O pífio resultado do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro
trimestre do ano, divulgado na sexta-feira, levou várias instituições a
revisar a estimativa de crescimento em 2012 para a casa de 2%.
Enquanto o BNP Paribas e o Credit Suisse reduziram as suas projeções de
2,5% para 2%, o J.P. Morgan baixou a sua de 2,9% para 2,1%, a Nomura
Securities, de 3,5% para 1,9% e a Votorantim Corretora, de 2,9% para
2,2%.
O economista-chefe do BNP Paribas para a América Latina, Marcelo
Carvalho, apontou três motivos para a redução de sua previsão para uma
alta de apenas 2% - o desempenho fraco do PIB nos três primeiros meses
do ano, os números preliminares do segundo trimestre, que mostram um
comportamento pouco animador da atividade e, por fim, o risco de que a
incerteza internacional possa impedir recuperação mais forte da economia
na segunda metade do ano.
Em relatório, ele lembra que manteve por muito tempo uma das
projeções mais pessimistas do mercado para o PIB em 2012 - os 2,5%, que
hoje já têm um viés otimista. A sua aposta num PIB fraco há tempos
baseia-se principalmente no fato de que a herança estatística (o carry
over) de 2011 para 2012 foi muito baixa. "Basta fazer as contas." O
carry over foi de 0,2 ponto percentual, o que significa que, se o PIB
ficar no mesmo nível do fim do ano passado, a expansão em 2012 será de
apenas 0,2%.
O J.P. Morgan trabalha agora com crescimento de 2,1%. Segundo o
banco, nas últimas semanas, vários indicadores passaram a sugerir uma
desaceleração mais acentuada do que se projetava na economia global no
segundo trimestre, especialmente na Europa e na China. Além disso,
também aumentaram os riscos associados a uma eventual saída da Grécia
da zona do euro e houve uma deterioração da percepção sobre a Espanha,
diz o banco, em relatório.
A alta do PIB no primeiro trimestre, de 0,2% em relação ao trimestre
anterior, feito o ajuste sazonal, também contribuiu decisivamente para
o banco reduzir a sua projeção. O J.P. Morgan ressalta ainda que a
previsão de uma expansão de 2,1% neste ano considera uma melhora da
atividade neste trimestre e também nos próximos.
A Nomura é mais pessimista, acreditando num crescimento inferior a
2%. "O dado do primeiro trimestre e o que sabemos até agora do segundo
trimestre do ano, que tem sido essencialmente fraco e decepcionante,
nos leva a fazer uma grande revisão para baixo em nossas estimativas
para 2012", diz a Nomura, em relatório. Para o investimento, a projeção
caiu de uma alta de 3,5% para um recuo de 1,9%.
Os efeitos das reduções das taxas de juros promovidas pelo Banco
Central devem ter algum efeito na expansão da economia no segundo
semestre, diz o economista Tony Volpon, alertando, porém, que o futuro
reserva incertezas, como o ainda turbulento cenário internacional, com
risco de ruptura na zona do euro.Já o Credit Suisse revisou sua estimativa para 2%, segundo
informações da agência Dow Jones. Segundo o banco, o crescimento de
apenas 0,2% no primeiro trimestre e a dificuldade de recuperação da
indústria demonstrada neste segundo trimestre foram os principais
responsáveis pela revisão.
O quadro internacional complicado e o fraco resultado do primeiro
trimestre fizeram a Votorantim Corretora cortar a estimativa para o ano
para 2,2%. A herança estatística de 2011 é fraca e retomada da
atividade é mais lenta do que se esperava, diz a corretora. O relatório divulgado semanalmente pelo Banco Central com as
projeções de cerca de 100 instituições financeiras também mostrou queda
das estimativas para o PIB em 2012, mas o movimento é menos
significativo. Segundo o Boletim Focus, a expectativa para o
crescimento caiu de 2,99% para 2,72%, no quarto recuo consecutivo.
A previsão destoa da previsão oficial da Fazenda, que trabalha com
4%. Para 2013, os analistas ouvidos pelo BC apostam em avanço de 4,5%. O
Focus também mostrou uma queda das projeções para o crescimento da
produção industrial em 2012, de 1,58% para 1,15%. (Valor Econômico)
13 comentários
Isso coincide com a ascensão ainda maior dos keynesianos no governo Dilma. No Brasil, Keynes se sentiria em casa.
ReplyO que me impressiona é que essa tremenda enganação que se passa por economia sempre falha, mas os Keynesianos sempre fazem de conta que está funcionando.
Coronel,
Replysempre aqui neste espaço falei que não chegaríamos a 3%, quando os "especialistas" falavam 4,5%. É uma vergonha, ou eles são incompetentes ou estão fraudando as informações no sentido de ganhar dinheiro dos aplicadores. Sem infraestrutura, sem mão de obra especializada, sem educação, com aumento das despesas governamentais em custeio, com a crise nos países desenvolvidos, com a capacidade de endividamento da população acima do limite, chegaremos a 1% com muita boa vontade. Acontece que a petralhada já resolveu tudo no papel, quem ganha R$ 291 passou a ser classe média. Esse é que é um governo competente, numa canetada só o Brasil passou a ter 91 milhões de classe média.
Coronel,
ReplyNoves fora, aqui na "Área de Comentários" somos mais "realistas" que os economistas dos bancos e não ganhamos nada!!!$$$$ rsrsrsrsrsrsrs
Alô banqueiros, leiam o Blog e economizem com seus Departamentos de Pesquisa Economicas!!!! rsrsrsrsrs
PIB de 4,5% em 2013 é SONHO!! Game over!! O mundo mudou após 2008.
Sinceramente, espero que a China não volte a crescer mais de 10% a.a. para não provocar um novo desastre!!
JulioK
J Freire.
ReplyMeus parabéns, o teu comentário é perfeito.
J Freire.
ReplyMeus parabéns,o teu comentário é perfeito.
Pobre e Indefeso Brasil, nas garras das ratazanas de esgoto ficou com um 'pib' de 0,2% e a Anta Gorda nos deu cinicamente a garantia de que estávamos 300% protegidos contra a crise. E agora, como vamos sair desse caos econômico???
ReplyComo diz o chantagista mais corrupto da história desse país: sifu!!!
cel,
ReplyContinuando neste ritmo, vai ser menos de 1%.
Porque será que o brasileiro tem a mania de tratar economia e futebol com o mesmo calor ? A discussão do PIB não deve nada a um FlaFlu, um Grenal ou um Santos x Coríntians ou BaVi.
ReplyPergunte a um alemão, francês, inglês sobre o PIB deles e ouça a resposta...
os petebas estão putos com a crise internacional...
Replyela desmascarou o modelo de eficiência que o velhaco vendeu ao pais...
era eficiência nada, era só o Brasil nadando a favor da correnteza...
agora que a correnteza virou, a petezada esta se afogando e levando junto o Brasil...
pra quem era o país bambambã da hora, o gigante desperto, os resultados são pra la de medíocres...
são a cara do petismo na economia...
Ooooooohhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!
ReplyDilminha , voce é um fracasso, e ainda pousa de sabichona, você é uma burra , que nem mesmo uma lojinha de R$ 1,99 conseguiu deslanchar, voce dilminha como empresária foi um fiasco ,e agora está enterrando o BRASIL, eta pibinho vagabundo esses seu.
ReplyBota a viola no saco e te esconde , o pior pibinho do mundo, somente com PT no governo.
Vejam de todos os paises O Brasil da Dilminha é o pior, que fiasco Dona Dilminha, voce é uma mentirosa, o pais estava 300% preparado, para que , so se for para ser assaltado pelos mensaleiros do PT e do Lulla molusco. Que fiasco de economia.
ReplyDiria 1,7%, só porque acaba em numero primo. Mas dada a disposição do governo de intervir na economia e "acelerar" o crescimento vamos acabar com algo próximo de 0,9%,
ReplyQUANTO A TOMBINI ESTAR CERTO DE TER BAIXADO A SELIC, UM AVISO: O ciclo ainda não terminou!