Pérolas da imprensa lilás.

Abaixo, extraídas do Painel da Folha, editado por Renata Lo Prete, três notas que não têm a mínima comprovação em fatos, plantadas por petistas e fartamente regadas pelo jornalismo lilás, aquele jornalismo rampeiro que tomou partido da candidata. As notas em preto, os comentários em vermelho.

Proeza Com o pandemônio produzido pelo anúncio de que Álvaro Dias (PSDB) seria seu companheiro de chapa, Serra conseguiu algo que há muito não se via no DEM: consenso. Contra ele.

(Não há nenhum democrata contra Serra. Todos, inclusive, dizem que querem a vice-presidência, mas que a prioridade é eleger José Serra. Inclusive foi isso que o presidente do partido declarou à própria Folha, ontem. A jornalista parece não ler o próprio jornal.Talvez goste mais do Estadão.)

Gasolina Convencido de que seria escolhido, Álvaro circulava pelo Senado, na semana passada, dizendo a quem quisesse ouvir que o vice não seria do DEM, porque este é um "partido de mensaleiros". Que agora ameaça deixar a aliança.

( Mentira. Uma afirmação destas, feita por alguém que faz jornalismo responsável, deveria vir acompanhada do autor da denúncia. "A quem quisesse ouvir" pressupõe dezenas de pessoas. A jornalista estava entre elas? Obviamente, é uma notinha plantada por alguém a quem a jornalista está a serviço. A quem ela está prestando algum tipo de favor. Álvaro Dias não teria o mínimo ganho em fazer tal afirmação. Aliás, enquanto não foi enquadrado pelo PSDB para parar de dizer que desistiria da convocação, sempre foi o primeiro a dizer que a aliança com o DEM estava acima da sua indicação, que poderia ser retirada.)

Cotoveladas A ideia, propagada pela cúpula do PSDB, de que a presença de Álvaro na vice viabilizaria um desempenho do tipo "arrasa quarteirão" no Paraná, dado que estarão na chapa também seu irmão, Osmar Dias (PDT), e o tucano Beto Richa, não leva em conta uma realidade amplamente conhecida pelo eleitorado local: os três não se bicam. 

(Mais uma besteira produzida pelo jornalismo lilás. A união dos três é "arrasa quarteirão" sim, pois deixou o PT sem palanque no estado. Não há a mínima necessidade dos três "se bicarem". Basta que não "biquem" um ao outro, o que está garantido).