Após as denúncias de irregularidades na Casa da Moeda e na Caixa Econômica Federal, o ministro Guido Mantega (Fazenda) enfrenta um novo foco de crise que ameaça a sua área: a disputa de poder no Banco do Brasil. A queda de braço envolve, de um lado, o presidente do BB, Aldemir Bendine, homem de confiança de Mantega e de Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência). Do outro, Ricardo Flores, o presidente do poderoso fundo de pensão dos funcionários do banco, a Previ, a quem Bendine acusa de querer derrubá-lo do cargo. Em disputas paralelas, estão ainda alguns setores do PT que comandavam áreas do banco e foram escanteados após a chegada de Bendine.
O presidente do BB e Flores não se falam há quase um ano. A Previ cuida das aposentadorias dos funcionários do BB e é responsável por investimentos bilionários. O grupo de Flores alega que o real interesse de Bendine é nomear um aliado no comando do fundo. O rompimento vem de 2011, quando chegou ao conhecimento do Planalto que Bendine ambicionava ser indicado para o comando da Vale.Só que Flores, presidente do conselho de administração da mineradora, não chancelou seu nome. No governo, há o temor de que uma guerra de dossiês cause crise sem precedente e respingue em outras áreas. Um dos alvos recentes de acusação apócrifa foi Allan Simões Toledo, ex-vice-presidente de Atacado e Negócios Internacionais do BB. Ele foi exonerado em dezembro por ordem de Mantega.
Levado ao cargo por Bendine, teria saído por articulação do próprio padrinho. Para o grupo do presidente do BB, Allan Toledo trabalhava para tomar seu lugar no comando do BB. Tradicionalmente, executivos da instituição costumam pedir demissão, mesmo nos casos mais críticos, para evitar a ideia de dissenso. A demissão foi a primeira sinalização pública da briga. Neste ano, Bendine substituiu, em bloco, 13 diretores. Oito deles, porém, mudaram de função, o que ajudou a diluir o impacto da troca de adversário do presidente. Quando assumiu o banco, em abril de 2009, Bendine negociou pessoalmente com o ex-presidente Lula a troca de seis vice-presidentes numa tacada só. Quatro saíram do banco e dois foram mantidos, mas mudaram de função, entre eles, Flores e Toledo. Parte da oposição a ele vem justamente dessas mudanças.
Há alguns dias, a crise atingiu interesses do governo. O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), derrubou a votação que criava o fundo de previdência complementar do funcionalismo. Maia estaria irritado por não emplacar um afilhado no BB. Ele nega. O poder conquistado por Bendine na instituição, com aval de Mantega, ressuscitou ainda uma insatisfação em petistas de peso como os paulistas Ricardo Berzoini, Luiz Gushiken e João Vaccari. Eles foram escanteados do controle de postos-chave do banco. Em sua defesa, Bendine apresenta resultados positivos, como o lucro recorde, em 2011, de R$ 12,1 bilhões.(Com informações da Folha de São Paulo)
3 comentários
No melhor estilo PT: ABUTRES!!!!
ReplyCOMPARE COM O LUCRO DOS BANCOS PRIVADOS E VC VERÁ QUANTO O BB FOI ROUBADO. JÁ FOI UM EXCELENTE BANCO, HOJE É UM DOS PIORES. CAIXAS ELETRÔNICOS ESTÃO SEMPRE INOPERANTES. ATENDIMENTO ESTÁ PÉSSIMO. ESTÁ TOTALMENTE DOMINADO PELO LULO-PETISMO, IGUAL A CAIXA ECONÔMICA....
ReplyO lucro vem do que metem mão do dinheiro dos correntistas, cobranças indevidas que deveriam devolver em dobro como manda a lei, mas a lei não vale pro BB pq segundo alguns 'juizes', os erros repetidos dos funcionários são normais e mero incômodo para os reclamantes. Assim, a impunidade perpetua o direito de errar sempre sem nunca corrigir os erros.
Reply