Privataria na Petrobras, por Lula e Dilma.

Há meses atrás, como uma voz solitária, o Coturno Noturno levantava a questão, em quase uma dezena de posts. Alertava para uma verdadeira privataria na Petrobras, comandada por Lula e por Dilma, vendendo pedaços da estatal para formar um monopólio surgido da noite para o dia que atende pelo nome Braskem. O dono da Odebrecht é colunista do jornal Folha de São Paulo, o que demonstra a incongruência da imprensa brasileira. Alertava, também, para o "rabo preso" da oposição, amplamente financiada pela construtora. Hoje a FSP publica um editorial a respeito. Vejam o texto e, abaixo, a série de posts já publicada neste Blog.

Sob pretexto de criar uma supercompanhia para competir no cenário internacional, o governo Lula patrocina mais um grupo privado em marcha pelo controle de um setor chave da economia. Com a aquisição da Quattor pela Braskem e pela Petrobras, em via de consumar-se, toda a petroquímica nacional ficaria sob a influência da Odebrecht, empreiteira que se agigantou em contratos e relações com o Estado.Das quatro centrais petroquímicas em funcionamento no país, a Odebrecht já administrava duas, Camaçari (BA) e Triunfo (RS). Com os ativos da Quattor viriam as outras duas, PQU (SP) e RioPol (RJ).A nova Braskem saltaria, assim, para a posição de 11º maior produtor mundial de insumos petroquímicos, como o eteno, base para a fabricação de resinas e plásticos utilizados na indústria de transformação. Com outros investimentos no México e na Venezuela e a entrada em operação em 2014 da quinta central (Comperj), caso esta também termine sob controle da Braskem, a superpetroquímica chegaria ainda mais perto do topo no ranking mundial. Seria difícil concluir o negócio sem o empenho articulador do Planalto e o envolvimento bilionário da Petrobras. Como no caso da aquisição da Brasil Telecom pela Oi/Telemar, em que até alterações legais foram providenciadas, a administração petista não mede esforços nem capital para encorpar e multiplicar seus tentáculos na economia.Ao fazê-lo, o governo federal favorece grupos empresariais selecionados. Fortalece, em paralelo, uma rede de interesses, poder e negócios que inclui o PT, corporações estatais e fundos de pensão. Ressuscita, dessa maneira, o intervencionismo demiúrgico e perdulário -quando não corrupto- dos tempos da ditadura militar e do varguismo. O lulismo não se limita, porém, a tentar reverter a roda da história. Na mesma empreitada, arrisca comprometer o desenvolvimento nacional ao criar condições adversas para o barateamento de insumos básicos. Que ao menos mobilize outras instituições estatais, como os órgãos de defesa da concorrência, para prevenir os efeitos colaterais dessa monopolização.
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Leia os posts:

Pergunta para a CPI: por que Dilma está privatizando a Petrobras?
O entreguismo da Dilma.
Contra a mentira das privatizações, o entreguismo da Dilma.
Bilhões para Chávez, milhões para a Odebrecht.

Desafio aos leitores.
Cutucamos a Folha.
Por quanto o PT vendeu pedaços da Petrobras?

“Dom Emílio”.

8 comentários

As principais qualidades do Coturno são a antecipação, o feeling apurado, a perspicácia e a absoluta objetividade.

Quem pensa que isso é feito de um homem só engana-se redondamente.

Há um transbordamento dos círculos mais altos de onde provém o vir a ser, o devir, e, a capacidade de captar e traduzir essas ondas dando-lhes aplicabilidade imediata, advém da perseverança e do sentimento, esse sim, inato, de poder contribuir, efetivamente, por um melhor destino para a pátria que amamos.

Estamos com vc, Coronel.
E somos muitos...
Nosso nome é: Legião!

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Já reparou uma coisa, Coronel, que o Bolivariano da Silva faz tudo aquilo que acusava os outros de fazer.

Já é dono do setor de comunicação e agora tomamos conhecimento que também controla o setor petrolífero. O de enérgia elétrica a história se repete e ele diz que é o "Estado Forte", ou seja, o dele.

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OdebrechtBras
ou Odebras
sei lá ¬¬

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isto é o que denominam Estado forte! claro que a fortaleza tem que ver com intere$$e$ específicos atuais e futuros. Por que o CADE não se manifesta? Alguma coisa anda muito errada nessepaiz

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Petralha não tem princípios morais, tem interesses. E escusos. Enquanto demonizam os outros como privatistas (vide Geraldinho durante a campanha presidencial), promovem a privataria mais escandalosa, se de acordo com os interesses e conveniências próprias. É a velha e surrada tática stalinista de xingar os outros do que você é, acusar os outros do que você faz. O que dirá (dirá?) de tudo isso o Elio Gasparildo?

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Como sempre, você saiu na frente Coronel.
Esse governo faz questão de andar para trás.

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Parabéns, Coronel !!!

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Sempre achei que seria muito difìcil privatizar a corrupção, com tantos concorrentes no páreo; entretanto já conseguiram passando um trator de esteira sobre adversários e e ou também participantes da corrida privacionista... até de lado!
Só não deram tiro no pé, ainda. Quem viver, verá !!!

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