O relator do processo do mensalão no STF (Supremo Tribunal Federal),
Joaquim Barbosa, votou ontem pela condenação de um ex-diretor do Banco
do Brasil e reforçou uma das principais teses da acusação, a de que
dinheiro público desviado da instituição foi usado para abastecer o
esquema do mensalão. O relator disse que o dinheiro do BB, após passar pelas contas de uma
agência do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, foi usado pelo
ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares para fazer pagamentos a diversas
pessoas, incluindo congressistas.
A tese do desvio de dinheiro público é importante para reforçar a
acusação de lavagem de dinheiro (tentativa de ocultar a origem ilegal de
recursos), que é feita contra 35 dos 37 réus. Barbosa examinou ontem a conduta de Henrique Pizzolato, ex-diretor de
Marketing do BB entre 2003 e 2004. O relator votou pela condenação por
peculato (desvio de recursos públicos), corrupção passiva e lavagem de
dinheiro. Segundo Barbosa, a maior parte do dinheiro veio ilegalmente do fundo
Visanet, formado por recursos de diversos bancos para estimular o uso de
cartões de crédito. Em troca, disse Barbosa, Pizzolato recebeu em casa R$ 326 mil do esquema.
Embora estivesse falando de Pizzolato, o relator indicou que irá votar pela condenação de ex-dirigentes do Banco Rural e de Delúbio. A defesa diz que os recursos distribuídos pelo ex-tesoureiro do PT no mensalão têm origem em empréstimos bancários regulares. Mas Barbosa disse que os empréstimos representavam operações "simuladas" para ocultar desvio de recurso público. Segundo o ministro, Valério e sócios recebiam o dinheiro da Visanet e "paralelamente auxiliaram o PT, assinando empréstimos no Rural e no BMG que conferiam aparência lícita aos repasses", feitos por Delúbio.
Embora estivesse falando de Pizzolato, o relator indicou que irá votar pela condenação de ex-dirigentes do Banco Rural e de Delúbio. A defesa diz que os recursos distribuídos pelo ex-tesoureiro do PT no mensalão têm origem em empréstimos bancários regulares. Mas Barbosa disse que os empréstimos representavam operações "simuladas" para ocultar desvio de recurso público. Segundo o ministro, Valério e sócios recebiam o dinheiro da Visanet e "paralelamente auxiliaram o PT, assinando empréstimos no Rural e no BMG que conferiam aparência lícita aos repasses", feitos por Delúbio.
Quando falava sobre a participação dos sócios de Valério, o ministro
afirmou que "as provas demonstram que eles mantiveram reuniões com
agentes públicos e pagaram vantagens indevidas a parlamentares". Barbosa votou pela condenação de Valério e dois sócios por corrupção
ativa e peculato. No final, ele foi questionado pelo ministro Ricardo
Lewandowski sobre quantas vezes Pizzolato teria cometido o crime de
peculato. O relator se confundiu, primeiro falou um, depois falou que eram dois.
A decisão final ainda será tomada pelo conjunto dos 11 ministros. Se as
condenações ocorrerem, as penas serão definidas ao fim dos votos. Barbosa votou pela absolvição do ex-ministro Luiz Gushiken, que era
acusado de desvio de recurso do BB. Sua absolvição havia sido pedida
pelo Ministério Público.
A acusação em relação a Pizzolato diz que o ex-diretor transferiu
ilegalmente para a empresa de Valério R$ 73 milhões do Visanet. O BB
detinha o poder de manejo sobre 32% dos recursos do fundo. Barbosa disse que mesmo que o dinheiro fosse privado nada mudaria. "Se o
agente público, no caso, o diretor de marketing, desviou dinheiro ou
valor de que tinha posse, está configurado o peculato, independentemente
se o valor era público ou privado."
Além disso, Pizzolato teria deixado de cobrar o equivalente a R$ 2,9
milhões das empresas de Valério pelos chamado "bônus de volume", espécie
de prêmio pago pelos veículos de comunicação. O ministro citou depoimento de Pizzolato em que ele reconheceu ter se
encontrado com Valério "de oito a dez vezes" durante a campanha de Lula
em 2002. "Fica evidenciada a ligação."(Folha de São Paulo)
2 comentários
Sr Coronel:
ReplyNão me canso de dizer para não se confundir MILITANTE DO PT COM MIL E TANTO PRO PT.
Saudações
HA O PIZZOLATO, AQUELE QUE LATIA , LATINDO QUE SÓ GANHAVA 80.000 POR MES ,ENQUANTO OS LADRÕES DOS OUTROS BANCOS GANHAVAM MAIS. TÁ NA HORA DE INVESTIGAR PORQUE OS BANQUEIROS GANHAM TANTO DINHEIRO QUE ENVERGONHARAM O LARÁPIO DO PIZOLATO. SERÁ QUE NÃO HÁ MUITA LAVAGEM DE DINHEIRO SUJO NOS BANCOS , CADE A PF . E A RECEITA FEDERAL, BANDIDO TRAFICANTE CHEGAM A TEREM 10 CONTAS CORRENTES FAANTASMAS, E O QUE FAZ O COAF NADA , NADICA DE NADA , SÓ METEM A MÃO EM TRABALHADOR, TRAFICANTE TEM VÁRIAS CONTASS FANTASMAS, QUE ENGORDAM OS PROVENTOS DOS BANQUIEROS, TUDO LAMA DA MESMA MERDA, BANQUEIROS E TRAFICANTES TUDO ÍGUAL
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