O ministro Ricardo Lewandowski, revisor do processo do mensalão no STF 
(Supremo Tribunal Federal), fortaleceu ontem uma das principais teses da
 acusação ao votar pela condenação de um ex-diretor do Banco do Brasil 
acusado de desviar milhões de reais para o esquema. Lewandowski foi o segundo ministro a votar no julgamento, após o relator
 do processo, Joaquim Barbosa. Embora tivesse anunciado antes que 
pretendia fazer um "contraponto" ao voto do relator, Lewandowski 
manifestou ontem várias opiniões coincidentes com as de Barbosa. 
Como Barbosa, Lewandowski votou pela condenação do ex-diretor de 
marketing do BB Henrique Pizzolato, ligado ao PT, e do empresário Marcos
 Valério Fernandes de Souza, que tinha um contrato publicitário com o 
banco e é apontado pela Procuradoria-Geral da República como o operador 
do mensalão. Pizzolato é acusado de desviar para Valério R$ 73 milhões do fundo 
Visanet, criado para promover a bandeira de cartões Visa e controlado 
pelo BB com outros bancos. Os repasses do Visanet são descritos pela 
acusação como a principal fonte do dinheiro do mensalão.
Ao contrário de Barbosa, Lewandowski não analisou a associação entre 
esses repasses e o dinheiro distribuído por Valério a parlamentares de 
partidos aliados ao PT, tema que ele deixou para discutir em outra 
sessão. O ministro deve examinar hoje o caso do deputado João Paulo Cunha 
(PT-SP), acusado de receber propina para contratar uma empresa de 
Valério e desviar recursos para o mensalão. Depois que ele concluir esse
 capítulo da acusação, será a vez de os outros nove ministros que 
compõem o tribunal se manifestarem. 
Pizzolato é acusado de corrupção passiva, peculato e lavagem de 
dinheiro. Valério e dois ex-sócios, Cristiano Paz e Ramon Hollerbach, 
são acusados de corrupção ativa, peculato e lavagem de dinheiro. 
Lewandowski votou pela condenação dos dois ontem. A exemplo de Barbosa, Lewandowski também votou pela absolvição do 
ex-ministro Luiz Gushiken, acusado de determinar os repasses autorizados
 por Pizzolato. O revisor disse que fazia assim um "desagravo" a 
Gushiken. 
Em 2004, Pizzolato recebeu de Valério um envelope com R$ 326 mil. Ele 
diz que entregou o pacote para um emissário do PT sem analisar seu 
conteúdo. Lewandowski considerou suas explicações "totalmente 
inverossímeis". Lewandowski discordou de Barbosa ao discutir a natureza do chamado 
"bônus de volume", comissões retidas pelas agências de Valério e que 
também teriam sido desviadas para o esquema. O revisor disse que a retenção das comissões é praxe no mercado, ao 
contrário do que diz Barbosa, mas concluiu que Valério não prestou 
serviços de publicidade que justificassem seu recebimento.(Folha de São Paulo)

9 comentários
É muita solenidade com meros larápios, apropiadores da grana pública. Estão justificado obviosidades. Porem, pior seria se tivesse absolvido, pois o Levandowisky, Fux, Weber, Tofolli e, agora. o Marco Antonio Collor Melo são duvidosos.
ReplyO custo deste julgamento, as toneladas de documentos, daria para matar a fome de milhares de crianças.
O PT foi uma desgraça para o Brasil.
Coronel,
ReplyQuando acontecerá a devassa dos Cartões Corporativos VISA, para pegar na algema o resto da SOC, que está fora do mensalão, mas esta na ativa desviando e enchendo os bolsos com dinheiro público?
E quem vai condenar a Globo, que inventou a o tal do Bônus de Volume? Na verdade esse BV é a corrupção institucionalizada. Me engana que eu gosto.
ReplyE pensar que quando deixou a presidência do país o bêbado vagabundo falou que dali pra frente teria como missão provar que o MENSALÃO nunca existira, que tudo não passara de uma tentativa de golpe com a intenção de tirá-lo do poder.
ReplyCADEIA PRA ESSE MENTIROSO, CÍNICO E VIGARISTA!
"A Mosca na Sopa"
ReplyMENSALÃO: o início, o fim e o meio.
Cuidado Pizzolato e Valerio.Botem a boca no mundo.Depois de condenados e o nucleo politico absolvido,vocês "serão" desaparecidos.Eles são do ramo,não é finado Daniel e os outros 7?Falem tudo.
ReplySó espero que tudo não acabe em 'Pizzalato'.
ReplySe não me engano, Pizzolatto fazia parte do Conselho de Administração da Petrobrás.
ReplyEstaria ainda lá? Investigue isto, Coronel. Haviam vários outros mensaleiros lá, o que é inadmissível.
Lanterna.
Esses de hoje são os BOIS DE PIRANHA.
ReplyQUERO VER CONDENAREM O ZÉ CAROÇO!
NÃO TEM MACHO AHI. Além do Barbosa, claro.