A manchete mentirosa de hoje vai para o jornal Valor Econômico, para a matéria intitulada "Texto de Luiz Henrique para Código Florestal é rechaçado por ambientalistas". Leiam o texto e encontrem elementos justificar a manchete:
A nova versão do Código Florestal proposta pelo senador Luiz Henrique (PMDB-SC) divide o texto aprovado na Câmara dos Deputados em duas partes - a permanente, para regular o direito ambiental para o futuro, e a transitória, que busca regularizar o que foi ilegalmente feito nas propriedades rurais até 22 de julho de 2008. O projeto, negociado com o governo, inclui um parágrafo no artigo 8º deixando claro que "não haverá, em qualquer hipótese, nenhum direito à regularização de futuras intervenções ou supressões de vegetação nativa, além dos previstos nesta lei". A proposta torna os manguezais como bem a ser protegido nas áreas permanentes e propõe que o governo apresente, em 180 dias, um Programa de Incentivo à Preservação e Recuperação do Meio Ambiente.
O pemedebista apresentou ontem seu parecer em reunião conjunta das comissões de Ciência e Tecnologia (CCT) e de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado. Os senadores pediram vista coletiva (tempo para analisar a proposta) e a votação nas duas comissões ficou marcada para o dia 8 de novembro. Poderão apresentar emenda até o dia 1º. Para Mário Mantovani, da SOS Mata Atlântica, Luiz Henrique "não mudou nada substantivo em relação ao projeto da Câmara e continua ruim". Um dos questionamentos de ambientalistas é a data para a consolidação dos desmatamentos: 2008.
O relatório é o primeiro do Senado que analisa o mérito da reforma do Código Florestal. Antes da votação em plenário, a proposta ainda será analisada pela Comissão do Meio Ambiente (CMA), cujo relator será Jorge Viana (PT-AC). Ele está trabalhando em parceria com Luiz Henrique, mas afirmou ontem que ainda há vários aperfeiçoamentos a fazer no texto. Entre outras coisas, ele pretende dar tratamento diferenciado para a agricultura familiar e o pequeno produtor.
Nas disposições transitórias, Luiz Henrique mantém os Programas de Regularização Ambiental para resolver o passivo ambiental, que terão normas gerais definidas pela União e específicas, pelos Estados e Distrito Federal. Quem estiver em situação irregular quanto à área de preservação permanente e reserva legal poderá aderir ao PRA, com o compromisso de recomposição das áreas desmatadas irregularmente. Serão suspensas sanções a infrações cometidas antes de 22 de julho de 2008.
O substitutivo mantém autorização à continuidade de atividades agrossilvopastoris, ecoturismo e turismo rural em APPs consolidadas até 22 de julho de 2008, como previsto pela Câmara. Luiz Henrique inseriu o conceito de manguezal entre os bens ambientais a serem protegidos, abrangendo apicuns e salgados. Nas disposições finais, o pemedebista colocou artigo prevendo que a União, Estados e o Distrito Federal elaborem em conjunto o Inventário Florestal Nacional, "para subsidiar a análise da existência qualidade das florestas do país, em imóveis privadas e terras públicas".
8 comentários
Coronel,
Replye haja dinheiro para irrigar os cofres dessa imprensa comprada. As ONGs internacionais ambientalistas, financiada pelas grandes empresas que não querem concorrência do Brasil no agronegócio, querem barrar o Código a qualquer preço.
Sabe o que eu acho especialmente ruim, Coronel?
ReplyAmbientalismo é bom? Sem dúvidas. Mas o que eu acho impressionante é a obtusidade de pensamento dos mesmos. E, no "saco" do ambientalismo, coloco também os artistas que tomam partido em vídeos como os de Wagner Moura. Outra obtusidade, é o fato dos ambientalistas acharem que o fato de um artista estar falando ter um peso maior. Artista e intelectual são coisas bem diferentes.
A gente nasce e cresce ouvindo falar: preserve o verde. Concordo, e muito. Mas a questão aqui não é preservacionista, visto que visa apenas garantir a posse e uso da terra que já está adquirida. Usam da pouca informação, causada pela falta de vontade do brasileiro em saber o que rola em seu país, para bradar a velha discurseira do latifundio, coisa que, hoje em dia, não existe mais.
Ninguém também presta atenção na reserva legal, na fronteira agrícola, no fato do desmatamento ter aumentado em áreas de assentamentos, do fato de Lula ter liberado para regularização de terras griladas na Amazônia, a 2.99 o hectare, por exemplo.
Mas digo: não passarão. E outra coisa, me impressiona que a referida obtusidade também seja bradada pela imprensa. Mas aí, em tempos de internet, achamos o motivo: notícia boa não vende jornal.
A coisa é tão descarada, absurdamente mentirosa, que ontem Reinaldo Azevedo fez questão de comemorar, finalmente, UMA notícia correta do G1 acerca do Código Florestal.
ReplyNo 1984, pesadelo de George Orwell, as notícias são reescritas continuamente, em função dos interesses do dia. No Brasil, em termos de meio ambiente, as notícias todas já estão escritas de antemão. E sempre mentirosas.
Coronel,
ReplyPergunta: Os "ambientalistas" são os donos da verdade???
Resposta: o Steve Jobs era vegetariano radical. Morreu de cancer antes dos 60 anos!!!
Moral da história: Radicalismo não faz bem a saúde!!!!!!!
JulioK
Nossa, dá trabalho defender esse código florestal, hein? Você está justificando bem o seu salário de puxa saco.
ReplyParticipo do site http://www.votenaweb.com.br/ e tive que votar não p/ um projeto que preve ensino ambiental nas escolas públicas. Apesar de ser interessante, me preocupa a atitude radical dos ambientalistas que podem formam um bando de ambientalóides suicidas. Tragicomico.
Reply"...inseriu o conceito de manguezal entre os bens ambientais a serem protegidos, abrangendo apicuns e salgados"(...)
Replyapicum
s. m.
[Brasil] Terreno alagadiço, formado à beira-mar pelos resíduos das enchentes. = APICU
Coronel,
ReplyRato de esgoto 26 de outubro de 2011 11:11
Flor Lilás/PR