A empresa de um irmão do empresário Carlinhos Cachoeira também recebeu
recursos da Delta, empreiteira que possui contratos milionários com
órgãos públicos. De acordo com a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, a Mapa
Construtora, que pertence a um irmão do empresário, obteve R$ 1 milhão
entre 2010 e 2011 da Alberto e Pantoja Construções, criada só para ser
destinatária de verba da Delta. No domingo, a Folha revelou que o contador de Cachoeira, Geovani
Pereira da Silva, que está foragido, sacou R$ 8,5 milhões da conta da
Pantoja em 2010. As relações políticas de Cachoeira serão alvo de CPI que o Congresso promete criar nos próximos dias. Segundo a polícia, a Mapa Construtora é de Paulo Roberto de Almeida Ramos, o Paulinho Cachoeira, um dos 11 irmãos de Carlinhos.
O empresário está preso desde 29 de fevereiro sob acusação de comandar esquema de jogo ilegal. Ontem o TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região determinou sua
transferência do presídio de segurança máxima de Mossoró (RN) para o
presídio da Papuda, em Brasília. Em decisão liminar, Fernando Tourinho Neto entendeu que o empresário não
oferece riscos à sociedade ou cometeu crime hediondo, e por isso não é
justificável sua permanência em uma prisão de segurança máxima.
A Delta é uma das maiores empreiteiras do país, sendo a que mais recebe
dinheiro do Orçamento desde 2006, principalmente por obras do PAC
(Programa de Aceleração do Crescimento). Segundo a investigação, a empresa fez parte do esquema de Cachoeira. A perícia da polícia nos extratos bancários identificou dois depósitos de R$ 534 mil da Pantoja para a Mapa. Segundo a investigação, 99,98% do que a Pantoja recebeu no período, cerca de R$ 26,2 milhões, saíram dos cofres da Delta. A PF não se aprofunda sobre as atividades da Mapa.
A Alberto e Pantoja não existe no endereço declarado em Brasília. No
local, funciona uma oficina de lanternagem. No mesmo lugar está
registrada a Brava Construções e Terraplanagem, que recebeu R$ 13
milhões da Delta. Outras pessoas ligadas a Cachoeira também foram destinatárias desse
dinheiro, entre eles o ex-cunhado Adriano Asprígio (R$ 65 mil) e o
tesoureiro Geovani Silva (R$ 30 mil). O contador de Cachoeira é apontado como o elo financeiro do grupo com políticos. A PF tentou, sem sucesso, obter um caderno de anotações dele, onde
possivelmente há o balanço sobre o destino dos recursos sacados. Uma das linhas de apuração trata do possível uso eleitoral dos recursos.(Folha de São Paulo)
2 comentários
Coronel,
ReplyAlgum paralelismo com o Gov. Collor de Mello??? Sim, desde 2003!!! Pode apostar todas as fichas!!!
JulioK
Coronel,
ReplyAmenizaram o sufoco do cachoeira?
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: FOLLOW THE MONEY!!! :
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Até flanelinha está pedindo gorjeta de um milhão prá tomar conta do carro do cachoeira.
Desse jeito, a cachoeira de dinheiro vai secar...
Mas não faz mal, de onde vieram esses milhões tem muuuuuuito mais, só esperando a ocasião prá serem afanados.
E a classe média (de verdade) que não esqueça de recolher o IR apurado da declaração, o carnê-leão e outros impostos, pois o desgoverno tem muitas contas pendentes a pagar.
POVO OTÁRIO!!
PAGA E NÃO CHIA!!!