Muito mais do que "indícios".

Se o TCU paralisa as obras por "indícios de irregularidade" e isto, segundo a "doutora" Dilma, "é uma coisa muito frágil para paralisar uma obra", por que a "grande gestora", em vez de pedir para mudar a "metodologia de fiscalização", que em outras palavras significa rasgar a Lei de Licitações, não cria uma "metodologia para a solução dos indícios"? Se os "indícios" são tão frágeis assim como a "doutora" afirma, eles são muito fáceis de resolver, não é mesmo? Por que em vez de querer passar por cima da Justiça não resolvem estes pequenos e frágeis problemas? Ocorre que a "doutora" Dilma está dando um sentido pejorativo ao termo "indício", como se significasse apenas uma leve desconfiança de que exista algo errado nas obras paralisadas. Não, não é isso. Para o TCU, "indício" é mais do que um sinal. É suspeita, é possibilidade de que exista fraude, desvio de dinheiro público, corrupção, descumprimento de itens da proposta aprovada, enfim, crime. "Indício", para o TCU, indica necessidade de investigação, é precaução, é cuidado com os investimentos feitos pelo governo. "Indício", em juridiquês segundo o Houaiss, é uma "circunstância que possui relação com o fato delituoso, possibilitando a construção de hipóteses com ele relacionadas sobre a autoria e seus demais aspectos, e que pode ser utilizada como prova em processo judicial." Alguém lembre para a "doutora" que "indiciado" vem de "indício". Aliás, alguém vai ser "indiciado" pela corrupção do PAC?