PSDB entre traíras e tucanos.

O PSDB sempre foi um partido muito fino. Já perdeu três eleições seguidas por ter queixo de vidro e apanhar do PT mais do que cachorro perdido em procissão. Agora existe uma briga interna, que deveria acabar em confronto, para mostrar quem é quem no partido. Uma trinca de traidores quer dominar o partido: Aécio Neves, Sérgio Guerra e Tasso Jereissatti. Todos eles minaram José Serra na última eleição de forma vergonhosa. Se dependesse deles, Serra não teria tido 44 milhões de votos. Teria ficado fora no primeiro turno. Aécio fez o que sempre fez: acordo com o PT para trair o PSDB em Minas. Sérgio Guerra entregou o PSDB para Eduardo Gomes, no Pernambuco, abandonando Jarbas Vasconcelos. Tasso Jereissatti escondeu Serra na sua campanha ao Senado e jamais assumiu a sua candidatura no Ceará. O trio de traíras está junto para dominar o PSDB de vez. Resta saber se ainda existem homens dentro do principal partido de oposição. Leia, abaixo, matéria do Estadão.

Diante da falta de acordo para a composição da Executiva Nacional do PSDB, aliados do ex-governador José Serra ameaçam boicotar a convenção do partido, no sábado, em Brasília. A disputa pelo controle da direção partidária evidencia o clima já acirrado entre os tucanos na tentativa de influenciar os rumos da sigla na eleição presidencial de 2014. Nesta segunda-feira, 23, o presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), encontrou o governador Geraldo Alckmin, no Palácio dos Bandeirantes, para discutir a composição da nova cúpula partidária. Depois, esteve com representantes da bancada paulista, na sede do PSDB na capital. 

Tanto o governador quanto os parlamentares insistiram na indicação de Serra para a presidência do Instituto Teotônio Vilela (ITV). Num discurso uníssono, também pediram que o novo secretário-geral seja uma indicação da bancada paulista. A presidência do ITV, no entanto, foi prometida ao ex-senador Tasso Jereissati (CE), apoiado pela maioria dos senadores e, em especial, por Aécio Neves (MG), que defende a reeleição do deputado Rodrigo de Castro (MG) para a secretaria-geral. 

Guerra, que encontraria nesta segunda o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, não se comprometeu com as demandas e sinalizou só a necessidade de composição. Sem entrar em detalhes, elogiou o ex-governador Aberto Goldman, um dos cotados pelos paulistas para a secretaria-geral. "São os pleitos sobre os quais eu já tinha conhecimento", disse Guerra, ao sair da reunião. "O que o governador Geraldo pedir o partido dará atenção." Questionado se a indicação de Tasso já estava consolidada, ironizou: "Nem a minha está". Tucanos ameaçam questionar na Justiça a recondução de Guerra, caso seus pleitos não sejam acatados. Leia mais aqui.