor em um dos grupos feitos pelos tucanos.
Segundo o Ibope do fim de agosto, 40% consideram ótima ou boa a gestão no Estado, contra 17% que a veem como ruim ou péssima. Para os tucanos, Alckmin pode transferir popularidade a Serra e fortalecer a inserção no eleitorado do PSDB, que flerta agora com Russomanno. O governador também exerce um papel de fiador de Serra em seu ponto mais vulnerável: a renúncia da Prefeitura em 2006 para disputar o governo estadual. Serra exibiu filmes dizendo que cumprirá todo o mandato, e Alckmin vem chancelando a declaração.
Aliados de Serra elogiam o apoio de Alckmin, mas não sem uma observação. Dizem que, por "questão de estilo", o governador não mergulha de cabeça na campanha. Os secretários, por exemplo, estariam afastados da disputa. Reclamam ainda da relação com o candidato do PMDB, Gabriel Chalita, que usa fotos de Alckmin na TV e destaca a amizade com o tucano.
Pragmático, Alckmin costura alianças para sua reeleição em 2014, deixando portas abertas com siglas que não embarcaram na campanha de Serra. Não retaliou, por exemplo, o PTB, quando o partido apoiou Russomanno. Ao contrário, deu parabéns à cúpula do PRB. Também assistiu ao PSB e PP migrarem para a campanha de Haddad, apesar de fazerem parte de seu governo.
A relação de Alckmin e Serra tem altos e baixos. Hoje, caminham juntos, apesar da resistência do círculo mais íntimo do governador - que credita a Serra a derrota em 2008, quando Alckmin perdeu para Gilberto Kassab, reeleito com apoio de serristas. "Não têm o menor compromisso com o PSDB. Têm compromisso com o poder", disparou à época Alckmin contra tucanos.
Um ano depois, aceitou convite para ser secretário de Desenvolvimento Econômico, feito por Serra, então governador, que buscava unificar o PSDB paulista após o racha provocado pela disputa municipal em 2008. "Uma derrota do PSDB em São Paulo pode custar a reeleição em 2014. Ele sabe disso. Por isso, apoia Serra", analisa um tucano. Ciente disso, Alckmin foi quem mais pressionou Serra a entrar na eleição. O tucano decidiu disputar depois que o aliado Kassab ameaçou apoiar o PT. Hoje, a análise mais corrente do PSDB segue uma lógica: se Serra perder em outubro, será uma derrota praticamente pessoal, embora tenha reflexos em 2014. Se vencer, os louros serão divididos com Alckmin. (Estadão)
Na semana passada, o governador articulou pessoalmente o apoio do Sindicato dos Motofretistas ao tucano. Diariamente, Alckmin telefona para a coordenação da campanha para receber os trackings - pesquisas por telefone que captam oscilações no eleitorado. Também na última semana, recebeu o presidente do PSDB, Sergio Guerra, no Palácio dos Bandeirantes, e conversou com o senador Aécio Neves (MG) por telefone. Demonstrou confiança e receitou sangue frio, ao dizer que eleição é como onda: muda.
Mas a maior evidência do apoio de Alckmin está na propaganda eleitoral. Nos programas, Serra cita o governador mais do que o petista Fernando Haddad menciona o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (leia abaixo). Dos 16 programas do tucano que já foram ao ar na TV, em sete há depoimentos de Alckmin.
Nas pesquisas encomendadas pelo PSDB, o governador aparece como o tucano mais bem avaliado, na frente do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e de Serra.
"Se o Alckmin apoiar o Serra, ele até que tem chance", disse um eleitor em um dos grupos feitos pelos tucanos.
Segundo o Ibope do fim de agosto, 40% consideram ótima ou boa a gestão no Estado, contra 17% que a veem como ruim ou péssima. Para os tucanos, Alckmin pode transferir popularidade a Serra e fortalecer a inserção no eleitorado do PSDB, que flerta agora com Russomanno. O governador também exerce um papel de fiador de Serra em seu ponto mais vulnerável: a renúncia da Prefeitura em 2006 para disputar o governo estadual. Serra exibiu filmes dizendo que cumprirá todo o mandato, e Alckmin vem chancelando a declaração.
Aliados de Serra elogiam o apoio de Alckmin, mas não sem uma observação. Dizem que, por "questão de estilo", o governador não mergulha de cabeça na campanha. Os secretários, por exemplo, estariam afastados da disputa. Reclamam ainda da relação com o candidato do PMDB, Gabriel Chalita, que usa fotos de Alckmin na TV e destaca a amizade com o tucano.
Pragmático, Alckmin costura alianças para sua reeleição em 2014, deixando portas abertas com siglas que não embarcaram na campanha de Serra. Não retaliou, por exemplo, o PTB, quando o partido apoiou Russomanno. Ao contrário, deu parabéns à cúpula do PRB. Também assistiu ao PSB e PP migrarem para a campanha de Haddad, apesar de fazerem parte de seu governo.
A relação de Alckmin e Serra tem altos e baixos. Hoje, caminham juntos, apesar da resistência do círculo mais íntimo do governador - que credita a Serra a derrota em 2008, quando Alckmin perdeu para Gilberto Kassab, reeleito com apoio de serristas. "Não têm o menor compromisso com o PSDB. Têm compromisso com o poder", disparou à época Alckmin contra tucanos.
Um ano depois, aceitou convite para ser secretário de Desenvolvimento Econômico, feito por Serra, então governador, que buscava unificar o PSDB paulista após o racha provocado pela disputa municipal em 2008. "Uma derrota do PSDB em São Paulo pode custar a reeleição em 2014. Ele sabe disso. Por isso, apoia Serra", analisa um tucano. Ciente disso, Alckmin foi quem mais pressionou Serra a entrar na eleição. O tucano decidiu disputar depois que o aliado Kassab ameaçou apoiar o PT. Hoje, a análise mais corrente do PSDB segue uma lógica: se Serra perder em outubro, será uma derrota praticamente pessoal, embora tenha reflexos em 2014. Se vencer, os louros serão divididos com Alckmin. (Estadão)
12 comentários
Cel,
ReplyBoas novas, pois o que comentam, o que atrapalha o PSDB são as brigas internas.
Esperam que aprendam.
Obs: só não engulo e tampouco votaria é no TRAÉCIO.
Que bom. Achei que o Alckmin tinha ressentimento do Serra e não tinha o perdoado por ter apoiado o Kassab em 2008.
ReplyAcho que a derrocada do Kassab aumentou bastante o capital político do governador na capital.
Estou convencendo um monte de gente a votar no Serra. É incrível a quantidade de eleitores que dizem gostar de Serra e do PSDB mas que não vão votar porque acha que ele vai sair no meio do mandato.
ReplyTemos que ir explicando que a situação é diferente daquela de 2006.
Não se iludam com Russomanno. Ele é uma espécie de novo malufismo em SP. Sem contar que o PRB ganhou um ministério da Dilma. Ele representa a volta de um jeito nefasto de fazer política que o ex-governador Covas tinha exterminado.
ReplyViram a vinheta do FHC ontem apoiando o Serra? Tá meio forçada, não acham?
Lilyane
Tucanos do bico amarelo que se danem pra longe do governador paulista.
ReplyCel
ReplyO Alkmim não esta com essa bola toda, não.
Ou o PSDB inicia seu processo de renovação ou a cada eleição vai encolher.
Átila
Se serra fosse o vice, eu brigaria por sua chapa.
ReplyCansei... Mas francamente o incompetente Haddad, o demagogo e desleal Russomano e a sonhadora, quase alucinógena Soninha, ninguém merece. Pobre São Paulo, pobres paulistas.
Alckimin precisa de Serra eleito, só isto! Aécio Traíra também! Ambos apoiam Serra pensando em sí mesmos!
ReplyCoronel,
ReplySERRA PODE SALVAR SERRA!
Ele que aponte as barbaridades do PT e abra os olhos desse povo burro!
Flor Lilás
CHEGA desse negócio de traíra ter que salvar o melhor - que os de bem botem a cabeça pra pensar e salvem a si mesmos!!!
Replyeu avisei!
Reply-kassab, seu papo de sapo engole cobra não funciona em lagoa de jacaré! abaixe o facho e vá para o acostamento!
sgt-negão-das-negas
O IMPORTANTE É DEIXAR A PETRALHADA LONGE DA CAPITAL DE SÃO PAULO.
ReplyESTOU "FAZENDO A CAVEIRA" DO RUSSOMANO PARA QUEM EU ENCONTRO PELA FRENTE.