Relatório inédito da Polícia Federal, obtido pela Folha, mostra
que Israel Guerra, filho da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, e
Vinícius de Oliveira Castro, então assessor da pasta, operaram para
ganhar dinheiro por meio de consultorias a empresários interessados em
contratos com o governo. O relatório é baseado em investigação de quase dois anos. Por considerar
que houve falta de provas de tráfico de influência, no entanto, o
Ministério Público pediu e a Justiça Federal mandou neste mês arquivar o
inquérito.
"Fica evidente que a conduta de Vinicius foi toda pautada no interesse em oferecer aos empresários o serviço da empresa que operava com o amigo Israel", diz a PF. Para chegar a essa conclusão, a polícia ouviu dezenas de depoimentos, analisou contratos entre diversas empresas e o governo e quebrou o sigilo telefônico, fiscal e bancário dos envolvidos.
Erenice Guerra substituiu Dilma Rousseff na Casa Civil quando a hoje presidente deixou o cargo para concorrer nas eleições. Considerada braço direito de Dilma, ela caiu horas depois de a Folha revelar que seu filho Israel cobrou dinheiro do empresário Rubnei Quícoli para viabilizar empréstimo no BNDES. Uma reunião foi marcada, na Casa Civil, para Quícoli e Erenice tratarem de um projeto de energia solar com o governo. À Folha, Erenice à época negou ter participado do encontro. À PF, admitiu.
A investigação elenca 13 tópicos a serem apurados. Sobre a reportagem da Folha, o documento informa: "Confirmam-se as reportagens que apontaram que um servidor da Casa Civil [Vinicius Castro] indicou aos proprietários da EDRB [empresa representada por Quícoli] a contratação da empresa de assessoria Capital [do filho de Erenice] para obtenção de parceiros para desenvolver um projeto apresentado na Casa Civil".A PF diz que "a real intenção de Vinicius ao levar a EDRB à reunião na Casa Civil era criar expectativa nos empresários para então oferecer a assessoria da empresa que explorava com o filho da secretária-executiva Erenice".
No caso de Quícoli, não houve de fato pagamento para o filho e o assessor. O empréstimo com o BNDES também nunca foi concretizado. A polícia identificou porém um caso em que os dois receberam R$ 40 mil e um cliente conseguiu patrocínio público. Mas a influência de Erenice não ficou comprovada.
No relatório, a PF não fez indiciamentos. O inquérito foi arquivado a pedido da procuradora Luciana Martins. Para ela, a contratação da consultoria poderia ser "traduzida como uma solicitação de vantagem". Mas "não restou evidenciado que tenha se dado a pretexto de influir em ato praticado por servidor". A procuradora afirmou que o inquérito levantou "fortes indícios que a intenção [de Vinicius] era viciada", mas "não se pode dizer que o ato, em si, era contrário à disposição legal". No entanto, a PF viu indícios de sonegação e lavagem de dinheiro e, por isso abriu um novo inquérito -do qual Erenice não é alvo.
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E-mails da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra mostram que ela fez pedidos para conseguir empregar no governo parentes seus ou pessoas ligadas a eles. As mensagens, mandadas quando ela chefiava a pasta, foram apreendidas pela Polícia Federal durante a investigação sobre tráfico de influência, arquivada neste mês. Em e-mail para uma sobrinha, a então ministra demonstra preocupação em esconder a ajuda aos parentes. "Meu amigo já arrumou algo para você. Fundamental: [escreve em maiúsculas] nunca, jamais, em hipótese nenhuma fale sobre seu parentesco comigo. Isso só atrapalha."
"Fica evidente que a conduta de Vinicius foi toda pautada no interesse em oferecer aos empresários o serviço da empresa que operava com o amigo Israel", diz a PF. Para chegar a essa conclusão, a polícia ouviu dezenas de depoimentos, analisou contratos entre diversas empresas e o governo e quebrou o sigilo telefônico, fiscal e bancário dos envolvidos.
Erenice Guerra substituiu Dilma Rousseff na Casa Civil quando a hoje presidente deixou o cargo para concorrer nas eleições. Considerada braço direito de Dilma, ela caiu horas depois de a Folha revelar que seu filho Israel cobrou dinheiro do empresário Rubnei Quícoli para viabilizar empréstimo no BNDES. Uma reunião foi marcada, na Casa Civil, para Quícoli e Erenice tratarem de um projeto de energia solar com o governo. À Folha, Erenice à época negou ter participado do encontro. À PF, admitiu.
A investigação elenca 13 tópicos a serem apurados. Sobre a reportagem da Folha, o documento informa: "Confirmam-se as reportagens que apontaram que um servidor da Casa Civil [Vinicius Castro] indicou aos proprietários da EDRB [empresa representada por Quícoli] a contratação da empresa de assessoria Capital [do filho de Erenice] para obtenção de parceiros para desenvolver um projeto apresentado na Casa Civil".A PF diz que "a real intenção de Vinicius ao levar a EDRB à reunião na Casa Civil era criar expectativa nos empresários para então oferecer a assessoria da empresa que explorava com o filho da secretária-executiva Erenice".
No caso de Quícoli, não houve de fato pagamento para o filho e o assessor. O empréstimo com o BNDES também nunca foi concretizado. A polícia identificou porém um caso em que os dois receberam R$ 40 mil e um cliente conseguiu patrocínio público. Mas a influência de Erenice não ficou comprovada.
No relatório, a PF não fez indiciamentos. O inquérito foi arquivado a pedido da procuradora Luciana Martins. Para ela, a contratação da consultoria poderia ser "traduzida como uma solicitação de vantagem". Mas "não restou evidenciado que tenha se dado a pretexto de influir em ato praticado por servidor". A procuradora afirmou que o inquérito levantou "fortes indícios que a intenção [de Vinicius] era viciada", mas "não se pode dizer que o ato, em si, era contrário à disposição legal". No entanto, a PF viu indícios de sonegação e lavagem de dinheiro e, por isso abriu um novo inquérito -do qual Erenice não é alvo.
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E-mails da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra mostram que ela fez pedidos para conseguir empregar no governo parentes seus ou pessoas ligadas a eles. As mensagens, mandadas quando ela chefiava a pasta, foram apreendidas pela Polícia Federal durante a investigação sobre tráfico de influência, arquivada neste mês. Em e-mail para uma sobrinha, a então ministra demonstra preocupação em esconder a ajuda aos parentes. "Meu amigo já arrumou algo para você. Fundamental: [escreve em maiúsculas] nunca, jamais, em hipótese nenhuma fale sobre seu parentesco comigo. Isso só atrapalha."
Em outra troca de mensagens, Saulo Guerra, filho de Erenice, pede nova
função para a noiva: "Seria legal se pudéssemos aumentar o DAS [cargo em
comissão] dela, principalmente antes de nos casarmos no civil e lá no
Ministério [da Pesca] parece que não tem muita perspectiva". Erenice responde: "Filho, outro dia entreguei o currículo dela para o
Rogério Santana [então presidente da Telebrás] e ele ficou de achar um
lugar para ela lá com ele".
"Os familiares de Erenice a tinham como detentora de prestígio
suficiente para auxiliá-los", escreveu a PF. O Ministério Público
Federal não viu irregularidade nos pedidos da ex-ministra. Erenice também fez relatos a Lula e a Dilma Rousseff sobre a crise que
os Correios enfrentavam na ocasião, e colocou a responsabilidade no
loteamento de cargos da empresa pelo PMDB.(Folha de São Paulo)
7 comentários
É o MP "pau mandado" a serviço do Facínora Mor, o Velhaco Bêbado,que continua nos bastidores livrando a cara de todo lixo que juntou no seus tempos de desgoverno.
ReplyUm dos maiores crimes cometidos por Erenice Guerra e sua equipe de larápios foi a história do Tamiflú, que foi devidamente abafada até pelo laboratório que pagou a propina milionária enquanto brasileiros morriam pela falta do remédio.
Esses brasileiros injustiçados devem estar se revirando no túmulo.
O mesmo está se repetindo agora com a falta de vacinas para a H1N1 devidamente camuflada como Gripe A que voltou e está matando novamente.
É inadmissível que num pais onde se rouba tanto não tenha vacinas para proteger aqueles que mantem as burras cheias para os ladrões da pátria fazerem a festa.
Em cada repartição, uma trincheira de defesa da companheirada,....
ReplyMas um dia isso terá fim,....
Que Deus nos permita viver pra ver,....
Se o pais fosse sério, a tal procuradora Luciana deveria ser investigada para saber se não tem rabinho preso...Pensando bem, melhor deixar quieto porque a Polícia Federal não emplaca uma prova, tudo é refugado pelo Judiciário depois...A Procuradora economizou tempo da Justiça e nos poupou de anos de espera por uma processo que seria arquivado mesmo lá adiante. A frustração antecipada economiza nossas esperanças já tão escassas...
ReplyDona Dilma Kosel Filho agora calcula uma boa indenização, com o dinheiro publico, e "indeniza" esta pobre e injustiçada senhora, acusada de taxas de sucesso.
ReplyDona Dilma Kosel Filho agora calcula uma boa indenização, com o dinheiro publico, e "indeniza" esta pobre e injustiçada senhora, acusada de taxas de sucesso.
ReplyO aprofundamento do processo provavelmente levaria à presidenta, sendo assim o MP achou prudente parar por aí mesmo. O Brasil acabou!
ReplyCel
ReplySe ela é tão "inocente", por que saiu da Casa Civil em desabalada carreira?
Que esculhambação!
Esther