Código Florestal: dia decisivo.

Hoje o petista Jorge Viana (PT-AC), da turma da Marina Silva, lê o relatório consolidado nas demais comissões, na de Meio Ambiente do Senado. Está tentando sair de bem com todo mundo. Existem impasses que, se não forem resolvidos no Senado, serão decididos por ampla maioria na Câmara. A presidente da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu (PSD-TO), vê com descrédito os incentivos econômicos que o novo Código trará para facilitar o processo de regularização. "Isso é coisa para Suíça", ironiza ela, que representa os ruralistas nos debates no Congresso. A entrevista foi concedida ao O Glob.

Quais são os principais pontos do código que ainda geram problema?
KÁTIA ABREU: Atualmente, o único ponto de discórdia é a produção nas margens de rios. Ou seja, a consolidação de áreas produtivas em margens de rios. Não estou falando de agricultura extensiva, de plantação de soja. Essa agricultura não vai morrer por causa de cinco metros ou dez metros. Agora, um pequeno produtor pode morrer.

A solução para o impasse seria tirar a proteção das matas ciliares?
KÁTIA: A mata ciliar é de uma importância vital, mas ela não pode virar um santuário. Eu faço um comparativo com a APP de morro, no Rio de Janeiro. É bom morar no morro? É péssimo. É irreversível? É, não vão tirar a Rocinha de lá. Nessa hora, pra nós, é igual. Nós também temos a consciência de que a mata ciliar é importante, mas não dá para tirar essas pessoas que estão lá há centenas ou dezenas de anos.

Qual a sua expectativa em relação ao parecer do relator sobre o novo código?
KÁTIA: Estou ansiosa para ler o texto do relator. Não quero radicalizar, mas vou tentar convencer a todos do óbvio: o Brasil não é uma maquete eletrônica, que você pode tirar pessoas automaticamente.

E quanto aos produtores que tiverem de replantar a mata ciliar que desmataram?
 KÁTIA: Eu vou fazer um convite para você: vamos fazer um viveiro de plantas nativas em cada estado do país, porque não tem. Vai valer mais do que cocaína.

Como a senhora avalia a atuação do senador Jorge Viana na relatoria?
 KÁTIA: O Jorge Viana é bacana, tem sido muito educado, mas precisa parar de ter medo do óbvio: ele tem medo de dizer que vai poder consolidar as áreas produtivas e ficar marcado para sempre. Por que pegar essa relatoria se não dá conta de fazer o óbvio? Essas matérias complexas só deveriam ser conduzidas por quem tem coragem de fazer.

4 comentários

"Por que pegar essa relatoria se não dá conta de fazer o óbvio?"

ahahahaha...

essa a minha presidente!!!

chamou o petista de cagão na lata!

igualmente o nome do disco de uma banda de reggae brasileira chamada Maskavo Roots: "Se Nao Guenta, Por Que Veio?"

a senadora eh educadíssima, porque ela sabe que petralha bacana "no ecsiste"...

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Coronel,

que criatura sensacional.
Mulher corajosa!

Siga em frente Senadora Kátia Abreu!

Um dia a sra será nossa presidente!

Flor Lilás/PR

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Coronel, os petralhas têm que tomar cuidado com o MST pois eles são contra até de APP em áreas íngremes e improdutíveis como montanhas e o nível de vazante do rio ( várzea da seca ) e se aferram em índices de produtividade que não levam em conta a existência de reserva legal e APP.
Dividem a quantidade produzida pela área total da fazenda, e se o resultado for menor que o índice de produtividade que o Incra e o IBGE fazem para a região, eles invadem a área por ser improdutiva.

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O Jornal Nacional da Globo disse que a presidente vetou na prática na íntegra o código florestal ao exigir o adiamento para maio da discussão da proposta, pois mandou em regime de urgência urgentíssima a DRU e depois em março a discussão dos royalties do petróleo do pré-sal, tema caro para líderes petralhas como sérgio cabral, nomes em minúsculas pois petralhas são substantivo comum ( animal, planta, nome que não é próprio ).
Acho que deveríamos fazer uma nova reforma na língua portuguesa e criar como no inglês um gênero neutro ou dos animais ( it is... ).
Aqui seria ( isto é ...) e usado a bichos, animais domésticos e também aos petralhas, o burro é bicho.

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