A diplomacia do torneiro mecânico.

Na última semana, Álvaro Uribe, presidente da Colômbia, veio ao Brasil explicar a sua decisão de permitir que os Estados Unidos utilizem bases militares colombianas, uma iniciativa de dissuasão contra a guerrilha e o narcotráfico. Mesmo sendo uma decisão que concerne apenas à Colômbia, o seu presidente viajou ao Brasil e a mais seis países para desarmar o alarido que o Mico Mandante venezuelano, junto com os seus fantoches equatoriano e boliviano, mais o morto-vivo cubano, tentaram criar no continente. Pois hoje, no Equador, Lula declarou, a respeito do assunto: "Em algum momento, a Unasul pode convocar o governo dos Estados Unidos para conversar sobre os temas que nos interessam na região. Isso se resolve com uma conversa, olhando na cara". Uma declaraçao ofensiva, na medida em que pressupõe que Barack Obama poderia mudar a sua decisão, simplesmente passando por cima do seu acordo com Álvaro Uribe, após uma conversa com meia dúzia de presidentes que pregam o anti-americanismo o tempo inteiro. Álvaro Uribe, felizmente, é um sujeito fino e educado. Se fosse um imbecil como Lula poderia declarar, em alto e bom som, que o presidente brasileiro nao tem procuraçao do povo colombiano para tratar de assuntos internos daquele país. E criar uma crise daquelas que Chávez, o amigão de Lula, cria todos os dias na América Latina.