O Palácio do Planalto iniciou ontem uma operação para tentar arrefecer o
ânimo dos petistas que querem usar a CPI do Cachoeira para investigar
as relações do empresário com jornalistas e órgãos de imprensa.
Em reunião na noite de segunda-feira, a bancada do PT na CPI discutiu a
proposta de convocação do jornalista Policarpo Júnior, redator-chefe da
revista "Veja" em Brasília. A quebra do sigilo fiscal e bancário do
jornalista também é defendida no partido.
O jornalista tinha em Cachoeira uma de suas fontes de informação e seu
nome é mencionado em diversas conversas do empresário com integrantes de
seu grupo, de acordo com escutas telefônicas feitas pela Polícia
Federal nos últimos três anos. Segundo o delegado Raul Souza, ouvido anteontem pela CPI, não há nas
escutas nada que indique algo além da relação entre um repórter e uma
fonte de informação.
As perguntas sobre o caso que os petistas fizeram ao delegado na sessão
da CPI anteontem não foram relatadas à ministra das Relações
Institucionais, Ideli Salvatti, responsável pela articulação do governo
com o Congresso. Ela só ficou sabendo das perguntas pelos jornais. A omissão dos
parlamentares petistas causou desconforto no Palácio do Planalto. Ontem, já era perceptível uma mudança de tom na bancada, especialmente
no grupo ligado ao ex-ministro José Dirceu e ao ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva.
Escalado para a interlocução entre os representantes do partido na CPI e
o governo, o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) adotou um tom
cauteloso. "Acho que agora é cedo para a convocação [de Policarpo]", disse, contrastando com o clima da reunião de segunda à noite. Aliados de Lula e Dirceu defendem o foco na imprensa por achar que assim
conseguirão minar a credibilidade de reportagens que deram origem ao
escândalo do mensalão, que pode ir a julgamento no Supremo Tribunal
Federal neste ano. Dirceu é um dos réus do caso.
Ideli havia escalado o relator da CPI, Odair Cunha (PT-MG), para
resistir à pressão, mas ele admite a interlocutores que o trabalho é
difícil. "Se for confirmada a existência de mais de 200 conversas entre Policarpo
e o esquema, ele tem de ser convocado. O Roberto Civita, não", disse o
líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (PT-SP), referindo-se ao dono da
Editora Abril, que publica "Veja", cuja convocação é defendida por
setores do PT.(Folha de São Paulo)
4 comentários
Ela só ficou sabendo das perguntas pelos jornais.
Replykkkkkkkkkkkkkk...
show de competência..
Ideli podeira começar a dar plantão na redação de algum grande jornal, ao invés de ficar comendo mosca dentro do Congresso ou no Planalto...
ficaria assim mais bem informada...
Só falta agora jornalista pedir atestado de bons antecedentes às suas fontes. O PT e seus cúmplices, inclusive na imprensa ( TV Record e Carta Capital que o digam ) não desistem de eliminar a liberdade de expressão no Brasil. Gostariam de transformar o Brasil pelo menos numa Venezuela, onde a liberdade de imprensa sofre ainda mais. O ideal para eles é copiar Cuba.
ReplyDefendendo a liberdade de imprensa, duas grandes revistas se unem para derrotar seus detratores.
ReplySão elas a Veja e a Exame, que unidas passarão a ser chamar "vexame".
sai pra lá, petralha vagabundo das 16:02.
Replyvexame é ser lame saco de cachaceiro e lladrão.