Paulo Henrique Amorim, Luiz Nassiff, Luiz Carlos Azenha e Ricardo Noblat: a blogosfera da Dilma.

Se alguém ainda tinha dúvidas sobre o lado escolhido pelo blogueiro e colunista de O Globo, Ricardo Noblat, nestas eleições, deve ler (clique uma, duas vezes sobre a figura para ampliar) a sua coluna de hoje, no prestigiado jornal. Para ele, as eleições acabaram e Dilma já está eleita. Noblat publica a sua coluna um dia depois do jornal para quem trabalha informar em página inteira as regras que devem ser seguidas pelos seus empregados, para que não haja favorecimento a nenhum lado. Quando podia tomar posição, Noblat sempre procurou ser O Isento, equilibrando em seu blog o favorecimento a um ou ao outro lado e alimentando a lenda de que nem tucanos e nem petistas gostam dele. Agora que deveria seguir regras do jornal onde trabalha, rebela-se contra elas, claramente. No entanto, iludem-se os seus leitores e comentaristas em achar que o blogueiro tenha mudado de idéia, subitamente conquistado pela candura da candidatura de Dilma Rousseff. Noblat sempre teve um lado e a coluna ao lado explicita bem qual lado é. Quando não teve, o seu alter ego, o moderador do blog, tinha por ele, o que é a mesma coisa. O que impressiona nesta declaração de amor ao petismo é que não há, no que Noblat escreveu, nenhuma evidência que permita dizer tantas bobagens e besteiras ao mesmo tempo, a não ser simpatia pelo petismo, quando ele declara que Dilma já está eleita. A coluna é corajosa pois, finalmente, coloca o Noblat no mesmo time de Paulo Henrique Amorim, Nassif, Azenha, que assumiram o chapa-branquismo sem nenhum prurido ético. Estes, pelo menos, passaram a ser lulodependentes de forma aberta, quando demitidos ou demissionários de grandes veículos de comunicação, passando a buscar os seus patrocínios no governo que defendem. É o que o Noblat deveria fazer e, com certeza, teria um grande sucesso, ainda mais com um consultor e lobista como José Dirceu, seu colunista, trabalhando por ele.