O ministro do Esporte, Orlando Silva, autorizou de próprio punho uma medida que beneficiou uma organização não governamental do policial militar que hoje o acusa de comandar um esquema de desvio de dinheiro público. Em julho de 2006, Orlando assinou um despacho que reduziu o valor que a ONG de João Dias Ferreira precisava gastar como contrapartida para receber verbas do governo, permitindo que o policial continuasse participando de um programa do ministério. A medida foi autorizada mesmo depois de auditorias internas terem apontado os primeiros indícios de fraude nos negócios do policial com o ministério, num período em que ele ainda mantinha relação amistosa com o governo.
Os documentos obtidos pela Folha são os primeiros a estabelecer uma ligação direta entre Orlando e o policial. O ministro está no centro de uma crise há dez dias, desde que Ferreira afirmou que os desvios nos convênios das ONGs com o Esporte serviam para alimentar os cofres do PC do B, partido que controla o ministério desde 2003. Orlando diz que não conhece o policial e o acusa de mentir para se defender contra as cobranças que passou a sofrer mais tarde para devolver os recursos que suas ONGs receberam do governo. Em julho de 2006, Orlando assinou um ofício que reduziu exigências e fixou em 6% a contrapartida da Associação João Dias num convênio com o ministério do Esporte.
O percentual era inferior ao que vinha sendo exigido pela pasta nos contratos com outras ONGs do Distrito Federal, que na época tinham que entrar com 30% em média, de acordo com levantamento feito pela Folha.Era mais baixo, até mesmo, do que a contrapartida exigida pelo Esporte no primeiro convênio assinado com outra ONG do policial (Federação Brasiliense de Kung Fu). Firmado um ano antes, em 2005, esse contrato previa índice de aplicação de recursos, por parte da entidade, de 22%. O primeiro convênio do policial com o ministério foi reprovado pela área de fiscalização da pasta em abril de 2006, três meses antes de Orlando assinar o despacho que ajudou o policial a ganhar outro convênio com o governo.
A fiscalização do ministério constatou várias irregularidades na execução do primeiro convênio e vetou sua renovação. Para contornar o problema, o policial reapresentou o projeto com outra ONG, a Associação João Dias. O documento obtido pela Folha mostra que Orlando liberou o novo convênio e definiu a contrapartida menor, de 6%. É uma prerrogativa do ministro conceder ou não esse tipo de benefício para as ONGs nesses casos. Em seu despacho, Orlando argumenta que fixou a taxa em 6% para atender a uma sugestão da área técnica do ministério, mas o parecer dos técnicos não faz nenhuma sugestão e diz apenas que o ministro tinha autoridade para decidir o que fazer.
Em dezembro de 2007, vistorias feitas pelo ministério descobriram que a Associação João Dias também fraudou o segundo convênio. Foi aí que o policial começou a brigar com o ministério. Em abril de 2008, Ferreira se reuniu com assessores de Orlando Silva para tentar resolver os problemas com suas prestações de contas. Depois disso, o ministério demorou mais de um ano para enviar informações solicitadas pela Polícia Militar do Distrito Federal para subsidiar uma sindicância aberta para investigar os negócios do policial. ( Da Folha de São Paulo)
8 comentários
Coronel, de que vale tudo isso se a GOOOORDA Sociopata (meu Deus, a mulher tá uma Orca!) tem que fazer tudo que o seu cafetão Lula da Silva mandar??!
ReplyIMPEACHMENT JÁ!
Coronel,
ReplyHá farto material envolvendo o "descompromisso" do Ministério dos Esportes - para não usar outra palavra - desde o governo Lula.
Merece uma investigação minuciosa o Projeto Praça da Juventude.
Lançado em 2009, em parceria com Ministério da Justiça, dentro do Pronasci, naquela época comandadda por Tarso Genro, as decantadas Praças se transformaram num dos maiores fiascos dos petralhas.
Primeiro, o MJ caiu fora do programa devido ao fato do Ministério dos Esportes não cumprir com suas responsabilidades e transformar prefeitos em autênticos inauguradores de maquetes.
O formato original do programa só existiu no papel, fazia os parceiros dos petralhas em reféns e em incautos.
Até o Tarso Genro, agora como governador, virou mané na história.
Há mais do que batom na cueca, tem muita coisa fedida, mesmo!
Estas fantasiosas Praças da Juventude não aguentam cinco minutos de pesquisa na internet.
Cadê a prova???
ReplyAí está.
Mas no entendimento do nossos juizes, inclusive dos "BANDIDOS TOGADOS" do STF, mesmo diante dos fatos mais evidentes, existe sempre a saída "ESTRATÉGICA" da "presunção da inocência"...
Funciona assim:
Mesmo que o safado seja pego com o "batom na cueca" ...
- NEGUE ATÈ A MORTE!!!
Vai ver que cola...
Se não colar, ainda resta uma saída honrosa...
Diz o pilantra ante a evidencia da prova:
- Viu amor como eu te amo? viu como eu resisti a tentação?
...eu não tirei as cuecas... portanto, nada aconteceu...
- ?????????????????
Pô gente,
ReplyIsso aí é notícia requentada, de 2006, quase do século passado.
Na época, o joão dias fazia dupla de serestas com orlando silva, e ninguém ainda sabia que ia dar essa m*rda toda. Além disso, cadê a prova de que a assinatura em tal documento é mesmo do ministro? Hein? Cadê?
Existem muitos "orlandos silvas" por aí, alguns até que se venderam para a Veja e para o PIG. Vai ver, foi um deles quem assinou o tal despacho. O ministro NUNCA, repito, NUNCA assinaria tal coisa para favorecer um correligionário, um amigo, um irmão camarada, um maluco armado de .40 à solta, candidato de seu partido a deputado. Não fui eu!
Agora, dedico minha melhor canção para a minha querida presidAnta:
"Tu és, divina e graciosa, estáuta majestosa....."
Assinado: O.S.
Para o Zé Repilo, batom na cueca é prova consumada. É apenas indício de prova oral...
ReplyAlguém já viu a foto de uma presidente da república em pose romântica com um de seus ministros? Nunca-antes-na-história-desse-país...
ReplyHereticus
o o.s.das12:08 é um rato de esgosto. mas pelas iniciais é um pobre coitado.
ReplyOtario Sujinho.
Coturneiros,
Replyo OS 25 de outubro de 2011 12:08
é um grande cínico fazendo troça do ministro e da DilmAnta, isso sim!
Não é petralha não!
É um gozador de marca maior!
Flor Lilás/PR