Ricardo Berzoini, o responsável pela mala preta cheia de dinheiro dos aloprados, para comprar um dossiê contra Serra e Alckmin em 2006, dá entrevista quase comemorando que a "ética" não será tema de campanha. Até hoje não se sabe de onde veio o dinheiro. Ricardo Berzoini, que chefiava a campanha de Lula e foi demitido, sabe, com toda a certeza.
FOLHA - Petistas afirmam que no mensalão do PT não houve uso do dinheiro público, o que o difere do caso do DEM. Qual a sua opinião?
RICARDO BERZOINI - A palavra mensalão foi cunhada por Roberto Jefferson como um sistema de pagamentos a congressistas para votar de acordo com o governo. Sob o ponto de vista da formulação do chamado mensalão, isso ficou absolutamente carente de provas. O que ficou caracterizado foram relações indevidas entre partidos.
FOLHA - A denúncia acolhida pelo STF define um esquema abrangente, que inclui uso de estatais, negociata com cargos públicos, caixa dois, evasão de divisas, peculato, lavagem de dinheiro. Com base em que o sr. afirma que não se desviou dinheiro público?
BERZOINI - Essa é a nossa convicção. Evidentemente o resultado final, judicial, dependerá do Supremo. Mas, após examinarmos detidamente depoimentos e argumentos, temos a convicção de que não houve trânsito de dinheiro público.
FOLHA - E o caso da VisaNet, que envolveria o Banco do Brasil?
BERZOINI - Temos a convicção de que é improcedente.
FOLHA - E no mensalão do DEM?
BERZOINI - Neste caso, a pessoa que denunciou e participou de gravações com autorização da Polícia Federal [Durval Barbosa, ex-secretário do governador José Roberto Arruda] descreve um esquema muito mais nítido de apropriação de recursos públicos e uma sistemática periódica de distribuição desses recursos para parlamentares e amigos do governo. Obviamente vai ser discutido na Justiça, mas o que veio à tona até agora denota uma sistemática permanente de apropriação de recursos público. Sou muito criterioso com isso e por isso tenho sido comedido nas minhas declarações.
FOLHA - No mensalão do PT qual foi, então, a origem do dinheiro?
BERZOINI - Tudo isso ainda terá um exame mais detido no processo do Supremo.
FOLHA - O PT está sendo cauteloso no caso do DEM para evitar que digam "quem não tem pecados que atire a primeira pedra"?
BERZOINI - O PT está sendo criterioso dado o pouco tempo que tem de divulgação. Não tem nenhum discurso verborrágico e oportunista. Há um clima em Brasília de muita indignação. Mas, vamos separar o que é a apuração jurídica, judicial, do clima político.
FOLHA - A oposição não fez isso com o PT em 2005. E o PT, na oposição, atacava mesmo sem a conclusão de processos judiciais.
BERZOINI - O partido sempre agiu com critério. Em 1992, nós retardamos a apresentação do impeachment do Collor porque achávamos que era importante que a CPI concluísse seu trabalho. Em 1999, muita gente queria defender o "Fora FHC". Mas a maioria do PT aprovou que não usaria esse slogan.
FOLHA - DEM, PSDB e PT chegam a 2010 sem ter como debater ética?
BERZOINI - Em 2006 avaliamos, pelo impacto que sofreu, que o PT deveria ter franqueza no debate com a população, admitir que os problemas ocorreram. Tivemos problemas reais, mas que foram exagerados porque havia o interesse de desestabilizar o governo. Enquanto o sistema político tiver esse grau de participação do setor privado, a tendência é que esses escândalos se repitam.
FOLHA - A ministra Dilma vai abordar a ética nos palanques em 2010?
BERZOINI - Esse assunto que envolve, para nós, o debate da reforma política. Deve ter um peso importante, mas que não seja o assunto central. O assunto central são os rumos do país, para onde o país está caminhando em termos de desenvolvimento, geração de emprego, infraestrutura.
FOLHA - Petistas afirmam que no mensalão do PT não houve uso do dinheiro público, o que o difere do caso do DEM. Qual a sua opinião?
RICARDO BERZOINI - A palavra mensalão foi cunhada por Roberto Jefferson como um sistema de pagamentos a congressistas para votar de acordo com o governo. Sob o ponto de vista da formulação do chamado mensalão, isso ficou absolutamente carente de provas. O que ficou caracterizado foram relações indevidas entre partidos.
FOLHA - A denúncia acolhida pelo STF define um esquema abrangente, que inclui uso de estatais, negociata com cargos públicos, caixa dois, evasão de divisas, peculato, lavagem de dinheiro. Com base em que o sr. afirma que não se desviou dinheiro público?
BERZOINI - Essa é a nossa convicção. Evidentemente o resultado final, judicial, dependerá do Supremo. Mas, após examinarmos detidamente depoimentos e argumentos, temos a convicção de que não houve trânsito de dinheiro público.
FOLHA - E o caso da VisaNet, que envolveria o Banco do Brasil?
BERZOINI - Temos a convicção de que é improcedente.
FOLHA - E no mensalão do DEM?
BERZOINI - Neste caso, a pessoa que denunciou e participou de gravações com autorização da Polícia Federal [Durval Barbosa, ex-secretário do governador José Roberto Arruda] descreve um esquema muito mais nítido de apropriação de recursos públicos e uma sistemática periódica de distribuição desses recursos para parlamentares e amigos do governo. Obviamente vai ser discutido na Justiça, mas o que veio à tona até agora denota uma sistemática permanente de apropriação de recursos público. Sou muito criterioso com isso e por isso tenho sido comedido nas minhas declarações.
FOLHA - No mensalão do PT qual foi, então, a origem do dinheiro?
BERZOINI - Tudo isso ainda terá um exame mais detido no processo do Supremo.
FOLHA - O PT está sendo cauteloso no caso do DEM para evitar que digam "quem não tem pecados que atire a primeira pedra"?
BERZOINI - O PT está sendo criterioso dado o pouco tempo que tem de divulgação. Não tem nenhum discurso verborrágico e oportunista. Há um clima em Brasília de muita indignação. Mas, vamos separar o que é a apuração jurídica, judicial, do clima político.
FOLHA - A oposição não fez isso com o PT em 2005. E o PT, na oposição, atacava mesmo sem a conclusão de processos judiciais.
BERZOINI - O partido sempre agiu com critério. Em 1992, nós retardamos a apresentação do impeachment do Collor porque achávamos que era importante que a CPI concluísse seu trabalho. Em 1999, muita gente queria defender o "Fora FHC". Mas a maioria do PT aprovou que não usaria esse slogan.
FOLHA - DEM, PSDB e PT chegam a 2010 sem ter como debater ética?
BERZOINI - Em 2006 avaliamos, pelo impacto que sofreu, que o PT deveria ter franqueza no debate com a população, admitir que os problemas ocorreram. Tivemos problemas reais, mas que foram exagerados porque havia o interesse de desestabilizar o governo. Enquanto o sistema político tiver esse grau de participação do setor privado, a tendência é que esses escândalos se repitam.
FOLHA - A ministra Dilma vai abordar a ética nos palanques em 2010?
BERZOINI - Esse assunto que envolve, para nós, o debate da reforma política. Deve ter um peso importante, mas que não seja o assunto central. O assunto central são os rumos do país, para onde o país está caminhando em termos de desenvolvimento, geração de emprego, infraestrutura.
6 comentários
a reposta a ultima pergunta eh a cara do PT...
ReplyCom dinheiro público ou não, é corrupção, sim. Tudo se destinava a aprovar projetos de interesse do governo, e não do interesse público. Aliás o interesse publico nunca foi a meta desse governo. A meta é o comunismo.
ReplyQue benfeitor doaria centenas de milhares de reais para sustentar a cambada de parlamentares ladrões apenas para agradar o governo? É claro que a grana saiu das burras da viúva. Quanta cara de pau de pensar que todo mundo é leso (termo tipicamente amazônida).
ReplyApós dar uma entrevista tão desavergonhada e cínica quanto essa, o carcamano petralha deveria se algemado, posto aos trancos num camburão e trancafiado por uns bons anos num presídio de segurança máxima. É o mínimo que um país decente deveria fazer com gente dessa laia!
ReplyAnônimo das 12:44;
ReplySó isso? - Nada de pendurar o safado? Nada de encostar um positivo e um negativo nos ovos do bicho, só pra conferir se é só isso mesmo que ele sabe? -
Rapá, a gente já esteve livre dessa cambada, com os métodos, digamos, nem tanto ortodoxos! E deu carto!
Ética e política brasileira não combinam.
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