O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) José Antônio Dias Toffoli
foi relator de três ações penais de um deputado federal de quem ele e a
namorada, Roberta Maria Rangel, haviam sido advogados em casos
eleitorais. Toffoli não se declarou impedido para relatar as ações contra o deputado
José Abelardo Camarinha (PSB-SP), que faz oposição ao irmão do
ministro, José Ticiano Toffoli, prefeito de Marília (SP).Em um outro processo com um possível conflito de interesses, o ministro preferiu não participar. No mês passado, Toffoli, que foi advogado-geral da União na gestão de
Luiz Inácio Lula da Silva, alegou impedimento para participar do
julgamento de um recurso em um caso sobre suposta propaganda irregular
em que o ex-presidente é parte. A namorada de Toffoli chegou a representar os interesses de Lula no
caso, cujo julgamento será retomado nesta quinta-feira, mas renunciou em
novembro de 2009, um mês depois de o ministro assumir o cargo no STF.
A advogada pediu para que seu nome fosse retirado da capa do processo.
Lula agora é defendido pelo advogado Márcio Luiz Silva, também ex-sócio
do ministro. Os dois casos reforçam as dúvidas sobre como Toffoli agirá na ação penal
do mensalão: se alegará impedimento, como fez no processo de Lula, ou
se não se sentirá suspeito, como fez em relação às ações contra
Camarinha. O gabinete do ministro diz que não há irregularidade em sua atuação no caso de Camarinha.
A revista "Veja" desta semana questiona o fato de Roberta Rangel ter
trabalhado para três réus do mensalão: José Dirceu, ex-chefe da Casa
Civil de Lula, e os ex-deputados Paulo Rocha (PT-PA) e professor
Luizinho (PT-SP). Toffoli é natural de Marília (SP), onde a família, fundadora do PT, tem
forte influência. O irmão do ministro acaba de assumir a prefeitura, com
a renúncia de Mário Bulgarelli, de quem era vice. Nomeado por Lula para o STF, Toffoli teve militância na advocacia defendendo os interesses do PT. Foi consultor jurídico da Central Única dos Trabalhadores de 1993 a
1995, assessor jurídico da liderança do PT na Câmara de 1995 a 2000 e
subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil da Presidência, de 2003 a
2005. Antes de assumir a Advocacia-Geral da União, em 2007, foi sócio do "Toffoli & Rangel Associados". Toffoli foi assessor direto de Dirceu e conhece muitos dos réus do
mensalão, mas à revista "Veja" disse que não mantém amizade com nenhum
dos réus.(Folha de São Paulo)
6 comentários
Este aí devia estar não tem mesmo condição de participar do processo.
ReplyO mundo inteiro vai acompanhar este processo do Mensalão.
Mas no caso do Batista italiano deu no que deu.Marmelada brasileira.
Temos de estar alerta.
Coronel,
ReplyO Lulla botou elle no STF exatamente para livrar a cara dos mensaleiros.
O Toffoli vai enrolar o quanto puder até achar uma saida e votar liberando toda cambada do PT.
É triste ver o Brasil perder tempo discutindo esse tipo de coisa.
É triste ver o Brasil perdendo o brilho que estava conquistando!!
JulioK
Ele *jamais* poderia ocupar uma cadeira no STF!
ReplySó o fato de ter advogado do PT já derruba a prerrogativa da "reputação ilibada".
Porque não chamam o Marcola para a próxima vaga?
Ele é suspeito!
ReplyNão posso afirmar que é imoral.
Se não se manifestar impedido, passarei a considera-lo imoral.
Torço por ele.
Õtimo só para ferrar os adver-ç-ários , como, aliás, quase todos.
ReplyTOFOLI É O HOMI QUE O LULA COLOCOU PARA LIVRAR A SUA CARA E DOS DEMAIS MENSALEIROS, ESTE CARA NÃO TEM MORAL E ÉTICA PARA JULGAR OS MENSALEIROS, POIS OS DEFENDIA COM UNHAS E DENTES DENTRO DO PETEZE
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