"No artigo de sexta-feira sobre o tratamento ameno que a oposição dá ao ministro Fernando Bezerra,a razão apontada é a expectativa do PSDB de ter o governador Eduardo Campos (PE) como futuro aliado. Cabe acrescentar: Campos é sonho de consumo eleitoral não só dos tucanos, mas de todos os partidos. Será figura central das articulações para a eleição de 2014 e, por isso, alvo tanto de assédio quanto de ataques."
Abaixo, matéria do mesmo jornal intitulada " O moderno coronel que controla o PSD":
O governador Eduardo Campos, padrinho do ministro Fernando Bezerra (Integração Nacional) é jovem, habilidoso, transita entre forças políticas do governo e da oposição e desfila índices de aprovação popular que superam os 80% em Pernambuco com uns olhos azuis que fazem sucesso entre o eleitorado feminino. Mas vista de perto, a imagem de líder moderno se desfaz diante da movimentação típica de um coronel da política que é dono de partido, nomeia parentes e patrocina mudanças casuísticas da lei para permitir a reeleição ilimitada de aliados.
A operação política montada para eleger sua mãe, deputada Ana Arraes (PSB-PE), ministra do Tribunal de Contas da União (TCU) em 2011 jogou luz sobre os métodos arcaicos deste líder de 46 anos de idade, seis deles comandando com punhos fortes o PSB nacional. "O velho (Miguel) Arraes tinha limites em suas práticas coronelistas, o neto não tem nenhum", ataca o adversário mais ferrenho de Campos no Estado, senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), um dos poucos que falam abertamente o que outros concorrentes e até alguns aliados só comentam em conversas de bastidor. O empenho do governador pernambucano para eleger a mãe está longe de ser um ineditismo de apego à própria família. Ele já conseguiu emplacar como conselheiros no Tribunal de Contas do Estado seu primo, João Campos, e um primo de Renata, sua mulher - o atual presidente Marcos Loreto.
Coronelismo à parte, as diferenças entre Arraes e Campos vão para além da idade. Amigos do ex-governador dizem que o neto bem-humorado e de conversa agradável tem muito mais ousadia nas operações políticas que patrocina. Defendem a tese de que Arraes tinha "o limite da institucionalidade". Com o peso do Executivo, a constituição estadual já foi alterada três vezes para permitir seguidas reeleições do presidente e demais cargos da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Pernambuco. Guilherme Uchôa (PDT) assumiu a presidência da Casa em 2007 para um mandato único. Continua no cargo até hoje e, com a força da base aliada de Campos, conseguiu em 2011 uma nova mudança para permitir que concorra novamente.
O resultado na votação mostra a folga de Campos na Assembleia. Foram 38 votos a favor e somente nove contrários. Isso mesmo com uma dissidência na base aliada. O PTB não concordou com a possibilidade de perpetuação de Uchôa. "Nossa constatação foi de que não se pode ficar mudando a constituição a toda hora para atender a alguns interesses", disse o senador Armando Monteiro Neto, presidente do PTB no Estado, ressaltando que a divergência já foi superada.
Campos tem grande proximidade tanto com a principal liderança do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como com o provável nome do PSDB para 2014, o senador Aécio Neves. Aliou-se também a Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo e criador do PSD, e contou com a ajuda destes três personagens para conseguir eleger sua mãe ministra do TCU. O governador é apontado como nome provável em uma chapa presidencial para 2014. Resta saber se a imagem de novidade na política não será afetada com a exposição de práticas atrasadas.
Abaixo, matéria do mesmo jornal intitulada " O moderno coronel que controla o PSD":
O governador Eduardo Campos, padrinho do ministro Fernando Bezerra (Integração Nacional) é jovem, habilidoso, transita entre forças políticas do governo e da oposição e desfila índices de aprovação popular que superam os 80% em Pernambuco com uns olhos azuis que fazem sucesso entre o eleitorado feminino. Mas vista de perto, a imagem de líder moderno se desfaz diante da movimentação típica de um coronel da política que é dono de partido, nomeia parentes e patrocina mudanças casuísticas da lei para permitir a reeleição ilimitada de aliados.
A operação política montada para eleger sua mãe, deputada Ana Arraes (PSB-PE), ministra do Tribunal de Contas da União (TCU) em 2011 jogou luz sobre os métodos arcaicos deste líder de 46 anos de idade, seis deles comandando com punhos fortes o PSB nacional. "O velho (Miguel) Arraes tinha limites em suas práticas coronelistas, o neto não tem nenhum", ataca o adversário mais ferrenho de Campos no Estado, senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), um dos poucos que falam abertamente o que outros concorrentes e até alguns aliados só comentam em conversas de bastidor. O empenho do governador pernambucano para eleger a mãe está longe de ser um ineditismo de apego à própria família. Ele já conseguiu emplacar como conselheiros no Tribunal de Contas do Estado seu primo, João Campos, e um primo de Renata, sua mulher - o atual presidente Marcos Loreto.
Coronelismo à parte, as diferenças entre Arraes e Campos vão para além da idade. Amigos do ex-governador dizem que o neto bem-humorado e de conversa agradável tem muito mais ousadia nas operações políticas que patrocina. Defendem a tese de que Arraes tinha "o limite da institucionalidade". Com o peso do Executivo, a constituição estadual já foi alterada três vezes para permitir seguidas reeleições do presidente e demais cargos da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Pernambuco. Guilherme Uchôa (PDT) assumiu a presidência da Casa em 2007 para um mandato único. Continua no cargo até hoje e, com a força da base aliada de Campos, conseguiu em 2011 uma nova mudança para permitir que concorra novamente.
O resultado na votação mostra a folga de Campos na Assembleia. Foram 38 votos a favor e somente nove contrários. Isso mesmo com uma dissidência na base aliada. O PTB não concordou com a possibilidade de perpetuação de Uchôa. "Nossa constatação foi de que não se pode ficar mudando a constituição a toda hora para atender a alguns interesses", disse o senador Armando Monteiro Neto, presidente do PTB no Estado, ressaltando que a divergência já foi superada.
Campos tem grande proximidade tanto com a principal liderança do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como com o provável nome do PSDB para 2014, o senador Aécio Neves. Aliou-se também a Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo e criador do PSD, e contou com a ajuda destes três personagens para conseguir eleger sua mãe ministra do TCU. O governador é apontado como nome provável em uma chapa presidencial para 2014. Resta saber se a imagem de novidade na política não será afetada com a exposição de práticas atrasadas.
9 comentários
esse papo de politico de conversa agradável eh reprise de um velho filme que já vimos...
ReplyO Velhaco Papudo...
mas eh obvio que só o papo não adianta para convencer as pessoas...
eh preciso ter a chave do cofre...
ai o "charme" e o "papo" se tornam irresistíveis...
Mas o Eduardo Campos é outro socialista. Derrotou o Jarbas Vasconcelos em Pernambuco.
ReplyO Brasil está tão ordinário que essa 'nova' oposição que está surgindo no país também é de esquerda, e são um montante de insatisfeitos que vieram tanto do lado dos governistas como do lado da 'velha' oposição.
Eu não voto em partidinho, em terrorista, em partido que tenha Social,Socialismo, Trabalho ou trabalhador no nome.
Coronel político, o único aceitável é o do Coturno, hehe...
ReplyTem que avisar o coroné Dudu Campos de que, quanto mais alto o coqueiro, maior o tombo.
E o fogo amigo nem começou. Zé Caroço não abriu ainda o cofre caseiro para tirar aquele dossiê, escolhido a dedo, como afirma ter contra todo o mundo no documentário do João Sales sobre lulla...
Cel
ReplySe Eduardo Campos é Padrinho do Fernando Bezerra e o protege. Logo podemos concluir que Eduardo Campos estimula o desvio de verbas publicas para os amigos e apadrinhados. É um PeTralha disfarçado.
Com provas de favorecimento do apadrinhado do Eduardo Campos para com seu filho Bezerrinho o TSE deveria impugnar a candidatura do Bezerra e Bezerrinho para 2012.
Por onde andam no senhores Ministros do TSE que não tomam uma ação contra isso.
CADA POVO TEM OS POLÍTICOS QUE MERECE.
Átila
Será que o PSDB nacional(o de Minas é outra coisa, é propriedade de Aécio) vai se superar na estupidez e se aliar ao PSB e, assim, sacrificar boa parte dos votos conservadores com que conta? Sem dúvida, voto nulo, nem voto útil dá para praticar.
ReplyRonaldo T
Nos dramáticos episódios de constituição do PSD, quando vi o prefeito Gilberto Kassab e o meu líder, grande alma e excelente governador Raimundo Colombo, aproximarem-se do neto do velho esquerdiota Miguel Arraes, cheguei a pensar que seria uma parceria profícua para liquidar com o lulopetismo. Mas o diabo é que ao ver o Traécio mineiro fazendo a mesma coisa e o PSDB sendo posto de joelhos pelos olhos brilhantes do governador Eduardo Campos, precisei mudar de opinião. E quero crer que Kassab e Colombo também estejam fazendo o mesmo. A tal esquerda brasileira é uma droga perigosa, e dela o que mais se tem a fazer é manter distância e empreender o bom combate. Não há outro caminho...
ReplySOBRE A ENQUETE:
ReplyEduardo Campos vice do PSDB, se Serra for o candidato, negociando o fim da reeleição, a ampliação do mandato para 5 anos e o apoio do presidente Serra para ser o seu candidato em 2019.
Pois,eu acho que estão dando importância demais pro sujeitinho,ele não passa de um governador de um estado periférico. Se está inda bem é por conta dos caminhões de dinheiro que o lula despejou lá nos últimos 8 anos. Mesmo assim não conseguem terminar uma refinaria e navios feitos lá se desmancham como na água barquinhos de papel.
Reply"Abaixo, matéria do mesmo jornal intitulada " O moderno coronel que controla o PSD":
ReplyClaro que foi um engano (o que está no Estado é PSB), mas talvez seja bom corrigir para que ninguém possa supor que o moderno coronel é o Kassab.