A Secretaria de Segurança Pública da Bahia registrou 180 homicídios durante os 12 dias de greve da Polícia Militar no estado, uma média de 15 mortes por dia. O balanço levou em consideração os dados registrados do dia 31 de janeiro até as 21h de sábado, 11 de fevereiro, logo após a assembleia realizada no Ginásio do Sindicato dos Bancários, no Centro de Salvador, que pôs fim ao movimento. Durante a paralisação, 402 veículos, média de 33,5 por dia, foram roubados. Os registros de assassinatos e roubos de carros durante a greve dobraram em relação à média das ocorrências em janeiro, conforme os boletins da SSP: nos 30 primeiros dias do ano, ocorreram 202 assassinatos (média de 6,7 por dia) e 436 veículos foram roubados (média de 14,5 por dia).
Apesar do fim da greve, na manhã de ontem, vários veículos do Exército e soldados das Forças Armadas ainda eram vistos circulando pelas ruas de Salvador. No Largo do Farol da Barra, onde se iniciam os desfiles carnavalescos do circuito Dodô, chamava atenção o carro blindado do Exército, modelo Urutu, estacionado ao lado de um parquinho infantil onde crianças brincavam. Ao menos seis soldados do Exército, armados com fuzis automáticos, faziam guarda ao lado do veículo. — Não disseram que a greve acabou, para que essa turma armada aqui? — perguntou um senhor que fazia cooper e manifestava contrariedade com a presença das Forças Armadas.
A notícia sobre o fim da greve foi dada pelo porta-voz da Associação dos Policiais, Bombeiros e de seus Familiares (Aspra), soldado PM Ivan Leite, que passou a integrar a comissão grevista depois da prisão do dirigente da associação, o ex-PM Marco Prisco, que está na Cadeia Pública. Segundo o secretário de Comunicação do estado, Robinson Almeida, os policiais que foram presos durante a greve não serão anistiados e não terão as prisões revogadas. — Só a Justiça poderá dizer isso. Reafirmo que não haverá anistia — disse Robinson. O secretário informou que o reajuste salarial de 6,5% está mantido para a categoria, além do pagamento de 70% da GAP 4, em novembro deste ano, e os 30% restantes em abril de 2013. Já a GAP 5 será paga escalonadamente entre 2014 e 2015.
De acordo com o porta-voz dos grevistas, o ponto crucial para a decisão dos associados da Aspra foi a proposta do comandante-geral da PM, coronel Alfredo Castro, que anunciou, na última sexta-feira, a anistia administrativa dos militares que faltaram ao serviço nos dias de greve. Isso depois de, pela manhã, ele ter "decretado" o fim da paralisação e ameaçado cortar o ponto dos PMs que não retornassem ao trabalho.— Foi uma decisão da categoria em nome da população baiana, que estava sofrendo nesse período diante da intransigência do governo — discursou Ivan Leite. Segundo ele, as negociações envolvendo os prazos para o pagamento das gratificações por atividade policial (GAP) níveis 4 e 5 continuarão. Ainda de acordo com ele não foi colocado na pauta de votações o relaxamento das prisões dos 12 líderes grevistas, entre eles, Marco Prisco. Embora duvide das suposições que apontam a participação de PMs em eventos criminosos durante a greve, o soldado concorda com a punição dos casos que vierem a ser comprovados. — Se alguém cometeu crimes, que pague por eles — disse o policial. (O Gobo)
10 comentários
Off Topic
ReplyFamília de Haddad usou jatinhos da FAB
http://www1.folha.uol.com.br/poder/1047700-familia-de-haddad-fez-viagens-em-jatinhos-oficiais.shtml
Essa é a oposição do Brasil!
ReplyO senador tucano Paulo Bauer conseguiu aprovar no Senado projeto de lei que dobra o salário-família para mães trabalhadoras.
Pergunto: alguém aqui tem dúvidas de que depois de o salário ser posto em prática o povão vai depositar a gratidão na conta do governo?
A mesma coisa foi com os programas "luz para todos", o "minha Casa", etc.
Essa é a oposição do Brasil. Trabalhando para o governo.
CEl,
Replyoff topic
Coronel, parabéns pela expressiva audiência consquistada pelo Blog.
Índio Tonto/SP
Se uma greve dessa acontece em SP, a PeTralhada junto com a imprensa ja tinha acabado com o governador, nada é perdoado em SP, ja fora daqui tudo é permitido.
ReplyÔ raça maldita!!!!
Lá fora, quem se envolve em escandâlos no meio político some ou se mata.
ReplyAqui saí pelada em revistas e vira apresentadora de TV.
Logo, logo essa tal Christiane Araújo estará nua na playboy, duvidam?
Off Topic - Que silencio na midia sobre a reportagem da VEJA .
ReplyO ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), declarou que o movimento grevista da Polícia Militar baiana era ilegal. Não só da PM baiana como para todos os militares, só que ele deveria aproveitar o momento e dizer que a atuação dos policiais é comprometida pelos baixos salários, pelas condições degradantes que enfrentam em diversos estados e que o assunto deveria ser discutido, para que sejam evitadas insurgências onde as reivindicações não venham atingir situações críticas como a ocorrida em Salvador. Acuado com a PEC 300 (446)o governo dos escândalos, do mensalão, do dinheiro na cueca, das obras hiper faturadas, dos ministros demitidos após graves acusações, utilizando-se da Constituição e do trinômio hierarquia/disciplina e proibição de fazer greve, lança mão dos militares federais, também péssimamente remunerados e...calados, para constranger e massacrar os militares estaduais. Não pode haver greve nas corporações militares, ponto pacífico, mas, qual a forma dos militares reivindicar seus direitos? Seus comandantes não se movem, são omissos; na esfera federal, os generais pouco se importam enquanto seus comandados sofrem na pele a conseqüência do juramento, da hierarquia e disciplina acompanhado da legislação de não poder fazer greves. E então? Os militares precisam ser escutados em suas demandas por melhorias da qualidade de vida. A ótica conduz o pensamento de que o militar cumpre ordens e pronto, só que são brasileiros, pagam impostos, tem família e passam as mesmas situações da maioria dos brasileiros. Pelo que se vê, o assunto não despertou muito interesse às autoridades. Alvoroçaram-se um pouco, devido aos festejos de momo que está às portas, no entanto, o pós-carnaval poderá trazer consigo os mesmos desmandos no meio militar e se a presidente e governadores não discutirem a questão e não tomarem uma posição sobre o assunto, o risco da omissão, provavelmente poderá trazer num futuro não muito distante, conseqüências imprevisíveis.
Replycoroné, exército na rua, é um pretexto pra implantar uma ditadura petista no PAÍS. Só não vê quem não quer. O povo está anestesiado. Basta ter o bolsa-família, carnaval e BBB. Pode ser a hora que acordem seja tarde demais. Basta decretar estado de sítio já era. A imprensa vendida está do lado da PETRALHADA, pois ganham muita publicidade. Falar pra quê?
ReplyE ainda tem quem acredite que há problemas em São Paulo.
ReplyUma família baiana é minha vizinha faz alguns anos. Não sou nem um pouco preconceituoso, mas se a maioria dos baianos forem como essa família, entendo muito bem por que a gloriosa Bahia de todos os santos chegou neste estado calamitoso.
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