Cada funcionário público aposentado recebe, em média, um subsídio mensal de R$ 4,2 mil. É o dinheiro que falta para saúde, educação, investimento.

A conta é simples de fazer: divida R$ 56 bilhões por 1,1 milhão de funcionários públicos que se aposentam com rendimentos integrais, mais toda a sorte de penduricalhos criados para engordar o salário. E depois divida pelos 12 meses do ano. O resultado é que cada barnabé aposentado, que recebeu seis licenças-prêmio e toda a sorte de benefícios inalcançáveis ao trabalhador comum, é subsidiado, em média, com R$ 4,2 mil mensais. Sabem quando isso vai mudar? Nunca. Quem faz as leis é beneficiado. Quem cuida do Tesouro Nacional é beneficiado. Quem tem os fuzis e os tanques é beneficiado. Quem aplica as leis é beneficiado. Leia, abaixo, reportagem do Valor Econômico.

Agravou-se em 2011 o déficit do regime de previdência dos servidores federais, uma das principais fontes de desequilíbrio das contas da União. O Valor apurou que o déficit cresceu 10% e encerrou o ano em R$ 56 bilhões. A despesa com o pagamento de benefícios a 1,1 milhão de aposentados e pensionistas do Judiciário, Legislativo e Executivo, incluindo militares, se aproxima de R$ 80 bilhões. Enquanto isso, a receita com a contribuição previdenciária dos servidores foi inferior a R$ 25 bilhões As contas do regime próprio de previdência dos servidores constituem uma preocupação constante para o governo. O déficit de R$ 56 bilhões é bem maior que o esperado para o Regime Geral de Previdência Social (entre R$ 34 bilhões e R$ 36 bilhões), que transfere mensalmente benefícios a 25 milhões de pessoas. Com o dinamismo do mercado de trabalho, a arrecadação do Regime Geral teve crescimento significativo, a ponto de reduzir o déficit em cerca de R$ 10 bilhões em relação a 2010. 

O rombo no regime de previdência dos servidores foi superior ao valor incluído em todo o plano de cortes dos gastos públicos, de R$ 50 bilhões, anunciado no começo do ano passado. Para viabilizar esse plano, o governo teve de sacrificar investimentos. O saldo negativo representou, também, três vezes e meia o gasto anual com o Bolsa Família. O balanço completo das contas da previdência dos servidores será apresentado pelo governo nas próximas semanas. Os dados preliminares, segundo o secretário de Políticas de Previdência Social, Leonardo Rolim, indicam que o aumento de 10% no déficit decorreu da ampliação do número de beneficiários (aposentados). 

O aumento do déficit preocupa porque mais de um terço da mão de obra federal deverá se aposentar nos próximos anos, com salário integral. O projeto que está no Congresso, que institui o fundo de previdência complementar, se aprovado, representará um alívio para essas contas apenas a longo prazo. O governo também enfrenta problemas de sonegação no recolhimento da contribuição previdenciária entre os servidores ativos. O Ministério da Fazenda detectou sonegação em alguns órgãos federais que descontam a contribuição de 11% do servidor e não a repassam à União. Por isso, o ministério publicou nos últimos dias de 2011 novas regras destinadas a ampliar a receita com a cobrança dos 11%. O governo passa agora a responsabilizar o gestor público federal pelo não recolhimento da contribuição do servidor. Isso se aplica, também, a casos em que a contribuição não é descontada.

18 comentários

Desculpa, Coronel.

...não concordo com essa 'perseguição' contra nós.

Estão implicando com os salários dos funcionários públicos, juízes, promotores, que, em sua maioria, trabalham honestamente.

Com todo o respeito, isso é coisa da classe média ressentida, que trabalha como um escravo para a iniciativa privada e recebem uma merreca.

Exijam seus direitos! Não façam o caminho contrário. Sabem quanto deveria ser o salário mínimo? De R$ 2.329,35. Isso é o que um lixeiro, uma faxineira, deveria ganhar.

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Coronel,
Continuo afirmando: O Brasil tem três tipos de câncer maligno, políticos, funcionário publico e sindicalistas, gente que não produz nada e vive nababescamente com o dinheiro de quem produz. E não adianta me vim com aquela máxima de que não podemos generalizar porque tem gente boa. Deve ter sim, mas e uma minoria invisível que não fede nem cheira...

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Coronel,
Continuo afirmando: O Brasil tem três tipos de câncer maligno, políticos, funcionário publico e sindicalistas, gente que não produz nada e vive nababescamente com o dinheiro de quem produz. E não adianta me vim com aquela máxima de que não podemos generalizar porque tem gente boa. Deve ter sim, mas e uma minoria invisível que não fede nem cheira...

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Caro Coronel, permita-me, mais o servidor público não é culpado pelas mazélas e incompetência de alguns governantes, principlamento o que está de plantão. Lembro ao nobre blogueiro, que quando o servidor chega a seu tempo de aposentadoria, já pagou, eu disse já pagou, antecipadamente sua parte, somente os canalhas e traidores da patria é que não querem admitir, o rombo da receita da aposentadoria dos servidores é devido a desvio dessa arrecadação para outros fins pelos terrorista e acéclas que nunca pagaram um centavo de contribuição, mais gostam de usufruir das benesses do governo, tentam de todas as formas ludibriar a boa fé alheia, com mentiras, por isso, afirmo com toda certeza, esse governo que aí está, é o maior embuste da história do Brasil, levaremos no mínino cinquenta (50) anos para concertar essa farra com o dinheiro público, o tempo urge, se faz necessário abrir um processo de IMPEACHMENT e colocar esses corruptos na cadeia. Obrigado e abraço amigo.

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A Previdência Social brasileira - um esquema fraudulento de pirâmide
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=993

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Quem tem os fuzis e os tanques é beneficiado ? Nós temos a nossa própria previdência, nosso plano de saúde e não precisamos do dinheiro do governo para bancar nada. Pagamos 10% por mês para custear nossa aposentadoria. Aliás, todo trabalhador digno deveria aposentar com salário integral. Não vamos nivelar por baixo, Coronel.

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Coronel, vc fez a conta errada. O valor é MUITO MAIOR. Os 56 bi foram de DÉFICIT, o valor gasto no total foram 80 bi.

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Apenas algumas informações para sua análise:
- os servidores federais do Executivo não têm direito a licença-prêmio desde 1998.
- esses funcionários pagam 11% de seu salário INTEGRAL, todo mês, para a previdência.
- portanto, quando um servidor federal do executivo se aposenta, ele já pagou MUITO MAIS do que um trabalhador da iniciativa privada, com rendimento equivalente.

A questão do déficit anual deve ser investigado. Mas não por causa da aposentadoria dos servidores. Deve haver outros "furos"...

Walter Neves

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Coronel, GARANTO que eles ainda acham pouco.
Agora, olhemos para a qualidade dos serviços públicos...

Não dá pra generalizar? Dá sim. O que um competente faria no meio de calhamaços de legislação e um bando de incompetentes?

Essa gente não se faria na iniciativa privada. Nunca.

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Conto nos dedos do Lula os bons funcionários públicos que conheço.

A maioria é uma cambada de corporativistas, isto sim.

Odeio lidar com FP porque já fui maltratado, mal atendido, assediado moralmente e já sofri represálias. Talvez por ser eu apenas um cidadão honesto e trabalhador, mero contribuinte.

Gozado, isto raramente acontece na iniciativa privada, pelo menos comigo.

FP é o pior exemplo de trabalhador que tenho. Não os defendo por princípio.

FP só tem o dever de servir bem a população, nada mais. Então, se os corporativistas do funcionalismo público estão descontentes com o trabalho, podem ir trabalhar na iniciativa privada.

Ninguém os obriga a ser FP. Então os direitos devem ser iguais aos dos trabalhadores mortais.

Agora, vir aqui no blog os 'espertos' dizer que os trabalhadores da iniciativa privada é que devem lutar pelos seus direitos... Ah, isto é demais. É o cúmulo do corporativismo.

E o desgoverno conta com esses tonton macouts travestidos de servidores públicos para defendê-lo, oferencendo regalias e regalos na forma de benefícios legais.

Já pensaram se esta nação tupiniquim se tornar um totalitarismo de esquerda fajuta?
Todos nós seremos FP do partido. Que desgraça!

A Grécia já foi pra cucuia como o país mais ineficiente do mundo. Também, tem mais FP que gente trabalhando...

Luto pela dignidade do funcionalismo público, mas é uma batalha inglória.

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Concordo que os funcionários públicos são péssimos. A maioria nem deveria estar lá, seja por qual salário for.

Mas quanto aos salários, não é o governo que tem que diminuir , é a iniciativa privada que tem que pagar melhor seus funcionários.

Os empresários milionários nadam em fortunas enquanto os funcionários parcelam um carro em 70 vezes.

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Discordo da análise dos "privilégios" de funcionários públicos.

Eu sou militar, não possuo carga horária semanal, não recebo horas extra, não tenho direito à greve e nem mesmo à reivindicações públicas de correção salarial, além de que, em caso de necessidade, sou OBRIGADO a me deslocar, sabe-se lá por quanto tempo, para trabalhar em situações de emergência (em tempos de guerra ou de paz).

Além disto, tenho um compromisso publico, oficializado como juramento em solenidade oficial, de ter que dar minha vida caso seja necessário.

Não tenho direito a gratificações por tempo de serviço, licenças prêmio, quinquenios, etc.

Além do mais, promoções são quase simbólicas, sendo que ocorrem, em média, a cada 6 anos, e implicam em míseros 150 reais.

Quanto ao fato de receber, após 30 anos de serviço (35 para os mais jovens), deve-se, também, ao desconto de 11% sobre o TOTAL de meus rendimentos (e não sobre o valor da aposentadoria, como os trabalhadores privados), sendo que, ainda, após a aposentadoria, o desconto permanece (também ao contrário dos aposentados da iniciativa privada).

O blogueiro mostra-se, neste assunto, desinformado, e aparenta um certo rancor.

Lembro que, se este for o caso, concursos públicos estão abertos a qualquer cidadão que preencha as qualificações necessárias, sendo que, pela diversidade de cargos, com certeza existem vários que poderiam ser preenchidos pelo colunista.

Para encerrar, lembro que 11% de desconto sobre a folhda de pagamento, durante 30 anos ou mais, torna o sistema previdenciário de servidores públicos SUPERAVITÁRIO. Caso o governo simplesmente transferisse os servidores para o INSS, o sistema teria um rombo muito maior.

Ou você acha que a arrecadação deveria continuar em 11% sobre O TOTAL dos rendimentos, mesmo com os servidores ganhando aposentadoria igual ao teto do INSS?

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Coronel, o sr. como militar aposentado também não recebe salário integral?

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Coturneiro de 6 de janeiro de 2012 16:59

nosso Coronel não é coronel!

Você é novo aqui no Coturno?

FLor Lilás

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O blogueiro, nosso coronel, fez uma boa coisa, que foi incitar à discussão do tema. Uns comentaristas foram mais contidos, outros não, mas todos com educação, sem ofensas pessoais, então dá gosto de ler e de comentar.

A questão principal a meu ver é que o trabalhador merece ganhar pelo que produz - princípio do capitalismo que os comunistas e afins odeiam -, e é uma questão de mérito, a meritocracia, que não existe em princípio no socialismo.

Quem regula os salários no capitalismo é o mercado. Se a sociedade é democrática, com bom funcionamento dos poderes, o capitalismo é o mais sadio possível e a meritocracia pode ser exercida plenamente, observando-se os preceitos sociais e morais elegidos por essa sociedade.

O ponto fundamental que vejo é que as discrepâncias entre os salários dentro do funcionalismo público podem ser os mesmos entre os assalariados do mercado privado, mas o rendimento pelos serviços, não.
A produtividade do funcionalismo está aquém da produtividade do trabalhador do setor privado com o mesmo salário médio. Muitos podem pensar: não valem o sal que comem? Uns valem, outros não.

Mas no geral os serviços públicos oferecidos por esses agentes são péssimos, então são caríssimos. Dinheiro jogado fora, independente do quanto à sociedade paga por eles - se não pagasse nada ainda seria caro.

No setor privado, sem meritocracia geralmente as empresas quebram, vão à falência. No setor público, isso nunca acontece, o que é péssimo. A sociedade paga caro pela ineficiência e pior: pelo prejuízo.

O corporativismo é uma forma de se perpetuar a sinecura, mesmo quando os assalariados públicos estão insatisfeitos, porque o setor privado pode não oferecer certos prerrogativas, como estabilidade empregatícia. Ou seja, na iniciativa privada, tanto os investimento quanto os empregos são mais arriscados. O lucro por isso é a produtividade.

No setor público: Por que vou ser eficiente e eficaz se tenho emprego garantido? O corporativismo assegura.

No setor privado: Vou ser o mais eficiente e eficaz possível porque não tenho emprego garantido. A meritocracia é o caminho.

Isso quer dizer que o funcionalismo público é o sonho de consumo dos trabalhadores. Mas o pior é que os concursos públicos, em quaisquer níveis, não garantem a meritocracia do concursando. Já fui do ramo e não coloco a mão no fogo por concurso público nenhum.

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Isso mesmo, rouba dos velhos pois eles nao podem reagir. Parabens pela ideia.

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Coturnistas fizeram o diagnóstico correto, o erro está nas alíquotas de contribuição para os salário menores que baixou de 20 para 7,5% para quem ganha o salário mínimo.
Este não é o pior pois 99% dos que hoje ganham SM nunca contribuíram com um centavo, aposentaram-se por idade, pelo Funrural apresentando 90% deles recibos de compra/venda de insumos agrícolas, atestados de "patrões" que dão até 30 anos de tempo para aposentar, quem trabalha e paga a previdência, começará a pagar pelo salário máximo de 4000 reais e a média dos últimos 5 anos ficará perto dos 3.400 reais.
A previdência individual em conta bancária específica para aposentadoria, diferente da previdência privada não tem perdas para pagar o lucro do proprietário da previdência privada (bancos).
Quem gere seu próprio dinheiro e o mantem em fundos ( liberdade de movimentar o dinheiro desde que o mantenha no sistema bancário e não possa ser sacado exceto quando o prazo mínimo passar, de 30 a 45 anos de aportes mensais de 30% do salário, livres do IR.
O SUS deveria ter planos mais diferenciados a quem pagar por fundo de saúde estatal, a diferença seria na hotelaria ( hospital) e escolha de médico mais livre.
Homem pagaria menos por jamais ter que fazer mamografias e partos e vivem sete anos menos que as mulheres e aposentam-se 5 anos mais tarde ( são 12 anos menos de cobertura do "INSS seguro-saúde" e custaria a metade dos fundos privados e ainda teria equilíbrio orçamentário, sem visar lucro.

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Não entendo esse ressentimento todo contra quem escolheu dedicar a vida ao serviço público, seja como burocrata, professor, médico, enfermeiro, técnico, juiz, promotor, diplomata, gestor, analista, militar, ou auxiliar administrativo.
Sou funcionário público com orgulho, ganho um salário razoável, contribuo com 11% do meu salário para previdência, não tenho licença prêmio nenhuma, pois foi substituída pelo licença capacitação há tempos, E TRABALHO MUITO.
Um dia a máquina pública deveria parar só por 24 horas pra muito FDP que comenta aqui dar valor ao serviço público, ao guarda de trânsito,ao policial, ao professor, ao médico, ao enfermeiro, ao juiz, ao promotor, ao defensor público, a todos os servidores da administração direta e indireta que estudaram pra passar em um concurso público e procuram sempre se capacitar para melhor atender. O serviço não é perfeito e nunca será, pois é feito por homens e mulheres, mas tentar colocar os males do Brasil nas costa do trabalhador, sim, trabalhador público é de uma leviandade tremenda.
Menos leviandade, colegas, menos!
Eu não acho um absurdo o servidor público se aposentar com salário integral, absurdo é o trabalhador da iniciativa privada não ter esse direito. Portanto, antes de comentar e falar mal dos direitos (e não privilégios) dos servidores públicos, tomem um remedinho contra dor de cotovelo e a inveja e procurem ter os mesmo direitos e não tirar daqueles que realmente trabalham, e muito, pro Brasil ter saúde, educação e segurança, pois não são os políticos e nem vocês que atendem no hospital, dão aula, patrulham as ruas, fazem a máquina funcionar, não, somos nós servidores públicos, que muitos aqui odeiam.
Menos inveja também, colegas, menos!
E respeito por aqueles que já se aposentaram. Respeito.

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