Diante do impasse da 'não candidatura' tucana para prefeito de São Paulo, os principais líderes do PSDB já trabalham com o cenário em que o partido, como em 2008, nem sequer passa para o segundo turno da disputa. Nos bastidores, já é tratado com naturalidade o apoio do PSDB a outras siglas numa segunda etapa da eleição, em troca de aliança para reeleger o governador Geraldo Alckmin em 2014. Na última semana, o Estado conversou com os principais líderes do partido. A maioria deles admite, reservadamente, que o quadro eleitoral é dramático. A situação se deteriorou após o PT ter formado, há cerca de dez dias, uma unidade, ainda que polêmica internamente, em torno do nome do ministro Fernando Haddad (Educação) como o candidato do partido.
Com o quadro pouco favorável, os principais aliados de Alckmin, nas reuniões políticas no Palácio dos Bandeirantes, começaram a desenhar a estratégia eleitoral de 2012 de olho na disputa para o governo do Estado em 2014. Apesar das declarações oficiais de que a eleição está distante, a principal preocupação do PSDB paulista hoje é reeleger Alckmin daqui a três anos. A avaliação dos caciques tucanos é de que os pré-candidatos do PSDB - os secretários Andrea Matarazzo (Cultura), Bruno Covas (Meio Ambiente) e José Aníbal (Energia) e o deputado Ricardo Tripoli - não unem o partido. Além disso, nenhum dos quatro traz o PSD, do prefeito Gilberto Kassab, que tende a lançar candidato próprio, criando mais dificuldade no front tucano. O ex-governador José Serra amarraria o PSD numa aliança, mas o tucano não quer se candidatar, apesar dos reiterados pedidos para entrar na disputa. Sem Kassab, a situação se complica. O partido fica sem discurso, avaliam os tucanos, e tende a repetir o erro de 2008, quando Alckmin não chegou ao segundo turno, após uma campanha que foi sufocada pelo discurso da oposição, com o PT de Marta Suplicy, e do governo, com Kassab. Um candidato kassabista, como o vice-governador Guilherme Afif Domingos ou o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, teria potencial ainda de angariar votos no eleitorado mais conservador que vota no PSDB, dizem os tucanos.
Outro complicador apontado no PSDB é o fator Dilma Rousseff: o crescimento da popularidade da presidente na classe média a tornaria um cabo eleitoral até mais forte que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em recente reunião para discutir a perspectiva eleitoral entre os líderes do PSDB no Estado, foi colocado em pauta o cenário em que o PSDB não passa do primeiro turno. A avaliação geral foi de que o melhor quadro para Alckmin seria, então, um segundo turno entre Haddad e o deputado do PMDB, Gabriel Chalita, o que daria condições para os tucanos negociarem o apoio ao parlamentar em troca de uma aliança com os peemedebistas na reeleição do governador em 2014. Mas há, entre os aliados de Alckmin, dúvidas sobre a candidatura de Chalita, já que Lula fará articulações para que o PMDB desista de lançá-lo, e também em relação ao fôlego do parlamentar numa eventual disputa. A ênfase em 2014 também levou os tucanos a deixar as 'portas abertas' para o PSB e o PDT. Ambas as legendas receberam sinais de que uma aliança em 2012 significa um entendimento mais amplo, que passa pela reeleição de Alckmin. As prévias entre os quatro pré-candidatos estão marcadas para janeiro, mas a ideia é jogá-las para, pelo menos, março. Até lá, há um grupo que espera convencer Serra a entrar na disputa. Outro que trabalha para o apoio ao candidato de Kassab. Se nenhuma das alternativas funcionar, o PSDB tentará viabilizar um dos pré-candidatos, mas com o foco na eleição de 2014. (Do Estadão)
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Mas sempre tem aqueles que defendem os seus próprios interesses , como Pedro Tobias, sabe-se lá quem é este senhor, que preside o PSDB paulista e que não enxerga um palmo além da cidade. Veja abaixo:
Qual o cenário que o sr. vê para o PSDB em 2012?
É o melhor possível. Temos um governador bem avaliado.
E na capital?
Há novidade para todo mundo. A única coisa é se (José) Serra sair candidato. Aí terá um candidato testado. Se não, o PT pode ir para frente ou não. O (Gabriel) Chalita, mesma situação. Temos candidato novo também.
A direção do PSDB já admite a possibilidade de não chegar ao segundo turno?
Não, não, não. Quem está passando essa informação é fofoqueiro e inimigo do PSDB.
O PSDB pode abrir mão de lançar candidato próprio?
Não. O próprio discurso do Alckmin, quatro anos atrás, era o de que da fundação do PSDB até hoje nunca uma eleição em São Paulo deixou de ter o número 45. Não tem possibilidade nenhuma.
Apoiar o PSD de Gilberto Kassab é uma opção?
Não. Sou contra e de forma taxativa. Na eleição passada (2008), brigamos sozinhos. Meia dúzia com o Geraldo, e saímos com o 45. Dessa vez vamos ter o apoio do governador, do partido. Dessa vez, quem não apoia o candidato do partido, melhor sair do partido. Como presidente do partido, coloco no Conselho de Ética no dia seguinte.
Algum dos pré-candidatos tucanos pode empolgar o eleitorado?
O (Fernando) Haddad pode empolgar? O Chalita pode empolgar? É a mesma coisa. Eu acho que vamos empolgar, sim.
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Mas sempre tem aqueles que defendem os seus próprios interesses , como Pedro Tobias, sabe-se lá quem é este senhor, que preside o PSDB paulista e que não enxerga um palmo além da cidade. Veja abaixo:
Qual o cenário que o sr. vê para o PSDB em 2012?
É o melhor possível. Temos um governador bem avaliado.
E na capital?
Há novidade para todo mundo. A única coisa é se (José) Serra sair candidato. Aí terá um candidato testado. Se não, o PT pode ir para frente ou não. O (Gabriel) Chalita, mesma situação. Temos candidato novo também.
A direção do PSDB já admite a possibilidade de não chegar ao segundo turno?
Não, não, não. Quem está passando essa informação é fofoqueiro e inimigo do PSDB.
O PSDB pode abrir mão de lançar candidato próprio?
Não. O próprio discurso do Alckmin, quatro anos atrás, era o de que da fundação do PSDB até hoje nunca uma eleição em São Paulo deixou de ter o número 45. Não tem possibilidade nenhuma.
Apoiar o PSD de Gilberto Kassab é uma opção?
Não. Sou contra e de forma taxativa. Na eleição passada (2008), brigamos sozinhos. Meia dúzia com o Geraldo, e saímos com o 45. Dessa vez vamos ter o apoio do governador, do partido. Dessa vez, quem não apoia o candidato do partido, melhor sair do partido. Como presidente do partido, coloco no Conselho de Ética no dia seguinte.
Algum dos pré-candidatos tucanos pode empolgar o eleitorado?
O (Fernando) Haddad pode empolgar? O Chalita pode empolgar? É a mesma coisa. Eu acho que vamos empolgar, sim.
13 comentários
Continuem acreditando que vão se livrar do PT pelas ações do PSDB. Não entendo como esse troço arrebanhou 44 milhões de votos. Cai fora desse jazigo Serra.
Replymas como eh lerdo esse partido...
Replyenxergam tardiamente coisas que já são obvias ha muito tempo...
oh partidinho marcha-lenta!
A grande verdade é que o grupo do Alckmin pensa como o Pedro Tobias, eles são altamente revanchistas e não perdoam até hoje o fato do Serra ter apoiado o Kassab em 2008 contra o Alckmin, que participou de teimoso. Vai prevalecer a vontade do governador e seus seguidores. Eles vão apresentar um candidato, que não vai nem para o segundo turno, dai eles fazem uma aliança visando o retorno em 2014, para a reeleição do governador.
ReplySe continuar assim, o PSDB será um partido em extinsão.
ReplyCulpa de quem ?
Da liderança tucana, principalmente de FHC, Aécio, Tasso, Guerra e Alckmin, que não querem fazer oposição ao PT.
Logo, não existe uma bandeira, um rumo neste partido.
Serra mude de partido, vá para o PSD enquanto ainda dá tempo.
Coronel, essa é quentíssima. É para passar na cara dos Aécistas...
ReplyO PSDB encomendou uma pesquisa em Minas Gerais sobre as eleições de 2014. Foi publicada pelo Jornal Hoje em Dia, na quarta-feira (16/11).
Vejá só uma coisa Coronel,
Aécio teria 45,1 % da preferência dos mineiros contra 34,8% da presidente Dilma. O mineiro venceria com uma diferença de apenas 10 pontos em seu próprio estado.
Agora imagine a surra que o PSDB vai levar em São Paulo e no sul do país se o candidato for o Aécio.
levaram 44 milhoes de votos porque eram a unica alternativa ao petismo, mesmo que de mentirinha...
Replyimpressionante eh que esse bando de tapados ainda nao conseguiu fazer a leitura correta do resultado das ultimas eleições...
mesmo sendo um partido dúbio, sem fazer oposição alguma, cagão para falar as coisas certas, conseguiu receber 44 milhões de votos de eleitores insatisfeitíssimos com os petistas...
imaginem se fosse um partido aguerrido, que fizesse politica de verdade, que eh mostrar ao eleitor as falcatruas petralhas...
mas eles acham que não...
ainda insistem na tese de querer arrebatar votos petralhas, coisa que nunca acontecera, pois petralha eh sempre petralha...
e alem dos 44 milhoes de votos, muito gente deixou de votar por achar que esse partideco de políticos frouxos não fez por merecer o seu voto e então resolveu votar na cara-de-pau-de-mogno ou simplesmente ignorar as eleições...
Mas não acredito que depois das lições de Martaxa,Supla e Tiririca os paulistanos irão votar no Haddad ou PMDB,se forem burros os suficientes aí terão o que merecem,afinal com exceção das ditaduras cada povo tem o governo que merece ou escolhe.
ReplyAcho Andrea Matarazzo um excelente nome para o PSDB,empresário carismático e bem sucedido,conhece bem SP.
ReplyA mitomania e os fatos
Reply21/11/2011 Por joseserra comente Em entrevista dada à TV UOL na semana passada, Ciro Gomes, depois de manifestar seu preconceito contra São Paulo e contra o Rio de Janeiro, afirmou, de modo meio desconexo, como é de seu feitio, o seguinte:
“O Serra, por exemplo, na Constituinte, cercou a Zona Franca de Manaus de restrições até ficar o sinal de que queria acabar. Desmontou o sistema de incentivos fiscais que compensariam o Nordeste das assimetrias competitivas. Briga com o Centro-Oeste e tal. Hoje, eu estou falando hoje… Porque o cara quer ser presidente da República e governava São Paulo e fazia dessas. Então essa é a questão prática.”
Esses fatos que ele menciona jamais aconteceram. Qualquer interessado pode pesquisar os anais da Constituinte ou a imprensa da época. Não encontrará nada do que ele diz a meu respeito. Não apresentei uma só emenda, não votei em uma só proposta, não proferi um só discurso com aquele conteúdo. E olhem que eu tinha certo peso na Constituinte, já que fui o relator dos capítulos sobre “Orçamento, Tributação e Finanças” e o parlamentar que obteve o maior índice de emendas aprovadas à nova Carta.
A Zona Franca de Manaus na Constituinte só ganhou sinal de maior fôlego, com um dispositivo que garantiu sua existência por mais 25 anos, posteriormente prorrogados. Isso decorreu de iniciativa liderada pelo relator geral da Constituinte, Bernardo Cabral. Ou seja, aconteceu exatamente ao contrário do que Ciro disse, ignorando a história e até mesmo a Constituição – bastaria que ele tivesse lido o artigo 40 das Disposições Constitucionais Transitórias.
Sobre o Nordeste, a verdade também está no avesso do que afirmou Ciro Gomes. O sistema de incentivos fiscais que beneficiava o Nordeste e outras regiões menos desenvolvidas permaneceu intocado. Na condição de relator, incluí na Constituição os dispositivos que criaram um grande fundo de desenvolvimento para o Norte, o Nordeste e o Centro Oeste, formado por 3% da arrecadação anual do IPI e do Imposto de Renda. Esse dinheiro deveria ser aplicado na iniciativa privada pelo Banco do Nordeste, pelo Banco da Amazônia e, no caso do Centro-Oeste, que não tinha banco regional, pelo Banco no Brasil.
Mas a verdade pode ainda ser mais detalhada, o que escancara a inverdade contada por Ciro Gomes: no relatório final da Comissão de Sistematização da Constituinte, esse fundo, aprovado pela minha comissão, foi desfeito. Inconformado, apresentei, então, Emenda em Plenário — a ES 34.213-4, de 5 de setembro de 1987—, conseguindo restabelecer o texto da Comissão de Orçamento, Tributação e Finanças.
Como fica evidente, a verdade está de um lado, Ciro Gomes está de outro; de um lado, estão os fatos; do outro, a imaginação fértil deste senhor, especialmente quando se refere a mim. Às vezes, suspeito que seja um caso clínico.
Quando um tucano come m&rd@ ele k@g@ o bico, ou K@g@ m&rd@?
ReplyEntão por que falar m&rd@?
Vai catar coquinhos na mata.
vamos perder sao paulo porque o serra está sem vontade de disputar? é isso?
ReplyAqui em São Paulo temos bons nomes, sim.Guilherme Affif, Andrea Matarazzo, José Anibal, Duarte (líder do PSDB na camara), etc.Êles precisam se unir e pensar o melhor para São Paulo.Uma vez decidido, parar com as picuinhas e começarem a trabalhar.
ReplyBruno quem???
ReplyAnibal do quê?
Ricardo de onde?
Os tucanos têm aquela tendência chique ao suicídio, não é? Vão conseguir.
Além do mais, todo mundo sabe que o amigo do peito mesmo do Alckmin é o Chalita.